quinta-feira, dezembro 10, 2009

ABRAÇOS PARTIDOS



O espanhol Pedro Almodovár acertou a mão em seu 17º título de sua cinebiografia - ABRAÇOS PARTIDOS (Los Abrazos Rotos). A história não foge muito das anteriores do cineasta, com muito drama, traições, personagens que sofrem uma grande tragédia em suas vidas. ABRAÇOS PARTIDOS demora um pouco para esquentar. Porém quando isso acontece, impede o espectador de tirar os olhos da tela.
A trama gira em torno de Lena (Penélope Cruz, a musa atual de Almodovár), que encanta dois homens, o ciumento multimilionário Ernesto Martel (José Luis Gómez) e o cineasta Mateo (Lluis Homar), que devido a um acidente que será explicado ao longo do filme, fica cego, adotando um pseudônimo, Harry Caine, que até pode ser entendido como uma corruptela para Hurrycane, ou seja, o furacão, que transformou a sua vida. E para pior.
E é este personagem cego, amargurado e cercado de sua produtora, Judit (a excelente Blanca Portillo), e do assistente e filho dela, Diego (Tamar Novas), que Harry Cane conta ao jovem como Lena renovou o seu coração e o set de filmagem daquela que seria sua obra-prima, Chicas e Maletas (Garotas e Malas, que na realidade é uma brincadeira de Almodovár com seu sucesso Mulheres à beira de um ataque de nervos).
Almodovár transforma a fraquinha e normal Penélope Cruz numa semideusa (não dá para esquecer que em Volver, drama de 2006 do espanhol, a atriz ficou esplendorosa, com direito a bumbum falso, numa imitação escancarada de Sophia Loren). Ela está cercada de bons atores e de um roteiro bem amarrado, que fazem de ABRAÇOS PARTIDOS um belo programa.
Cotação: ótimo
Chico Izidro

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