domingo, junho 19, 2022

"LIGHTYEAR"

Em 1995, Andy ganhou um boneco do personagem do seu filme favorito. A nova animação da Pixar começa com essa frase. Sendo este filme nada menos que "Lightyear", dirigido por Angus MacLane, co-diretor de Procurando Dory e de curtas de Toy Story. Buzz Lightyear sempre foi um personagem de ficção dentro de uma ficção, então quase 30 anos após a estreia do primeiro "Toy Story", o estúdio resolveu explicar a origem do herói de plástico.
Em "Lightyear" vemos o patrulheiro espacial preso em um planeta a 4,2 milhões de anos-luz da Terra, ao lado de sua comandante e sua equipe, após sofrer um acidente. Todos tentam seguir as suas vidas, mas Buzz se sente o culpado pelo incidente e quer consertar o erro. Então, o patrulheiro começa a fazer uma série de testes de combustível para tentar tirar todo mundo do planeta. Porém, as tentativas vão dando errado e descobre que a cada novo teste, todos vão envelhendo, menos ele, devido a um lapso de tempo.
Esta premissa é excepcional, sendo uma baita história de ficção científica digna do seriado "Twilight Zone". Afinal, Buzz vê todo mundo envelhecendo e, consequentemente, morrendo, enquanto ele segue jovem e mais angustiado, tomando conhecimento de que ninguém vai restar ao seu lado quando ele voltar à Terra, caso consiga.
Os demais personagens também são bons, como a comandante Hawthorne, que é lésbica, sua neta. Mas nada melhor do que o gato-robô Sox, que por si só merecia um filme para chamar de seu. "Lightyear" é uma aventura de ficção científica, mas a partir de sua segunda metade, não traz nenhuma originalidade ou emoção, podendo ser considerado mediano. Outro problema é que no Brasil, Buzz Lightyear foi dublado por Marcos Mion, que tem uma voz um pouco irritante e que incomoda no começo - com o passar do tempo, a gente vai esquecendo um pouco, mas é muito difícil desvencilhar a identidade do ator com Buzz.
Cotação: regular
Duração: 1h45m
Chico Izidro

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