sexta-feira, abril 28, 2006

Se não fosse Pacino


O filme é chato, o tema é chato, mas Al Pacino se sobressai mais uma vez em Tudo por Dinheiro (Two for the Money, de J. Caruso). Dar dicas telefônicas para apostadores é o grande dom de Brandon Lang (Matthew McConaughey). Ex-promessa do futebol americano, sim aquele jogado com as mãos e que muita gente acha um jogo de trogloditas, ele não joga, mas entende tudo sobre o esporte e com um grande faro para acertar os resultados das partidas. Assim faz muita gente ganhar dinheiro, enquanto ele próprio permanece um pobretão, andando de bicicleta pelas ruas de Las Vegas. Seu talento logo é descoberto por Walter Abrams (Pacino), uma espécie de bicheiro legalizado. O personagem de Pacino é de um verdadeiro farsante, manipulador e mentiroso. E isso o astro de Um Dia de Cão, Scarface e O Advogado do Diabo faz como ninguém.
O problema que a história não decola. Fica aquela coisa de o herói, no caso Lang, sair do anonimato, ficar cheio da ghrana, famoso, perder tudo de uma hora para outra e depois alcançar a redenção.Tem coisa mais chata? E quantas vezes você já não viu uma história assim? Um clichê atrás do outro. Ah, e a outrora bela Rene Russo (Máquina Mortífera, O Nome do Jogo e Thomas Crown) envelheceu mal. Está feia e não consegue convencer como atração sexual tanto para Pacino quanto McConaughey. Bocejos é o que Tudo por Dinheiro consegue arrancar.

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