quarta-feira, outubro 08, 2025

“Tron: Ares”

Foto: Disney
“Tron: Ares”, direção do norueguês Joachim Rønning, é o terceiro filme da franquia iniciada em 1982, com “Tron: Uma Odisseia Eletrônica” e seguido de “Tron: O Legado”, de 2010, sendo que ainda no meio do caminho houve a série animada “Tron: Uprising” em 2012.
O filme oitentista impactou em sua época, por ser um dos primeiros filmes a apostar na computação gráfica, que ainda engatinhava no mundo, e trazendo no papel principal Jeff Bridges, então com apenas 31 anos – sim, aos 75 anos, ele retorna ao seu papel em “Tron: Ares”.
A trama deste terceiro volume muda a perspectiva de seus predecessores, pois ao invés de o protagonista, a inteligência artificial criada para ser um super soldado, Ares (Jared Leto), mergulhar no mundo digital, seu objetivo é ganhar uma vida fora e sem tempo limitado de vida – tal como os replicantes em Blade Runner.
Ares foi criado pelo herdeiro de uma grande empresa de tecnologia, Julian Dillinger (Evan Peters), que tem como objetivo roubar o trabalho da cientista Eve Kim (a bela Greta Lee). Ela conseguiu fazer com que os trabalhos digitais não se desfaçam em menos de 29 minutos – e ganha a simpatia de Ares, a máquina que pretende ganhar vida humana. Até em determinado momento, o vilão chama o IA de Pinóquio.
A inteligência artificial interpretada de Jared Leto até chega a ter um clima com a cientista sino-americana, mas ficam apenas nos olhares. Já Evan Peters exagera em seu papel de vilão, fazendo um personagem genérico, sem a mínima profundidade, um sub-Lex Luthor. Enquanto isso, Gillian Anderson, a inesquecível Dana Scully, de Arquivo X, tem um papel engessado, de mãe do empresário vilanesco. Ah, e sem esquecer a outra vilã, esta sim assustadora, uma IA programada para matar, Athena, vivida pela lindíssima atriz britânica Jodie Turner-Smith.
O roteiro é um fio, mas as cenas de ação impressionam pela qualidade, prendendo a atenção do espectador. “Tron: Ares” é feito para ser visto de preferência nos cinemas IMAX.
A trilha sonora também é poderosa, obra da dupla Trent Reznor e Atticus Ross, do Nine Inch Nails, mas também tem espaço para clássicos pop, como por exemplo, “Just Can’t Get Enough”, do Depeche Mode, que gruda na cabeça de Ares.
Cotação: bom
Duração: 1h59min
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=YXPsyG9lAe4

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