quinta-feira, outubro 13, 2011

Capitães da Areia



Capitães da Areia foi o primeiro livro que li de Jorge Amado. Escrito na década de 1930, é a obra mais vendida do escritor baiano. E agora tem sua versão cinematográfica nacional (houve uma norte-americana em 1971). E eu digo: fico com as versões para a tela grande de Gabriela, Cravo e Canela, e Dona Flor e Seus Dois Maridos. Ambos dirigidos por Bruno Barreto há mais de 30 anos e com muito menos recursos são muito superiores ao seu irmão mais novo. A explicação, talvez, seja na qualidade de seu diretor e dos atores.
Tudo bem que Capitães da Areia seja feito por novatos. Só que seu resultado deixa muito a desejar. A neta do escritor, Cecília Amado, dirige conjuntamente com Guy Gonçalves o filme em que um bando de garotos vive pelas ruas de Salvador nos anos 1930 praticando pequenos furtos para sobreviver. O grupo é liderado por Pedro Bala (Jean Luis Souza de Amorim), que tem como fiel escudeiro Professor (Romário Santos de Assis, um dos poucos a mostrar boa desenvoltura). Os dois irão viver um chocho triângulo amoroso com a pequena Dora (Ana Graciela Conceição da Silva). Os atores foram selecionados na periferia da capital baiana. Porém é evidente a falta de direção de elenco. As atuações são quase teatrais, com a garotada por vezes declamando o texto em frente às câmeras.
Capitães da Areia também sofre com os intensos cortes bruscos em suas cenas. A primeira hora transcorre rapidamente e os personagens, tirando os três principais e Paulo Raimundo Abade Silva, o Gato, que namora uma prostituta, não são adequadamente aprofundados.
Cotação: ruim
Chico Izidro

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