quarta-feira, abril 30, 2014

"O Espetacular Homem-Aranha 2 - A Ameaça de Electro"

"O Espetacular Homem-Aranha 2 - A Ameaça de Electro", direção de Marc Webb, tem todos os ingredientes de uma boa aventura - drama, suspense, emoção e ação. Peter Parker (Andrew Garfield) se vê assombrado pelo pai de Gwen Stacy, o falecido policial George Stacy (Denis Leary), a quem prometeu não deixar a garota correr riscos. Por isso, ele, como o aracnídeo, deve se afastar da mulher que ama. Assim, acaba o namoro com Gwen e sofre muito por isso. Ao mesmo tempo, começa a ser perseguido por um antigo fã, que se sentiu rejeitado, Max Dillon (Jamie Foxx), que após sofrer um acidente na Oscorp, transforma-se no lunático Electro.

O filme traz ainda a explicação do que ocorreu com os pais de Peter, vividos por Campbell Scott e Embeth Davidtz, que deixaram o garoto aos cuidados da Tia May (Sally Field). Andrew Garfield está, de novo, muito bem como o Homem-Aranha, e com tremenda empatia com a bonita Emma Stone, que interpreta Gwen Stacy. Aliás, na vida real, os dois são namorados. Jammie Foxx também está excelente como o vilão carente e rejeitado Electro, na medida exata de humor e loucura. "O Espetacular Homem-Aranha 2 - A Ameaça de Electro" é um ótimo filme, com belas cenas do herói pulando de prédio em prédio por Nova Iorque e um dos mais chocantes finais dos últimos tempos.

Cotação: ótimo
Chico Izidro

"Getúlio"

"Getúlio", dirigido por João Jardim, não pretende ser uma cinebiografia do presidente do Brasil entre 1930-45 e 1950-54. O filme se fixa apenas nos últimos 20 dias da vida de Getúlio Vargas, quando da crise gerada após a tentativa de assassinato do jornalista Carlos Lacerda, inimigo declarado do dirigente brasileiro, na Rua Tonelero, no Rio de Janeiro, em agosto de 1954. Com ótima reconstituição de época, cuidadosa escolha do elenco - muitos dos atores se parecendo com os personagens reais que interpretaram, "Getúlio" não se pretende didático. Ou seja, deve-se conhecer um pouco do que ocorreu naqueles turbulentos dias para não se ficar boiando na trama, quase toda passada dentro do Palácio do Catete, então residência oficial do presidente da República.

Intrigas palacianas, debates políticos e atuações destacadas. Tony Ramos está muito bem na pele de Getúlio Vargas, um homem atormentado, e o que tenta passar na trama, totalmente inocente no atentado, que culminou na morte do guarda-costas de Lacerda, o major-aviador Rubens Florentino Vaz. Alexandre Borges vive Carlos Lacerda, e com tanto vigor, que o personagem incomoda por seu fanatismo para tirar o ex-ditador do poder.

Cotação: bom
Chico Izidro

"Yves Saint-Laurent"

"Yves Saint-Laurent", dirigido por Jalil Lespert, traz a vida de um dos maiores estilistas do século XX, desde quando se mostra o garoto-prodígio trabalhando para o ícone fashionista Christian Dior, em meados dos anos 1950, e seu crescimento profissional, ao abrir a própria empresa, com apenas 26 anos. YSL é interpretado com primor por Pierre Niney, que inclusive destacou a afetação do personagem. Já seu parceiro comercial e sexual Pierre Bergé tem como intérprete Guillaume Gallienne, talvez a melhor atuação do filme.

Yves e Bergé fizeram uma parceria como casal de quase 20 anos, mas quando se separaram, permaneceram trabalhando juntos até a morte de YSL em 2008. Aliás, a história é contada em off por Bergé. E tem altos e baixos. O filme não mostra a vida de YSL na infância e adolescência em Oran, na Argélia, já iniciando com o estilista entrando na vida adulta e indo trabalhar para Dior. Porém, em certo momento, o filme se perde no esquema sexo, drogas e bebedeiras do personagem principal. As cenas se sucedem, de forma repetitiva, acabando por cansar.

Cotação: regular
Chico Izidro

"Inatividade Paranormal 2"

Como as comédias atuais conseguem ser tão sem graça? Algo inexplicável. É o caso de
"Inatividade Paranormal 2", direção de Michael Tiddes. A história é batida, com tentativas de brincar com cenas de filmes de terror. O resultado acaba sendo pífio. A trama se passa exatamente um ano após o término da parte 1. Malcolm (Marlon Wayans) tenta recomeçar a vida ao lado da nova namorada, Megan (Jaime Pressly), e mãe de dois adolescentes. Claro que eles se mudam para uma casa mal-assombrada, e ele começa a descobrir indícios de que um fantasma está a espreita no novo lar.

Toda a história é contada através da câmera subjetiva, ou seja, vemos o filme pela ótica de um personagem que está sempre filmando o ambiente. E "Inatividade Paranormal 2" tenta parodiar filmes como "A Entidade", "Invocação do Mal", "Possessão" e "Sobrenatural", brincando ainda com estereótipos raciais. Afinal, Malcolm é negro e a namorada Megan é branca, e o vizinho é hispânico, e age como um trabalhador braçal. No começo, as piadas até divertem, mas se tornam repetitivas. E o filme se perde em cenas desnecessárias, por exemplo, quando Malcolm transa com uma boneca. Sem sentido.

Cotação: ruim
Chico Izidro

quinta-feira, abril 17, 2014

"Divergente"

"Divergente", direção de Neil Burger, é o primeiro filme de uma trilogia trazendo uma heroína futurista, a exemplo de "Jogos Vorazes". A trama se passa num futuro apocalíptico. O mundo foi destruído por uma guerra e em sua reestruturação, a sociedade foi dividida por grupos: Amizade, Erudição, Audácia, Abnegação e Sinceridade. Os jovens, quando chegam aos 16 anos de idade, são submetidos a testes para saber a qual grupo vão entrar. Eles também tem a opção de optar, mas caso não sejam aprovados nos testes subsequentes, não podem escolher outros grupos e nem voltar para suas famílias. Ou seja, tornam-se párias.

O divergente do título se refere aquela pessoa que não se adequa a nenhum dos grupos, pois tem uma mescla de todas as aptidões. E por isso é visto como um destruídor do sistema, assim é caçado e morto. E é aí que se enquadra a heroína Beatrice (Shailene Woodley), que opta por entrar no grupo dos audaciosos, que agem como os guardiões da cidade de Chicago, onde se passa a trama futurista, tendo de esconder suas qualidades. "Divergente" acaba sendo um bom filme de ficção cientítica, bem esquematizado e superior ao seu congênere, no caso, "Jogos Vorazes".

Cotação: bom
Chico Izidro

"O Filho de Deus"


Com direção de Christopher Spencer, "O Filho de Deus" tenta ser o mais fiel possível a vida de Jesus Cristo, que conhecemos pelas Escrituras, desde o seu nascimento, até a Crucificação e o Ressuscimento. O filme começa no nascimento de Jesus, quando recebe a visita dos Três Reis Magos. Logo a história dá um salto, e Jesus aparece começando a arrebanhar seus seguidores, quando convence o pescador Pedro a seguí-lo, quando ele já pratica o milagre da multiplicação dos peixes. O filme, aliás, explicita todos os milagres de Jesus, interpretado muito bem por Diogo Morgado, apesar daquele visual europeizado surgido na Idade Média, e bem distante da real face de Jesus, que vivia no Oriente Médio, e por isso deveria ser mais moreno e mais baixo do que ficou conhecido no Ocidente.

O sofrimento de Jesus, desde a sua captura pelos soldados romanos, quando traído por Judas, é mostrado de forma quase explícita, com o corpo ensanguentado, coberto de chagas, após as violentas chibatadas que leva de seus algozes. Não chega ao extremo mostrado no filme de Mel Gibson, "A Paixão de Cristo", mas aproxima-se em seu realismo. O visual do filme também impressiona, com a aridez da região mostrada em closes, com seus prédios contruídos com barro. E os populares, desdentados e maltrapilhos.

Cotação: bom
Chico Izidro

"Copa de Elite"

"Copa de Elite", direção de Vitor Brandt, tenta fazer graça com os filmes nacionais que fizeram sucesso nos últimos anos, pegando como vítima principal "Tropa de Elite", mas tentando brincar ainda com "Bruna Surfistinha", "O Homem do Futuro", "Meu Nome Não é Johnny", entre outros menos votados. A história é tosca e sem a mínima graça. Um policial do Bop - sim, sem o E, já que a tropa perdeu o E de especial -, entra em desgraça após às vésperas da Copa do Mundo, desbarata o sequestro do craque argentino Messi, para desespero dos brasileiros.

Destituído, Jorge Capitão (Marcos Veras), fica sabendo que um palhaço assassino pretende matar o Papa Francisco, que virá ao país para assistir a Copa. A Jorge Capitão junta-se a ex-prostituta e agora dona de uma sex-shopp, Bia Alpinistinha (Julia Rabello).

Então dê-lhe tentativas de se fazer piadas no esquema de clássicos como "Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu", "Top Secret" e "Corra Que a Polícia Vem Aí", ou seja, o objetivo é de debochar de cenas clássicas de outros filmes, com gags visuais. Mas falta imaginação e piadas completamente constrangedoras. "Copa de Elite" até tentou aproveitar dois atores vindos do canal Porta dos Fundos, mas o humor que eles usam na internet é completamente o oposto tentado aqui.

Cotação: ruim
Chico Izidro

“Downton Abbey: O Grande Final” (Downton Abbey: The Grand Finale)

Foto: Universal Pictures "Downton Abbey: O Grande Final” (Downton Abbey: The Grand Finale), direção de Simon Curtis, promete ser o últ...