Geralmente os filmes derivados de livros costumam ser decepcionantes. Este, porém, não é o caso de "A Menina Que Roubava Livros", dirigido por Brian Percival e baseado em excelente livro do australiano Markus Zusak. A história transcorre na Alemanha nazista e tem como principal figura a garotinha Liesel Meminger (Sophie Nélisse), que orfã é adotada pelo pintor Hans Hubermann (Geoffrey Rush) e pela dona de casa Rosa Hubermann (Emily Watson). Eles vivem na pequena Molching, nos arredores de Munique, com extrema dificuldade financeira. Mesmo assim, abraçam Liesel como se ela fosse filha natural deles.
E a garotinha é fanática por livros, os pegando de forma furtiva, seja numa fogueira produzida pelos nazistas, seja na bibiloteca da mulher do prefeito. A história começa em 1938, e avança nos anos da II Guerra Mundial, trazendo ainda dois fortes personagens coadjuvantes, o vizinho Rudy Steiner (Nico Liersch), que se torna o melhor amigo de Liesel, e o judeu Max Vanderburg (Ben Schnetzer), que é acolhido secretamente pelos Hubermann, pois sua vida corre sério perigo. E ele mostra-se outro grande amigo de Liesel.
O filme toma a liberdade de excluir detalhes do livro, como os dois filhos naturais de Hans e Rosa, que não são citados, e o bando de ladrões que costuma roubar as fazendas próximas a Molching, e da qual Liesel e Rudy chegam a fazer parte em determinado período.
A garotinha Sophie Nélisse é cativante tanto quanto Nico Liersch, talvez o melhor do filme. E Geoffrey Rush e Emily Watson estão perfeitos como os pais adotivos de Liesel.
Cotação: ótimo
Chico Izidro
quinta-feira, janeiro 30, 2014
"47 Ronins"
A história de "47 Ronins" é baseada em evento tradicional do folclore japonês, onde ronins - samurais sem mestre - lutaram contra desmandos de um clã rival. O filme, dirigido por Carl Erik Rinsch, traz Keanu Reeves como Kai, um jovem mestiço no Japão medieval, adotado pelo lorde Asano (Min Tanaka). Porém, por mais que viva no vilarejo de Ako desde sempre, ele é visto com desconfiança pelos samurais do local, e mantém uma amizade com a filha de Asano, Mika (Ko Shibasaki).
Rejeitado, Kai verá certo dia os samurais serem expulsos de Ako após um clã visitante chegar à cidade e denunciar uma traição. Tudo forjado, mas os samurais são banidos, virando ronins. E Kai vai ajudar, um ano depois, os ronins a combater lorde Kira (Tadanobu Asano), que está prestes a se casar com Mika..
"47 Ronins" é bonito visualmente, a trama até é interessante, trazendo elementos de feitiçaria. Porém Keanu Reevez parece estar perdido em cena - seus diálogos são poucos, e os demais atores trazem uma afetação exagerada, uma arrogância que irrita.
Cotação: regular
Chico Izidro
Rejeitado, Kai verá certo dia os samurais serem expulsos de Ako após um clã visitante chegar à cidade e denunciar uma traição. Tudo forjado, mas os samurais são banidos, virando ronins. E Kai vai ajudar, um ano depois, os ronins a combater lorde Kira (Tadanobu Asano), que está prestes a se casar com Mika..
"47 Ronins" é bonito visualmente, a trama até é interessante, trazendo elementos de feitiçaria. Porém Keanu Reevez parece estar perdido em cena - seus diálogos são poucos, e os demais atores trazem uma afetação exagerada, uma arrogância que irrita.
Cotação: regular
Chico Izidro
"Frankenstein - Entre Anjos e Demônios"
"Frankenstein - Entre Anjos e Demônios" começa onde termina o livro de Mary Shelley, com o monstro sendo perseguido por seu criador, o médico Victor Frankenstein. Pois sob direção de Stuart Beattie, o monstro envolve-se numa guerra entre os anjos e um demônio, que deseja capturar o monstro e descobrir como ele foi criado. Afinal, Naberius (Bill Nighy) quer criar um exército de demônios e por isso vai atrás dos diários de Victor Frankenstein. Ao monstro, batizado de Adam, só resta desaparecer no mundo, ficando longe da civilização por 200 anos. Ele volta nos dias atuais para combater Naberius.
Ou seja, a história é um tremendo besteirol, piorada pelas atuações tacanhas de Aaron Eckhardt como o monstro, aqui sem os parafusos tradicionais mostrados nos filmes dos anos 1930 e 1940. O máximo que Aaron Eckhardt traz são cicatrizes na face. Já o demônio-líder é interpretado por Bill Nighy extremamente careteiro. E isso é estranho neste ator geralmente ótimo em suas atuações. Lamentável.
Cotação: ruim
Chico Izidro
Ou seja, a história é um tremendo besteirol, piorada pelas atuações tacanhas de Aaron Eckhardt como o monstro, aqui sem os parafusos tradicionais mostrados nos filmes dos anos 1930 e 1940. O máximo que Aaron Eckhardt traz são cicatrizes na face. Já o demônio-líder é interpretado por Bill Nighy extremamente careteiro. E isso é estranho neste ator geralmente ótimo em suas atuações. Lamentável.
Cotação: ruim
Chico Izidro
quinta-feira, janeiro 16, 2014
"O Lobo de Wall Street"
A nova parceria de Martin Scorsese e Leonardo DiCaprio, "O Lobo de Wall Street", funciona perfeitamente bem. É um ótimo filme. DiCaprio está perfeito como Jordan Belfort, um corretor de títulos da bolsa de Nova Iorque que devido a sua ganância e esperteza, acaba enriquecendo. Mas com o sucesso de sua empreitada, ele conhece o mundo das orgias e das drogas, vindo a entrar em decadência.
A história transcorre entre os meados dos anos 1980 e 1990. Tudo começa exatamente em 1987, quando Jordan consegue o primeiro emprego em Wall Street, e o perde, depois da quebra da bolsa, na pior crise desde o crack de 1929. Então, Jordan tem de recomeçar, mostrando ótimo senso de empreendedor, abrindo sua própria empresa. E se aliando a um cara tão voraz por grana quanto ele - Donnie Azoff (Jonah Hill, excelente), mas doido de pedra. Os dois vivem em orgias de sexo e drogas e o envio ilegal de dinheiro para o exterior. Se chega ao auge financeiro e no amor - ele casa com a gatíssima Naomi (Margot Robbie), Jordan também conhece a bancarrota, quando passa a ser perseguido pelo FBI.
As cenas de "O Lobo de Wall Street" remetem diretamente a outros dois clássicos de Scorsese dos anos 1990, "Os Bons Companheiros" e "Cassino". São cenas rápidas, enérgicas, às vezes fazendo o espectador se sentir numa montanha-russa. E deve entrar para a história o momentio em que DiCaprio e Jonah Hill se drogam e começam a sentir os efeitos da droga, tendo seus corpos paralisados. Genial.
Cotação: ótimo
Chico Izidro
A história transcorre entre os meados dos anos 1980 e 1990. Tudo começa exatamente em 1987, quando Jordan consegue o primeiro emprego em Wall Street, e o perde, depois da quebra da bolsa, na pior crise desde o crack de 1929. Então, Jordan tem de recomeçar, mostrando ótimo senso de empreendedor, abrindo sua própria empresa. E se aliando a um cara tão voraz por grana quanto ele - Donnie Azoff (Jonah Hill, excelente), mas doido de pedra. Os dois vivem em orgias de sexo e drogas e o envio ilegal de dinheiro para o exterior. Se chega ao auge financeiro e no amor - ele casa com a gatíssima Naomi (Margot Robbie), Jordan também conhece a bancarrota, quando passa a ser perseguido pelo FBI.
As cenas de "O Lobo de Wall Street" remetem diretamente a outros dois clássicos de Scorsese dos anos 1990, "Os Bons Companheiros" e "Cassino". São cenas rápidas, enérgicas, às vezes fazendo o espectador se sentir numa montanha-russa. E deve entrar para a história o momentio em que DiCaprio e Jonah Hill se drogam e começam a sentir os efeitos da droga, tendo seus corpos paralisados. Genial.
Cotação: ótimo
Chico Izidro
"Muita Calma Nessa Hora 2"
No primeiro filme, as quatro amigas passavam dias movimentados em Búzios. Agora, em "Muita Calma Nessa Hora 2", direção de Felipe Joffily, a ação transcorre durante um festival de música no Rio de Janeiro, três anos após os eventos iniciais. Tita (a bonita Andréia Horta) volta de Londres, querendo trabalhar como fotógrafa, Mari (Gianne Albertoni) trabalha na produção do festival, Aninha (Fernanda Sousa) está em busca de um emprego, e a bicho-grilo Estrella (Débora Lamm) retorna da Argentina, sempre carregando sua samambaia, enquanto o seu pai, Pablo (Nelson Freitas) abriu uma pousada e tenta se livrar de dívidas pesadas, que farão com que seja perseguido por dois personagens misteriosos no decorrer do filme.
Estes personagens, aliás, irão geral um final com total anti-climax em "Muita Calma Nessa Hora 2". Quase inexplicável é o encerramento da confusão provocada por eles. A história é bem fraquinha, transcorre quase todo o tempo durante o tal festival - e os personagens coadjuvantes carecem de qualidade. O empresário Augusto Henrique (Marcelo Adnet) é irritante, reprisando cena do primeiro filme, relacionada ao vômito e aos seus equipamentos eletrônicos, assim como o fã do grupo Chiclete com Banana (Lúcio Mauro Filho), enquanto Renan (Bruno Mazzeo) tenta fazer uma crítica a cantores de sertanejo universitário, mais evidente Luan Santana. O único a trazer certo alento é Daniel Filho como o pai de Tita, que fica dando pitacos na vida que ele considera desregrada para a filha.
Cotação: ruim
Chico Izidro
Estes personagens, aliás, irão geral um final com total anti-climax em "Muita Calma Nessa Hora 2". Quase inexplicável é o encerramento da confusão provocada por eles. A história é bem fraquinha, transcorre quase todo o tempo durante o tal festival - e os personagens coadjuvantes carecem de qualidade. O empresário Augusto Henrique (Marcelo Adnet) é irritante, reprisando cena do primeiro filme, relacionada ao vômito e aos seus equipamentos eletrônicos, assim como o fã do grupo Chiclete com Banana (Lúcio Mauro Filho), enquanto Renan (Bruno Mazzeo) tenta fazer uma crítica a cantores de sertanejo universitário, mais evidente Luan Santana. O único a trazer certo alento é Daniel Filho como o pai de Tita, que fica dando pitacos na vida que ele considera desregrada para a filha.
Cotação: ruim
Chico Izidro
"Caminhando com Dinossauros"
"Caminhando com Dinossauros", direção de Barry Cook, é um belo trabalho de animação digital. Na história, vemos um pequeno dinossauro vivendo momentos tensos em sua vida, desde o nascimento, até seu crescimento, onde perde o pai, se enmvolve com uma fêmea e o irmão, mais velho e mais forte, que costuma tratá-lo como um fraco.
Os dinossauros, em certo momento da história, são obrigados a se deslocar de seu habitat natural com a chegada do inverno, e buscar regiões mais quentes. Pelo caminho, enfrentam outros dinossauros, mais violentos e vorazes. A trama é bonita, e vai agradar aos pequenos e seus pais. Com certeza.
Cotação: bom
Chico Izidro
Os dinossauros, em certo momento da história, são obrigados a se deslocar de seu habitat natural com a chegada do inverno, e buscar regiões mais quentes. Pelo caminho, enfrentam outros dinossauros, mais violentos e vorazes. A trama é bonita, e vai agradar aos pequenos e seus pais. Com certeza.
Cotação: bom
Chico Izidro
"O Menino e o Mundo"
A animação "O Menino e o Mundo", direção de Alê Abreu, é diferente e estimulante. Os traços do desenho, feito com lápis de cera, canetinha, recortes, são simples e os personagens são desenhados com riscos toscos, em formato palitinho. Na história, um garotinho vive na roça com os pais. Devido a miséria reinante, o pai vai para a cidade em busca de uma vida melhor, o deixando só com a mãe. O menino passa a se sentir perdido sem a figura paterna, e então decide ir atrás do pai. Em sua trajetória, ele passa a conviver com figuras estranhas, num mundo em que achava ser melhor na qual habitava, mas descobre ser pior. Exploração, pobreza são as moedas correntes neste universo, em que ele se sente mais perdido ainda.
A trilha sonora é forte, e o filme por pouco não é mudo. Os personagens falam uma língua inventada - como se falassem ao contrário. Cativante.
Cotação: bom
Chico Izidro
A trilha sonora é forte, e o filme por pouco não é mudo. Os personagens falam uma língua inventada - como se falassem ao contrário. Cativante.
Cotação: bom
Chico Izidro
"Atividade Paranormal - Marcados Pelo Mal"
Em "Atividade Paranormal - Marcados Pelo Mal", dirigido por Christopher Landon, simplesmente nada acontece por quase uma hora de seus pouco mais de 80 minutos. O filme segue os passos dos seus anteriores, onde um personagem carrega uma câmera - e é pelo olhar dele que vemos o que transcorre. Aqui, nada. Dois amigos descendentes de mexicanos, Jesse (Andrew Jacobs) e Hector (Jorge Diaz), começam a fuçar o apartamento de uma vizinha, que foi assassinada, e que todos acreditavam que ela fosse uma bruxa.
Com o passar dos dias, um deles, Jesse passa a ser perseguido por um espírito maligno e a sofrer efeitos estranhos, como poder ficar com o corpo em posição diagonal, sem que nada o segure, ou ver respondidas perguntas feitas por um brinquedo dos anos 1980. Mas nada de sustos e o final envolve uma conspiração de bruxas, que se apoderavam de criancinhas orfãs de suas mães. Uma bobagem.
Cotação: ruim
Chico Izidro
Com o passar dos dias, um deles, Jesse passa a ser perseguido por um espírito maligno e a sofrer efeitos estranhos, como poder ficar com o corpo em posição diagonal, sem que nada o segure, ou ver respondidas perguntas feitas por um brinquedo dos anos 1980. Mas nada de sustos e o final envolve uma conspiração de bruxas, que se apoderavam de criancinhas orfãs de suas mães. Uma bobagem.
Cotação: ruim
Chico Izidro
sexta-feira, janeiro 10, 2014
"Ninfomaníaca - Volume 1"
"Ninfomaníaca - Volume 1" é o novo filme do polêmico diretor dinamarquês
Lars von Trier. Narra a vida de Joe (Charlotte Gainsbourg em sua fase
adulta e Stacy Martin como jovem). E como o título explicita, a
protagonista é viciada em sexo, descoberto ainda em tenra idade. Tudo
começa quando Joe é encontrada em um beco escuro, toda machucada, por
Seligman (Stellan Skarsgard), que a acolhe em sua casa. Então ela passa a
contar para ele suas peripécias, como quando descobriu a vagina aos dois
anos de idade, a perda da virgindade aos 15 anos - Joe pede para que
Jerôme (Shia Lebouef) a desvirgine. E o rapaz voltará a fazer parte de sua
vida no futuro. Joe ainda aposta com uma amiga, B (Sophie Kennedy Clark)
um pacote de chocolate - ganha as guloseimas quem transar com mais homens
durante uma viagem de trem.
Joe transa compulsivamente, mesmo sem amar seus amantes. Um deles até
deixa a mulher e os três filhos para viver com ela - o que provoca uma das
melhores cenas do filme, com Uma Thurman como a mulher rejeitada.
"Ninfomaníaca - Volume 1", porém, é irregular, com passagens que provocam
o sono. As cenas de sexo também não empolgam - elas foram interpretadas
por dublês - atores pornô contratados para a pornografia explícita
mostrada - mas filmada de um modo quase amador - superiores são as cenas
explícitas de "O Diabo no Corpo", de Marco Bellocchio, e os momentos pornô
inseridos no clássico "Caligula", de Tito Brass, de 1979. Compare-as e se
verá a fraqueza mostrada por Lars von Trier. O melhor talvez tenha sido
deixado para o Volume 2, previsto para março, e conforme mostram as cenas
nos créditos finais, mais instigante.
Cotação: regular
Chico Izidro
Lars von Trier. Narra a vida de Joe (Charlotte Gainsbourg em sua fase
adulta e Stacy Martin como jovem). E como o título explicita, a
protagonista é viciada em sexo, descoberto ainda em tenra idade. Tudo
começa quando Joe é encontrada em um beco escuro, toda machucada, por
Seligman (Stellan Skarsgard), que a acolhe em sua casa. Então ela passa a
contar para ele suas peripécias, como quando descobriu a vagina aos dois
anos de idade, a perda da virgindade aos 15 anos - Joe pede para que
Jerôme (Shia Lebouef) a desvirgine. E o rapaz voltará a fazer parte de sua
vida no futuro. Joe ainda aposta com uma amiga, B (Sophie Kennedy Clark)
um pacote de chocolate - ganha as guloseimas quem transar com mais homens
durante uma viagem de trem.
Joe transa compulsivamente, mesmo sem amar seus amantes. Um deles até
deixa a mulher e os três filhos para viver com ela - o que provoca uma das
melhores cenas do filme, com Uma Thurman como a mulher rejeitada.
"Ninfomaníaca - Volume 1", porém, é irregular, com passagens que provocam
o sono. As cenas de sexo também não empolgam - elas foram interpretadas
por dublês - atores pornô contratados para a pornografia explícita
mostrada - mas filmada de um modo quase amador - superiores são as cenas
explícitas de "O Diabo no Corpo", de Marco Bellocchio, e os momentos pornô
inseridos no clássico "Caligula", de Tito Brass, de 1979. Compare-as e se
verá a fraqueza mostrada por Lars von Trier. O melhor talvez tenha sido
deixado para o Volume 2, previsto para março, e conforme mostram as cenas
nos créditos finais, mais instigante.
Cotação: regular
Chico Izidro
"De Repente Pai"
"De Repente Pai", dirigido por Ken Scott, prega o quanto é boa a paternidade e o quanto ela pode amadurecer um homem. Vince Vaugh é David, um quarentão irresponsável, que trabalha como entregador de carnês no açougue da família. Nunca consegue cumprir os horários e as tareafs mais simples que lhe são pedidas. Tanto que sua namorada, Emma (Cobie Smulders, de How I Meet Your Mother), fica grávida e nem cogita a possibilidade de David ser oficializado como pai da criança.
As coisas na vida dele começam a mudar quando David é comunicado que após 20 anos de ter vendido seu esperma para uma clínica de fertilização, ele acabou possibilitando o nascimento de exatas 533 crianças. E agora 130 delas querem saber quem foi o doador anônimo, ou seja, o cara que lhes deu vida. David nem cogita a possibilidade de se revelar, mas curioso, passa a seguir alguns dos rebentos, todos eles boa gente, mas alguns com problemas pessoais - e David passa a ajudá-los anonimamente, até se empolgar com a ideia da paternidade.
O filme é um amontoado de clichês sobre solidariedade e bom mocismo. Mas muita gente vai se identificar com o anti-herói vivido pelo bobão Vince Vaugh.
Cotação: regular
Chico Izidro
As coisas na vida dele começam a mudar quando David é comunicado que após 20 anos de ter vendido seu esperma para uma clínica de fertilização, ele acabou possibilitando o nascimento de exatas 533 crianças. E agora 130 delas querem saber quem foi o doador anônimo, ou seja, o cara que lhes deu vida. David nem cogita a possibilidade de se revelar, mas curioso, passa a seguir alguns dos rebentos, todos eles boa gente, mas alguns com problemas pessoais - e David passa a ajudá-los anonimamente, até se empolgar com a ideia da paternidade.
O filme é um amontoado de clichês sobre solidariedade e bom mocismo. Mas muita gente vai se identificar com o anti-herói vivido pelo bobão Vince Vaugh.
Cotação: regular
Chico Izidro
"Confissões de Adolescente"
A série baseada nas memórias de Maria Mariana fez relativo sucesso entre
1994 e 1996 na TV Cultura. Agora chega a versão cinematográfica de
"Confissões de Adolescente", dirigido por Daniel Filho e Cris d'Amato, e
mostrando a vida de quatro irmãs e seus grilos típicos da idade. Tina
(Sophia Abrahão), Bianca(Isabella Camero), Alice (Malu Rodrigues) e Carina
(Clara Tiezzi) são filhas de Paulo (Cássio Gabus Mendes). A mãe delas
nunca é citada, não se sabendo se morreu, se está separada do pai delas.
Advogado, ele começa a ter dificuldades financeiras e propõe as três
filhas que moram com ele - Tina mora sozinha, mas costuma aparecer para
pegar comida na geladeira - a se mudar para outro bairro, pois o custo de
vida está muito alto. As meninas se apavoram com a possibilidade de deixar
o lugar onde moram, pois ficariam longe de seus interesses. E prometem
maneirar nos gastos para tudo ficar como está.
Uma delas, Alice, tem um namoradinho com quem está descobrindo os segredos
do sexo, Bianca quer pertencer ao grupo das patricinhas, enquanto tenta
esconder uma relação misteriosa, e Carina sente-se atraída por um
coleguinha de escola. Já a mais velha, Tina, anda às voltas em tentar
conseguir o primeiro emprego e a incerteza em relação ao namoro. Ou seja,
mudou a década, mas os anseios dos jovens permaneceram os mesmos, mesmo
que agora o mundo não seja mais analógico como nos anos 1990. O filme é
repleto de realidade virtual, com seus smartphones, ipads, facebooks da
vida. As atrizes que participaram da série noventista, a própria Maria
Mariana, mais Déborah Secco, Daniele Valente e Georgiana Góes fazem pontas
no filme, que é divertido e leve, não trazendo aqueles adolescentes
estereotipados.
Cotação: bom
Chico Izidro
1994 e 1996 na TV Cultura. Agora chega a versão cinematográfica de
"Confissões de Adolescente", dirigido por Daniel Filho e Cris d'Amato, e
mostrando a vida de quatro irmãs e seus grilos típicos da idade. Tina
(Sophia Abrahão), Bianca(Isabella Camero), Alice (Malu Rodrigues) e Carina
(Clara Tiezzi) são filhas de Paulo (Cássio Gabus Mendes). A mãe delas
nunca é citada, não se sabendo se morreu, se está separada do pai delas.
Advogado, ele começa a ter dificuldades financeiras e propõe as três
filhas que moram com ele - Tina mora sozinha, mas costuma aparecer para
pegar comida na geladeira - a se mudar para outro bairro, pois o custo de
vida está muito alto. As meninas se apavoram com a possibilidade de deixar
o lugar onde moram, pois ficariam longe de seus interesses. E prometem
maneirar nos gastos para tudo ficar como está.
Uma delas, Alice, tem um namoradinho com quem está descobrindo os segredos
do sexo, Bianca quer pertencer ao grupo das patricinhas, enquanto tenta
esconder uma relação misteriosa, e Carina sente-se atraída por um
coleguinha de escola. Já a mais velha, Tina, anda às voltas em tentar
conseguir o primeiro emprego e a incerteza em relação ao namoro. Ou seja,
mudou a década, mas os anseios dos jovens permaneceram os mesmos, mesmo
que agora o mundo não seja mais analógico como nos anos 1990. O filme é
repleto de realidade virtual, com seus smartphones, ipads, facebooks da
vida. As atrizes que participaram da série noventista, a própria Maria
Mariana, mais Déborah Secco, Daniele Valente e Georgiana Góes fazem pontas
no filme, que é divertido e leve, não trazendo aqueles adolescentes
estereotipados.
Cotação: bom
Chico Izidro
"Ajuste de Contas"
"Ajuste de Contas", dirigido por Peter Segal, traz a reunião de dois
ícones do boxe cinematográfico dos anos 1980: Robert de Niro, que viveu
Jack LaMotta em "Touro Indomável", e Sylvester Stallone, que encarnou
Rocky Balboa. Neste filme, eles são dois lutadores aposentados, na faixa
dos 60 anos, que são insuflados por um jovem empresário, Dante Slate Jr.
(Kevin Hart) a se enfrentarem 30 anos após um embate histórico entre eles.
Na época, Henry "Razor" Sharp (Stallone) desistiu da luta desempate por um
motivo que ele não revela a ninguém. Agora, Sharp vê o passado lhe
trazendo lembranças e acaba aceitando o desafio após ser demitido da
fábrica onde trabalha desde a aposentadoria.
Já Billy "The Kid" McDonnen (De Niro) não passa por dificuldades, dono de
bares e concessionárias de carros, mas seu ego o impele a lutar, pois ele
acha que teria vencido a luta negra três décadas atrás, e nunca ficou
satisfeito por Sharp ter desistido do combate.
"Ajuste de Contas", na realidade, não é a luta entre eles, mas sim os
acertos que os dois têm com o passado. Sharp perdeu a mulher, Sally (Kim
Basinger, batendo um bolão aos 60 anos) e justamente para Billy, com quem
teve um filho, e nunca os perdoou pela traição. Mas Sharp também não
consegue entender o motivo que o fez acabar sendo abandonado por Sally.
O filme é repleto de piadas relacionadas com a velhice - e como os dois
lutadores não se adequam aos novos tempos, onde o violento MMA parece ser
mais atrativo do que o boxe - o lutador Chael Sonnen chega a fazer uma
ponta como ele mesmo sendo nocauteado por Stallone . Aliás, não se pode
exigir muito de Stallone e de suas feições deformadas, mas Roberto de
Niro, pelo menos, deixou de ser careteiro, parecendo estar se divertindo
muito.
Cotação: bom
Chico Izidro
ícones do boxe cinematográfico dos anos 1980: Robert de Niro, que viveu
Jack LaMotta em "Touro Indomável", e Sylvester Stallone, que encarnou
Rocky Balboa. Neste filme, eles são dois lutadores aposentados, na faixa
dos 60 anos, que são insuflados por um jovem empresário, Dante Slate Jr.
(Kevin Hart) a se enfrentarem 30 anos após um embate histórico entre eles.
Na época, Henry "Razor" Sharp (Stallone) desistiu da luta desempate por um
motivo que ele não revela a ninguém. Agora, Sharp vê o passado lhe
trazendo lembranças e acaba aceitando o desafio após ser demitido da
fábrica onde trabalha desde a aposentadoria.
Já Billy "The Kid" McDonnen (De Niro) não passa por dificuldades, dono de
bares e concessionárias de carros, mas seu ego o impele a lutar, pois ele
acha que teria vencido a luta negra três décadas atrás, e nunca ficou
satisfeito por Sharp ter desistido do combate.
"Ajuste de Contas", na realidade, não é a luta entre eles, mas sim os
acertos que os dois têm com o passado. Sharp perdeu a mulher, Sally (Kim
Basinger, batendo um bolão aos 60 anos) e justamente para Billy, com quem
teve um filho, e nunca os perdoou pela traição. Mas Sharp também não
consegue entender o motivo que o fez acabar sendo abandonado por Sally.
O filme é repleto de piadas relacionadas com a velhice - e como os dois
lutadores não se adequam aos novos tempos, onde o violento MMA parece ser
mais atrativo do que o boxe - o lutador Chael Sonnen chega a fazer uma
ponta como ele mesmo sendo nocauteado por Stallone . Aliás, não se pode
exigir muito de Stallone e de suas feições deformadas, mas Roberto de
Niro, pelo menos, deixou de ser careteiro, parecendo estar se divertindo
muito.
Cotação: bom
Chico Izidro
"Frozen - Uma Aventura Congelante"
A princesa Elsa tem um segredo, na realidade uma maldição: tudo o que toca
se congela. Por isso, ao quase matar a irmã menor, Anna, ela é afastada do
convívio de todos, passando a viver isolada em seu quarto no castelo. Os
pais da menina, que governam Arendell, morrem num naufrágio, e quando Elsa
completa 18 anos, é coroada raínha, sendo obrigada a sair de seu refúgio.
Então acidentalmente seu segredo acaba revelado e ela foge para as
montanhas, mas em sua fuga deixando Arendell embaixo do mais intenso
inverno. Anna parte em busca da irmã em "Frozen - No Reino Encantado",
direção de Chris Buck e Jennifer Lee.
Na bela animação da Disney, a princesa Anna enfrenta as intempéries na
tentatica de resgatar a irmã mais velha, encontrando pelo caminho o jovem
Kristoff, sua rena Sven e o boneco de neve Olaf. A história é divertida,
principalmente quando aparece em cena Olaf, que inocentemente deseja
conhecer o verão - sem saber que se isso aconetcer, ele derreterá. Os
vilões também são ótimos, não sendo caricatos - e só surgindo de suspresa,
no decorrer da trama. O único inconveniente é a cantoria dos personagens,
pois em determinado momento as canções, com refrões por demais
repetitivos, passam a irritar.
Cotação: bom
Chico Izidro
se congela. Por isso, ao quase matar a irmã menor, Anna, ela é afastada do
convívio de todos, passando a viver isolada em seu quarto no castelo. Os
pais da menina, que governam Arendell, morrem num naufrágio, e quando Elsa
completa 18 anos, é coroada raínha, sendo obrigada a sair de seu refúgio.
Então acidentalmente seu segredo acaba revelado e ela foge para as
montanhas, mas em sua fuga deixando Arendell embaixo do mais intenso
inverno. Anna parte em busca da irmã em "Frozen - No Reino Encantado",
direção de Chris Buck e Jennifer Lee.
Na bela animação da Disney, a princesa Anna enfrenta as intempéries na
tentatica de resgatar a irmã mais velha, encontrando pelo caminho o jovem
Kristoff, sua rena Sven e o boneco de neve Olaf. A história é divertida,
principalmente quando aparece em cena Olaf, que inocentemente deseja
conhecer o verão - sem saber que se isso aconetcer, ele derreterá. Os
vilões também são ótimos, não sendo caricatos - e só surgindo de suspresa,
no decorrer da trama. O único inconveniente é a cantoria dos personagens,
pois em determinado momento as canções, com refrões por demais
repetitivos, passam a irritar.
Cotação: bom
Chico Izidro
"Álbum de Família"
Beverly (Sam Sheppard) entrevista uma moça índigena, Johnna ( Misty Upham)
para ajudar nas tarefas de casa, já que sua esposa, Violet (Meryl Streep)
encontra-se doente. Em seguida, ele desaparece, deixando a mulher aflita.
Então ela convoca as filhas para acompanhá-la nas buscas pelo marido em
"Álbum de Família", dirigido por John Wells. Logo o destino de Beverly é
revelado, e o pior de Violet começa a aparecer.
Ela é cruel com as filhas Barbara (Julia Roberts), Ivy (Julianne
Nicholson) e Karen (Juliette Lewis). Todas as três tem vidas conflituosas,
e a língua ferina de Violet não as perdoa. E não à toa, Violet tem câncer
na boca, e ela usa os analgésicos como desculpa para agredir verbalmente
as filhas e o resto da família, alegando estar sempre chapada. "Ah, estou
dopada, e posso agir irresponsavelmente", é o que parece dizer os atos de
Violet, cuja irmã, Mattie Fae (Margo Martindale) também não poupa
crueldades, principalmente com o filho tímido, Little Charles (Benedict
Cumberbatch) e o marido boa gente, Charles (Chris Cooper).
"Álbum de Família" segue nitidamente os passos de "Parente é Serpente",
onde fica claro que as pessoas não escolhem os familiares, mas são
obrigados a conviver com eles. E todos trazem segredos que uma hora ou
outra podem criar os maiores atritos. O filme, quase um teatro filmado,
ganha mais ainda com a afinação do elenco, capitaneado por Meryl Streep,
novamente espetacular, duelando fortemente com Julia Roberts, em uma de
suas melhores atuações em anos.
Cotação: ótimo
Chico Izidro
para ajudar nas tarefas de casa, já que sua esposa, Violet (Meryl Streep)
encontra-se doente. Em seguida, ele desaparece, deixando a mulher aflita.
Então ela convoca as filhas para acompanhá-la nas buscas pelo marido em
"Álbum de Família", dirigido por John Wells. Logo o destino de Beverly é
revelado, e o pior de Violet começa a aparecer.
Ela é cruel com as filhas Barbara (Julia Roberts), Ivy (Julianne
Nicholson) e Karen (Juliette Lewis). Todas as três tem vidas conflituosas,
e a língua ferina de Violet não as perdoa. E não à toa, Violet tem câncer
na boca, e ela usa os analgésicos como desculpa para agredir verbalmente
as filhas e o resto da família, alegando estar sempre chapada. "Ah, estou
dopada, e posso agir irresponsavelmente", é o que parece dizer os atos de
Violet, cuja irmã, Mattie Fae (Margo Martindale) também não poupa
crueldades, principalmente com o filho tímido, Little Charles (Benedict
Cumberbatch) e o marido boa gente, Charles (Chris Cooper).
"Álbum de Família" segue nitidamente os passos de "Parente é Serpente",
onde fica claro que as pessoas não escolhem os familiares, mas são
obrigados a conviver com eles. E todos trazem segredos que uma hora ou
outra podem criar os maiores atritos. O filme, quase um teatro filmado,
ganha mais ainda com a afinação do elenco, capitaneado por Meryl Streep,
novamente espetacular, duelando fortemente com Julia Roberts, em uma de
suas melhores atuações em anos.
Cotação: ótimo
Chico Izidro
Assinar:
Postagens (Atom)
“QUEER”
Foto: Paris Filmes “QUEER”, dirigido por Luca Guadagnino a partir de um roteiro de Justin Kuritzkes, é baseado em romance homônimo de 1985...
-
Foto: Warner Bros. Pictures "Twisters", que retoma uma franquia popular de desastres naturais dos anos 1990, é dirigido por Lee ...
-
O filme “Fica Comigo” está em processo de pré-produção pela Conceitoh Filmes. O média-metragem será lançado em outubro, em comemoração ao ...
-
Foto: Embaúba Filmes “O Estranho”, escrito e dirigido pela dupla Flora Dias e Juruna Mallon, tem como principal cenário o Aeroporto de Guar...