quinta-feira, fevereiro 22, 2007

O BOM PASTOR





Robert de Niro dirige um ótimo filme sobre como se forma um espião em O Bom Pastor (The Good Sheppard). Um elenco de primeira, encabeçado por Matt Damon (A Supremacia Bourne), passando por Angeline Jolie, Robert De Niro, Joe Pesci, Jeff Applegate, Alec Baldwin, Billy Crudup, William Hurt e Timothy Hutton.
Damon é Edward Wilson, cooptado pelo serviço de inteligência americano ainda na época da faculdade, na década de 1930. Ali começa a ser gerada a famosa CIA e como ela fará crescer profissionalmente Wilson e como ela atrapalhará a sua vida pessoal. A trama começa com o desastre dos EUA na mal-fadada Baia dos Porcos em Cuba, em 1961. Alguém teria aberto a boca e estragado o ataque. Enquanto tenta descobrir o culpado, o agente relembra as épocas passadas na agência. O Bom Pastor é daqueles filmes em que não se pode tirar os olhos da tela, sob pena de se perder no intricado roteiro.
Pena que tanto cuidado com o roteiro não tenha se aplicado na maquiagem. Apesxar d eo filme circular por quatro décadas, os personagens não envelhecem e deixam gritante o erro. Mas isso são apenas detalhes.

Pequena Miss Sunshine





Uma família de perdedores cruza os Estados Unidos para que a filha caçula de sete anos possa participar do concurso Pequena Miss Sunshine (Little Miss Sunshine, de Jonathan Dayton e Valerie Faris). A infância deve ser curtida em toda a sua plenitude e não em ridículos concursos de beleza e habilidades. E neste divertido road-movie, ver uma família que tem entre seus integrantes um tio suicída, um avô viciado em cocaína, um irmão que mantém um voto de silêncio, se unir depois de tanta tragédia não tem preço. Como não tem preço e deve entrar para a história do cinema a dança da pequena Olive (Abigail Breslin) ao som de Superfreak, de Rick James. Hilário e terno.

Dias de Glória




Eles lutam por alguém que não lhe dá o que lhe é devido. É assim que são tratados os soldados árabes de Dias de Glória (Indiens, de Rachid Bouchareb). Recrutados na África branca em 1943 pelo exército da França para lutar contra os nazistas na Europa, os índigenas do título lutam pela liberdade de um povo, no caso o francês, que lhes oprime. Não são tratados como iguais e têm de brigar até mesmo por um tomate que lhes é negado. Preconceito e um explicação do porque os árabes decidiram após a guerra começar a lutar pela sua independência - isso indignou tanto os governos franceses, que eles cortaram as pensões dos soldados que lutaram na Segunda Guerra e cujos países se desligaram do domínio francês, como a Argélia e Marrocos. Ótimo filme de guerra, cujo título em português estraga o belo título original.

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Cartas de Iwo Jima





A outra parte da história filmada por Clint Eastwood, agora na visão dos japoneses, Cartas de Iwo Jima é o melhor filme de guerra já feito. Quase 3 horas que não se sente passar e 98% falado em japonês, a obra é essencial na história do cinema. Esperando o inimigo chegar, na vulcânica ilha de Iwo Jima, soldados e oficiais nipônicos cavam cavernas e nas horas vagas escrevem cartas para suas famílias. E eles sabem que vão morrer, pois a ordem militarista da época era clara: até o último homem, mesmo com a batalha perdida. Rendição era um sinal de fraqueza, de pura covardia. Tocante e belo como nenhum outro filme de guerra. Preste atenção nas belas atuações dos atores japoneses Ken Watanabe (General Tadamichi Kuribayashi) e Kazunari Ninomiya (Saigo). Nota 11.

Conquista da Honra





Quanto mais velho melhor. Falo de Clint Eastwood, 76 anos, que lançou dois filmes fantásticos sobre o mesmo tema e sob duas óticas. Em A Conquista da Honra (Flags of our fathers), o lado da batalha de Iwo Jima - Ilha do Enxofre - visto pelos americanos. A batalha essencial no Oceano Pacífico durante o final da Segunda Guerra Mundial ceifou mais de 30 mil vidas, sendo mais de 22 mil japoneses. A história é centrada em três soldados americanos, sobreviventes dos seis que ergueram a bandeira no topo da ilha, nos primeiros dias do conflito. Porém A Conquista da Honra não supera obras cinematográficas como Agônia e Glória, O Resgate do Soldado Ryan, A Queda e Fuga do Inferno. Talvez por se esticar um pouquinho demais.

Dreamgirls




Eddie Murphy renasce em Dreamgirls (Bill Condon, de Deuses e Monstros), história baseada na trajetória das The Supremes (grupo feminino que revelou a diva Diana Ross). Um elenco estelar de atores negros neste musical - desde Murphy, passando por Beyoncé Knowles, Danny Glover, Jamie Foxx. O destaque, porém, é a novata Jennifer Hudson, que rouba a cena com o seu vozeirão. Pena que às vezes os personagens estejam conversando e de repente, do nada, saiam cantando. Tá, você vai dizer que é um musical. Só que na primeira vez até funciona a discussão dos relacionamentos cantados, mas na terceira oportunidade o público já esteja cansado. Exageros, às vezes, podem ser contidos. Ah, a trilha sonora é belíssima.

Rocky Balboa




Todo mundo tem direito a uma segunda chance. Até mesmo Rocky Balboa, Parte 6, de e com Sylvester Stallone. É para ser o último exemplar da série, mas nunca se sabe. Aposentado, viúvo, com um filho que odeia a sua fama e cuidando de seu restaurante, onde tira fotos e dá autógrafos para os clientes, Rocky decide voltar, já sessentão, aos ringues. Para provar de que não foi uma fraude há 30 anos. Ele vai enfrentar o atual campeão mundial, Mason Dixon (o pugilista na vida real Antonio Tarver), um jovem que perdeu para Rocky numa simulação computadorizada feita pela ESPN. O filme é melancólico e certamente vai mexer com quem curtiu Rocky 1 e 2. Só que depois Stallone exagerou e acabou estragando a franquia com baboseiras nas partes 4 e 5. Esqueça estes tropeços, abra sua mente e vá curtir Rocky e suas corridinhas, dando soco no ar.

“Downton Abbey: O Grande Final” (Downton Abbey: The Grand Finale)

Foto: Universal Pictures "Downton Abbey: O Grande Final” (Downton Abbey: The Grand Finale), direção de Simon Curtis, promete ser o últ...