terça-feira, abril 25, 2006

Seriados


Seriados

Na minha infância, tinha verdadeira paixão pelos enlatados norte-americanos como O Homem de Seis Milhões de Dólares, Hulk, Casal Vinte, Perdidos no Espaço, Viagem ao Fundo do Mar, Ultraman, Terra de Gigantes, Banana Splits e Chips.
Com a chegada da adolescência e a descoberta da política, a tevê passou a ser uma coisa quase alienante. Só sobrava espaço para assistir ao Pop Som, na Cultura, os jogos de futebol, vá lá, Miami Vice e Caras e Caretas. Mas era só.
Até que descobri Anos Incríveis (Wonder Years) e passei a ver os seriados com outros olhos. E com o advento da tevê a cabo, redescobri os clássicos e coisas novas como Minha Vida de Cão, com Claire Danes, Seinfeld, Arquivo X (estes dois os melhores de todos os tempos!!!), Kids in the Hall e pude ver na íntegra Barrados no Baile, que a Globo mutilava.
Fiquei um fanático por seriados. Gravava tudo e não conseguia dar conta das fitas que se acumulavam em frente ao televisor. Com o tempo eles foram perdendo o encanto. Dei graças aos céus quando Friends, Party of Five e Dawson's Creek acabaram. Começaram bem, no meio passaram a ser uma chatice e no final estavam lá só atrapalhando a grade de programação.
Já os finados e citados Seinfeld e Arquivo X acabaram no tempo exato e até hoje mantém uma mística que os faz serem revistos sempre.
Há dois anos, Sex and the City causou furor. Acabou. E repito, em tempo. Pois era ótimo e não deixou esgotar a fórmula. Ficou aquele gostinho de queremos mais.
Hoje o que tem no ar que nos faz parar meia hora ou uma hora em frente à tevê?
Citaria o hilário Scrubs, sobre uma equipe médica muito doida (alguém aí lembrou do saudoso M.A.S.H.?), C.S.I, seja o Las Vegas, o Miami ou o New York, That's 70's Show (que está na última temporada), Cold Case e Without a Trace. Mas tem uma série que é uma verdadeira maravilha e de fazer a gente rolar de rir no sofá: Everybody Hate Chris - que mostra a adolescência do ator Chris Rock (Máquina Mortifera 4, A enfermeira Betty e O Principe das Mulheres) no Bloocklyn - bairro nova-iorquino - no começo da década de 1980.
Divertido, debochado, mostra as agruras de um garoto negro, o único em sua escola, e que sofre nas mãos dos irmãos mais novos e de coleguinhas racistas. Narrado pelo próprio Chris Rock, tem uma bela trilha sonora, que evoca aqueles anos que encantaram tanta gente. Vale uma espiada na Sony, às 20h das terças-feiras.

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