sexta-feira, abril 28, 2006

Terapia do Amor


Rapaz judeu tenta se livrar das "garras" da mãe por demais controladora. Quer fugir de suas raízes, ter vida própria e ganhar a vida como pintor. Mulher cristã de 37 anos quer começar vida nova após se divorciar. Nossa, nas mãos de um Woody Allen daria um belo filme. Porém sob a direção de um tal de Ben Younger, Terapia do Amor (Prime), se perde num amontoado de clichês de histórias de amor. Brigas, separações, o amigo que não consegue namorar ninguém, a turma de gays ricos. Nem mesmo a sempre competente Meryl Streep se salva nesta bomba. Tá, talvez as mulheres até curtam um pouco o filme, pois mostra algo que vem ocorrendo direto atualmente: o envolvimento de mulheres maduras com garotões.
Uma Thurman (Kill Bill) é Rafi , 37 anos, que se envolve com David (Bryan Greenberg), 23 anos, filho da psicóloga Liza (Streep). Só que até os seus 30 minutos, os personagens não sabem que estão interligados: Liza é a terapeuta de Rafi. Até seria engraçado se houvesse química entre os atores e o diretor não apelasse para a mesmice de outros filmes do gênero.
E era para ser uma comédia...Bem, não dá para rir muito não. Fica no meio do caminho. A única coisa legal em Terapia do Amor é o seu final...não, não é porque terminou...mas é a única parte da história em que o diretor foge das convenções hollywoodianas. Claro que não vou contar aqui para não ser execrado por aqueles que forem assistir ao filme. Eu daria uma dica melhor: ao invés de ir ver Terapia do Amor, que tal pegar na locadora para rever o genial Harry & Sally - Feitos um para o outro, clássico do final dos anos 1980. Este sim era divertido para caramba e sempre vale a pena revê-lo.

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“QUEER”

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