domingo, agosto 24, 2025

FESTIVAL DE GRAMADO CHEGA AO FINAL COM “CINCO TIPOS DE MEDO” ELEITO O MELHOR FILME

Foto: Xamã e Bella Campos em “Cinco Tipos de Medo” / Divulgação
“CINCO TIPOS DE MEDO” FOI ELEITO o melhor filme da 53ª edição do Festival de Gramado. Com direção Bruno Bini, que levou para casa quatro Kikitos: Melhor Filme, Melhor Roteiro e Melhor Montagem para Bini, além do prêmio de Melhor Ator Coadjuvante para Xamã.
O longa proveniente de Mato Grosso conta a história de cinco vidas que se conectam. Murilo, um jovem músico em luto, que se envolve com Marlene, enfermeira presa a um relacionamento abusivo com um traficante. Suas histórias cruzam as de Luciana, policial movida por vingança, e Ivan, advogado com intenções ocultas.
Laís Melo venceu o prêmio de Melhor Direção por "Nó" (PR), longa que também conquistou o Kikito de Melhor Fotografia (Renata Corrêa) e foi eleito o Melhor Longa-metragem Brasileiro pelo Júri da Crítica. "Papagaios" (RJ), de Douglas Soares conquistou o prêmio de Melhor Longa-metragem Brasileiro pelo Júri Popular e também venceu os Kikitos de Melhor Direção de Arte (Elsa Romero), Melhor Desenho de Som (Bernardo Uzeda, Thiago Sobral e Damião Lopes) e Melhor Ator para Gero Camilo. O Kikito de Melhor Atriz foi para Malu Galli, por "Querido Mundo" (RJ), de Miguel Falabella.
"A Natureza das Coisas Invisíveis" (DF), de Rafaela Camelo, garantiu os prêmios de Melhor Atriz Coadjuvante para Aline Marta Maria e Melhor Trilha Musical para Alekos Vuskovic, além do Prêmio Especial do Júri. Já "Sonhar com Leões" (SP), de Paolo Marinou-Blanco, ganhou uma Menção Honrosa.
Foto: “Lendo o Mundo” venceu o prêmio de Melhor Longa-metragem Documentário / Divulgação
Na Mostra Competitiva de Documentários, o grande vencedor foi o filme “Lendo o Mundo" (RN), de Catherine Murphy e Iris de Oliveira. O documentário acompanha o início dos anos 1960, quando Paulo Freire liderou um projeto experimental no nordeste do Brasil, permitindo que centenas de adultos lessem, escrevessem e votassem. A agitação política levou ao exílio de Freire, durante o qual ele se tornou um ícone global, promovendo a democracia por meio da educação. O longa-metragem "Para Vigo Me Voy!" (RJ), de Lírio Ferreira e Karen Harley, conquistou uma Menção Honrosa.
"Até Onde a Vista Alcança" (SP), de Alice Villela e Hidalgo Romero, e "Os Avós" (AM), de Ana Ligia Pimentel, também foram exibidos na Mostra Competitiva de Documentários.
O 53º Festival de Cinema de Gramado chegou ao fim na noite de sábado, 23 de agosto, depois de movimentar a Serra Gaúcha com 11 dias de evento, que reuniu cineastas, artistas, jornalistas, estudantes e um público estimado em 40 mil pessoas. O maior festival de cinema do Brasil exibiu 74 filmes, entre curtas e longas-metragens, com destaque para as cinco mostras competitivas — longas brasileiros de ficção, documentários, curtas brasileiros, longas gaúchos e curtas gaúchos — além de produções universitárias, títulos fora de competição, pré-estreia de série e sessões especiais. Ao todo foram entregues 52 prêmios, sendo 40 Kikitos.

“PAPAGAIOS” É ELEITO MELHOR FILME PELO JÚRI POPULAR EM GRAMADO

Fotos: Edison Vara e Cleiton Thiele/Ag.Pressphoto
O LONGA-METRAGEM “PAPAGAIOS”, do diretor Douglas Soares, conquistou a escolha do público do 53º Festival de Cinema de Gramado como “Melhor Longa-metragem Brasileiro pelo Júri Popular”, além do protagonista, o ator Gero Camilo, que dá vida a Tunico, o mais famoso “papagaio de pirata” do Rio de Janeiro, como “Melhor Ator”.
O filme ainda venceu os Kikitos - troféus que representam a maior premiação do cinema nacional - de Melhor Direção de Arte, por Elsa Romero, e de Melhor Desenho de Som, por Bernardo Uzeda, Thiago Sobral e Damião Lopes, completando no total quatro categorias.
“Muito feliz com essa premiação que é a resposta do público para o filme e, realmente, nós buscamos fazer uma produção que dialogasse com o espectador. Foi muito legal perceber que ‘Papagaios’ foi bem comentado pelo público e pela crítica no Festival de Gramado. Eu quero agradecer a toda a nossa equipe, pelo empenho e pela brilhante entrega”, comenta o diretor Douglas Soares.
“Papagaios” traz uma sátira social sobre os limites éticos da fama, em um suspense marcado por mistérios e uma pitada de comédia, indagando sobre o que o ser humano está disposto a fazer para aparecer na televisão. O ator Gero Camilo dá vida a Tunico, o mais famoso “papagaio de pirata” do Rio de Janeiro, um grande representante da classe e que sempre está perseguindo repórteres para aparecer na TV, seja em tragédias, velórios de famosos ou nos noticiários. Depois de uma matéria sobre um grave acidente em um parque de diversões da cidade, ele conhece Beto, interpretado por Ruan Aguiar, um jovem misterioso que se torna seu aprendiz. Esse encontro revelará a face oculta da busca pela fama a qualquer custo, em um Brasil com mais de 70 milhões de televisores ligados todos os dias.
“O trabalho com Gero Camilo vem de uma paixão de anos. Ele completa agora 25 anos de cinema e eu sempre quis fazer esse filme com ele, proporcionando também que ele participasse ativamente em uma construção coletiva”, explica o cineasta.
Premiado como o Melhor Ator na 53ª edição do Festival de Cinema de Gramado, Gero Camilo, que participou pela primeira vez do evento, agradeceu o destaque do seu trabalho pelo júri da edição e referiu o seu Kikito para toda a equipe do filme. “Não existe ‘melhor ator’, existem destaques, que são apoiados em um coletivo de trabalhos. O cinema é uma arte coletiva. Eu não sou o melhor, eu sou um destaque, que representa uma voz comunitária, de uma indústria e de uma equipe que busca a sua narrativa e fortalece a cinematografia brasileira. Estou muito feliz com a honraria que recebemos”, comenta o ator.
O Júri Oficial de longas-metragens de ficção da edição de 2025 do Festival de Cinema de Gramado foi composto pelo ator Edson Celulari, pela atriz Isabel Fillardis e pelos cineastas Sergio Rezende, Fernanda Lomba e Petrus Cariry.
Veja Trailer de “Papagaios” no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=n2vT_2QJNwM

sábado, agosto 23, 2025

“QUANDO A GENTE MENINA CRESCE” VENCE A MOSTRA DE LONGAS GAÚCHAS EM GRAMADO

Foto: Longa gaúcho “Quando a Gente Menina Cresce” / Equipe TV OVO
O DOCUMENTÁRIO “Quando a Gente Menina Cresce”, de Neli Mombelli, foi o vencedor do Kikito de Melhor Longa-metragem Gaúcho do 53º Festival de Cinema de Gramado. O filme que também conquistou uma Menção Honrosa para o elenco feminino e o prêmio de Melhor Filme pelo Júri Popular.
A cerimônia de premiação da Mostra SEDAC/Iecine de Longas-metragens Gaúchos e da Mostra Competitiva de Curtas-metragens Brasileiros, no Palácio dos Festivais ocorreu na sexta-feira, dia 22 de agosto, à noite.
O longa mostra um grupo de meninas que vive a transição da infância para adolescência em uma escola pública na periferia de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Elas têm entre 9 e 12 anos e, ao longo do ano letivo, sentem mudanças no corpo, medos, desejos e vivem a expectativa da chegada da primeira menstruação.
O prêmio de Melhor Direção foi para Jonatas e Tiago Rubert, por “Uma em Mil”, dupla que também levou para casa o prêmio de Melhor Roteiro. O longa garantiu ainda o troféu de Melhor Montagem para Joana Bernardes e Thais Fernandes. Já o filme “Passaporte Memória”, de Decio Antunes, arrebatou os dois prêmios de atuação, para Stephane Brodt e Lara Tremouroux; “Bicho Monstro”, de Germano de Oliveira, conquistou os Kikitos de Melhor Fotografia (Bruno Polidoro) e Melhor Direção de Arte para Gabriela Burck. O longa de Bárbara Paz “Rua do Pescador n° 6” venceu os prêmios de Melhor Desenho de Som (Rodrigo Ferrante e André Tadeu), e de Melhor Trilha Musical para Renato Borghetti.
O jornalista e crítico Daniel Fernandes, a atriz e produtora Gabrielle Fleck e a produtora Keyti Souza foram os jurados responsáveis pela escolha dos vencedores da Mostra SEDAC/Iecine de Longas-metragens Gaúchos.
Foto: Curta brasileiro “FrutaFizz” / Divulgação
Na Mostra Competitiva de Curtas-metragens Brasileiros o grande vencedor foi “FrutaFizz”, de Kauan Okuma Bueno. O curta também se qualifica para a 1ª edição do Ibershorts Award 2025, prêmio organizado pelo Festival de Málaga em colaboração com a Festhome que busca fortalecer os laços culturais entre países ibero-americanos, incluindo Portugal e excetuando a Espanha. O curta conta a história de Mauro que, durante uma brecha numa viagem de trabalho ao interior, visita a cidade que marcou sua infância, confrontando memórias distantes que parecem ganhar vida a cada esquina.
O prêmio de Melhor Direção foi para Adriana de Faria, por “Boiuna”, longa que também venceu por Melhor Atriz (Jhanyffer Santos e Naieme) e Melhor Fotografia (Thiago Pelaes). Pedro Sol Victorino ganhou o Kikito de Melhor Ator por “Jacaré”, de Victor Quintanilha. Já “Samba Infinito”, de Leonardo Martinelli, garantiu os troféus de Melhor Filme pelo Júri Popular, Melhor Montagem (Lobo Mauro) e Melhor Direção de Arte para Ananias de Caldas e Brian Thurler. O Kikito de Melhor Roteiro foi para Ítalo Rocha, por “Réquiem para Moïse”, de Caio Barretto Briso e Susanna Lira.
O curta “As Musas”, de Rosa Fernan, venceu o prêmio de Melhor Trilha Musical, e “Jeguatá Xirê”, de Alan Alves-Brito, Ana Moura e Marcelo Freire, venceu Melhor Desenho de Som para Freire. "Aconteceu a Luz da Lua", de Crystom Afronário, garantiu o Prêmio Especial do Júri de Melhor Curta-metragem. E "Quando Eu For Grande", de Mano Cappu, conquistou uma Menção Honrosa de Melhor Curta-metragem. A mostra nacional de curtas-metragens foi avaliada pelo produtor Ailton Franco Jr., pela crítica de cinema Dríade Aguiar e pela atriz Polly Marinho. Doze produções de oito estados diferentes integraram a mostra competitiva.
Foto: A cerimônia de premiação da Mostra SEDAC/Iecine de Longas-metragens Gaúchos / Edison Vara
Veja o trailer de “Quando a Gente Menina Cresce” no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=8JyBOaQGB6k&t=1s

segunda-feira, agosto 18, 2025

MOSTRA INFANTIL PETROBRAS LEVA FILMES NACIONAIS ÀS ESCOLAS DE GRAMADO

Foto: Bruno Wilke
O FESTIVAL DE CINEMA DE GRAMADO, que chega a sua 53ª edição em 2025, conta com mais espaço na programação: Mostra Infantil Petrobras, que faz parte da programação de cinema nos bairros, com entrada gratuita, que leva cultura através do lúdico, a centenas de crianças da rede municipal da cidade. As escolas serão transformadas em cinemas, materializando o conceito de sustentabilidade, gerando impacto social. Entre os dias 18 e 22 de agosto, em dois horários, manhã e tarde, serão apresentadas animações e oficinas que geram reflexões sobre cuidados e responsabilidade com o meio ambiente.
As escolas municipais Henrique Bertoluci Sobrinho, Senador Salgado Filho, Mosés Bezzi, Nossa Senhora Fátima e Maximiliano Hahn estão no circuito do cinema nos bairros e vão receber os títulos dos Curtas Metragens oferecidos pela Petrobras: “PiOinc”, “Teca e Tuti: Uma noite na Biblioteca”, “Tom Tamborim”, “Música das Esferas” e o curta metragem vencedor do Educavídeo e também o longa-metragem “A Arca de Noé”, través da parceria do Festival de Cinema de Gramado com a Globo Filmes. As sessões para os alunos ocorrem em dois horários, às 9h e 14h.
A mostra é realizada em parceria com o Ecocinema, uma produtora de filmes especializada em retratar histórias que geram consciência e mudanças positivas na sociedade. A iniciativa leva cinema a espaços públicos, democratizando o acesso à sétima arte em alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). Anualmente, o Ecocinema realiza atividades em diferentes partes da América Latina e da Espanha, totalizando milhares de oficinas educativas e exibições anualmente, atingindo diretamente quase dois milhões de pessoas.
Em Gramado, serão utilizadas unidades móveis, chamadas de “Naves Solares”, que possuem sistema de energia solar fotovoltaica para a projeção dos filmes. A plataforma Ecocinema é um exemplo prático da utilização de energias renováveis, popularizando o seu conhecimento junto de toda a população.
PROGRAMAÇÃO MOSTRA PETROBRAS
* SEGUNDA FEIRA - 18/08
Ginásio da EMEF Henrique Bertoluci Sobrinho (Rua Antonio Henke, 100 - Casagrande)
14h – Programação
Cinema nos bairros sessão 1
“PiOinc”, de Alex Ribondi e Ricardo Makoto
“Teca e Tuti: Uma Noite na Biblioteca”, de Eduardo Perdido, Tiago MAL e Diego M. Doimo
Oficina Interativa na Nave Solar
* TERÇA FEIRA - 19/08
EMEF Senador Salgado Filho (R. Côrte Real, 235 - Piratini)
9h- Programação
Cinema nos bairros sessão 2
“Celeste”, de Fernando Macedo
“Teca e Tuti: Uma Noite na Biblioteca”, de Eduardo Perdido, Tiago MAL e Diego M. Doimo
Oficina Interativa na Nave Solar
14h- Programação
Cinema nos bairros sessão 3
“PiOinc”, de Alex Ribondi e Ricardo Makoto
“A Arca de Noé”, de Sérgio Machado
Oficina Interativa na Nave Solar
* QUARTA FEIRA - 20/08
Ginásio da EMEF Mosés Bezzi (Rua Altivo Zucoloto, 71 - Várzea Grande)
9h- Programação
Cinema nos bairros sessão 4
“Tom Tamborim”, de Igor Souza e Maria Carolina da Silva
“Teca e Tuti: Uma Noite na Biblioteca”, de Eduardo Perdido, Tiago MAL e Diego M. Doimo
Oficina Interativa na Nave Solar
* QUINTA FEIRA - 21/08
EMEF Nossa Senhora de Fátima (R. Adelino Moschen, 189 - Vila do Sol)
9h- Programação
Cinema nos bairros sessão 5
“Música das Esferas”, de Marco A. R. Alves, Luiz César Arashiro e Fernando Uehara
“A Arca de Noé”, de Sérgio Machado
Oficina Interativa na Nave Solar
14h – Programação
Cinema nos bairros sessão 6
“PiOinc”, de Alex Ribondi e Ricardo Makoto
“Teca e Tuti: Uma Noite na Biblioteca”, de Eduardo Perdido, Tiago MAL e Diego M. Doimo
Oficina Interativa na Nave Solar
* SEXTA FEIRA - 22/08
EMEF Maximiliano Hahn (R. Cerro Largo, 80 - Carniel)
9h- Programação
Cinema nos bairros sessão 7
Filme Curta-Metragem vencedor no EDUCA VÍDEO
“A Arca de Noé”, de Sérgio Machado
Oficina Interativa na Nave Solar
Veja o trailer de “Teca e Tuti: Uma Noite na Biblioteca” no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=86JHWFQhlas

domingo, agosto 17, 2025

QUATRO FILMES FAZEM PARTE DA MOSTRA DO CINEMA FRANCÊS NO FESTIVAL DE GRAMADO

Foto: Palavra Assessoria
A MOSTRA DO CINEMA FRANCÊS NO 53º FESTIVAL DE GRAMADO TERÁ início na quarta-feira, dia 20, com quatro filmes: “Suprêmes”, de Audrey Estrougo; “Cão Danado”, de Jean-Baptiste Durant; “Os Piores”, de Lise Akoka e Romane Gueret; e “O Último Moicano”, de Frédérici Farrucci, este último inédito no Brasil, com lançamento comercial marcado para o dia 21 de agosto. A curadoria da mostra é de Katia Adler, diretora da Jangada e realizadora do Festival de Cinema Brasileiro de Paris.
O primeiro filme da mostra, “Suprêmes”, de Audrey Estrougo, será exibido na quarta-feira (20), às 14h, no Teatro Elisabeth Rosenfeld. O longa se passa nos subúrbios desfavorecidos de Paris, em 1989, quando um grupo de amigos encontra uma maneira de se expressar graças ao movimento hip-hop que acabava de chegar à França. Depois de dançar e fazer grafite, JoeyStarr e Kool Shen começaram a escrever letras de rap mergulhadas na raiva que estava se formando nos subúrbios. Seus ritmos febris e suas letras rebeldes logo cativaram as multidões e entraram em choque com as autoridades.
Em seguida, será exibido “Cão Danado” (‘Chien de la casse’), de Jean-Baptiste Durand. No longa, Dog e Mirales são amigos de infância. Eles vivem em uma pequena aldeia no sul da França e passam a maior parte de seus dias vagando pelas ruas. Para matar o tempo, Mirales desenvolveu o hábito de provocar Dog mais do que o necessário. A amizade deles será abalada pela chegada de uma jovem, Elsa, ao vilarejo, com quem Dog terá um romance. Consumido pelo ciúme, Mirales terá que se livrar de seu passado para poder crescer e encontrar seu lugar.
Na quinta-feira (21), “Os Piores” (‘Les Pires’), de Lise Akoka e Romane Gueret, será exibido na Mostra Cinema Francês, às 14h. No longa, as filmagens de um filme em produção estão prestes a acontecer na Cité Picasso, em Boulogne-sur-Mer, norte da França. Durante a seleção de elenco, quatro adolescentes, Lily, Ryan, Maylis e Jessy, são escolhidos para estrelar o filme. No entanto, todos na vizinhança se questionam por que os "os piores" foram escalados.
“O Último Moicano” (‘Le Mohican’), de Frédéric Farrucci, será exibido na sequência, no Teatro Elisabeth Rosenfeld. Na Córsega, o pastor de cabras Joseph resiste à máfia que quer tomar suas terras. Ao, acidentalmente, matar um mafioso, ele torna-se alvo de uma caçada implacável pela ilha. Sua fuga transforma-o em "O Último Moicano", um símbolo de resistência corsa.
Mostra Cinema Francês
Teatro Elisabeth Rosenfeld - Rua São Pedro, 369
Entrada franca
20/08
14h – “Suprêmes”, de Audrey Estrougo
15h40 - “Cão Danado” (‘Chien de la Casse’), de Jean-Baptiste Durand
21/08
14h - “Os Piores” (‘Les Pires’), de Lise Akoka e Romane Gueret
15h40 - “O Último Moicano” (‘Le Mohican’), de Frédéric Farrucci
Veja o trailer de “O Último Moicano”:

DOCUMENTÁRIO “QUANDO A GENTE MENINA CRESCE” TERÁ EXIBIÇÃO NESTA TERÇA-FEIRA, NO FESTIVAL DE GRAMADO

Texto: Nathália Arantes / TV OVO
Foto: TV OVO
O LONGA METRAGEM "QUANDO A GENTE MENINA CRESCE", realizado pelo coletivo TV OVO e selecionado para o 53° Festival de Cinema de Gramado, tem exibição agendada para esta terça-feira, dia 19, às 14h, no Palácio dos Festivais. O documentário, dirigido por Neli Mombelli, integra a Mostra Sedac/Iecine de Longas Gaúchos, junto com outros quatro filmes.
Com sensibilidade e leveza, a produção audiovisual trata de um tema ainda cercado de tabus: a primeira menstruação. O filme acompanha a transição vivida por meninas entre 9 e 12 anos ao longo de um ano letivo em uma escola pública da periferia de Santa Maria, no centro do Rio Grande do Sul. A seleção do documentário também marca um momento histórico para a TV OVO, pois é o primeiro longa do coletivo, que completa 30 anos em 2026.
"É uma alegria imensa a seleção para o Festival de Gramado. Será a estreia do filme e pretendemos levar as meninas e familiares para o Palácio dos Festivais para assistirem ele pela primeira vez. Será um dia mágico para todos nós, de diferentes formas. Será o dia em que o filme também se encontrará com o público”, comemorou Neli.
Para abordar um tema historicamente invisibilizado, o filme precisou, antes de tudo, construir um ambiente de escuta e confiança. Segundo a diretora, o processo começou com o fortalecimento dos laços entre a equipe, as meninas e suas famílias: “Fizemos reuniões com os familiares e com as personagens e seus colegas de turma, fizemos um mês de oficina de audiovisual para que soubessem como tudo funcionava, desde a câmera até a captação do som pelos diferentes tipos de microfones usados.”
Esse cuidado inicial permitiu que as meninas se sentissem à vontade para compartilhar, em conversas espontâneas, seus sentimentos, desejos, medos e as transformações físicas e emocionais que acompanham essa nova fase de descobertas. Elas revelaram aprendizados herdados de suas mães, mas também se mostraram questionadoras, capazes de romper com padrões e quebrar o ciclo geracional.
A proposta do filme também se reflete na equipe que o realizou: a produção é conduzida majoritariamente por mulheres, com presença feminina em frentes como roteiro, direção, direção de produção, som direto, fotografia e produção executiva. Essa composição fortaleceu a construção de um ambiente de confiança e acolhimento, contribuindo para que as meninas se sentissem à vontade diante das câmeras e participassem ativamente do processo. Além disso, a presença de mulheres em diferentes etapas da produção também funcionou como referência para as meninas, ao evidenciar possibilidades de atuação em áreas do audiovisual ainda marcadas pela predominância masculina.
Ao longo de um ano de trabalho, a equipe mergulhou na rotina da escola e na convivência com as meninas, com os educadores da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Professor Sérgio Lopes e com as famílias do Bairro Renascença. Neli destaca que o envolvimento foi intenso e marcado por trocas significativas com o território que acolheu o projeto. O filme, segundo ela, é uma construção coletiva que revela a pureza, a delicadeza e a potência de Alana, Ana Julia, Emilly, Isadora, Taiane e Thaila, que assumem o centro dessa narrativa de escuta, descoberta e afirmação.
“Esse filme é como uma oração para elas e para que todas as meninas possam viver suas infâncias, conhecer e decidir sobre seu próprio corpo, sonhar e ter a possibilidade de ser o que quiserem ser”, declara a diretora.
Quem acompanha o cotidiano da escola também celebrou a seleção do filme. É o caso da diretora da Emef Sérgio Lopes, Andreia Schorn, que recebeu a notícia com grande emoção. Para ela, o reconhecimento do documentário evidencia a força de um projeto que vai muito além de registrar a vida das estudantes: ele preserva a memória da escola, dos professores e da comunidade. Andreia destaca o papel transformador do cinema, que acolheu a escola que, mesmo com desafios estruturais, é repleta de potência criativa.
“No nosso projeto pedagógico está escrito que a gente é uma escola feminista, uma escola que valoriza a história das mulheres, um lugar onde as meninas são incentivadas a serem quem elas quiserem ser. E esse filme traz um pouco de tudo isso, sabe? Mostra que não é só uma ideia no papel, que a gente trabalha pra que essas meninas realmente se sintam assim”, enfatiza a diretora da escola.
Ela destaca ainda que, mesmo diante das dificuldades e da sobrecarga enfrentada diariamente pelos educadores, a confiança no projeto se manteve firme.
“Todo o nosso envolvimento valeu a pena. Eu pensava que ia valer a pena só por elas se verem ali, mas ver essa história numa tela de cinema mostra que tudo valeu ainda mais. Não era só mais um dia de trabalho, não era só um projeto. Era a certeza de que estamos fazendo o melhor que podemos nas condições que temos, até termos condições melhores para fazer mais”, comenta Andreia emocionada.
Ao concluir, ela reconhece que o filme permite que as crianças ultrapassem as fronteiras simbólicas e geográficas que cercam suas trajetórias: “A gente escreveu um projeto pra fazer as crianças voarem. E agora elas vão voar, sem pedir licença.” Com quase três décadas de atuação, a TV OVO construiu sua trajetória com foco na formação em audiovisual para jovens e na produção de conteúdos que retratam a vida das comunidades e a memória local.
Para Denise Copetti, integrante da TV OVO e produtora executiva do filme, a conquista é resultado direto dessa caminhada: “Toda a trajetória da TV é marcada principalmente pela formação em audiovisual para jovens e pela produção de documentários retratando as comunidades, a vida desses jovens. A TV OVO veio se aprimorando, amadurecendo a forma de contar essas histórias. Estar no Festival de Gramado com nosso primeiro longa é sinal de que esse processo todo está dando frutos maiores, de reconhecimento”, avalia.
A participação no festival não é inédita. Em 2020, o curta-metragem “Quando te Avisto”, dirigido por Neli Mombelli e Denise Copetti, foi selecionado para a programação. No entanto, por conta da pandemia, a equipe não pôde acompanhar a exibição presencialmente. Agora, com a nova produção selecionada para a Mostra Sedac/Iecine, a presença em Gramado ganha novo significado.
“Eu acho que é um momento muito feliz para a TV OVO e para todo mundo que faz parte dessa produção. A gente tem percebido um amadurecimento nos trabalhos da TV, nos desafios que nos foram propostos nos últimos anos. Acho que temos melhorado muito a forma como contamos essas histórias”, completou Denise.
Veja o teaser: https://vimeo.com/1070606482

53º FESTIVAL DE GRAMADO TEVE INÍCIO COM HOMENAGEM A RODRIGO SANTORO

Rodrigo Santoro e Denise Weinberg estrelam “O Último Azul”
Foto: Guilhermo Garza
TEVE INÍCIO NA sexta-feira, 15 de agosto, a abertura oficial do 53º Festival de Cinema de Gramado. A programação oficial foi marcada pela sessão de gala, que teve homenagem a Rodrigo Santoro e a exibição do filme ‘O Último Azul’, de Gabriel Mascaro. Antes, os dois dias anteriores foram dedicados às produções estudantis — com a 1ª Mostra Nacional de Cinema Estudantil Educavídeo, na quarta-feira (13), e a Mostra Educavídeo, na quinta-feira (14).
Mas antes da sessão de gala, no tapete vermelho, o Festival prestou homenagem a Rodrigo Santoro, que recebeu o Troféu Kikito de Cristal em reconhecimento a sua trajetória de destaque no cinema brasileiro e internacional. Ele também eternizou as suas mãos na Calçada da Fama de Gramado. Ainda neste mês, no dia 22, Santoro completará 50 anos e celebrará mais de três décadas de carreira, marcada por trabalhos como “Bicho de Sete Cabeças”, “Abril Despedaçado”, “300”, “Simplesmente Amor”, “Che”, além das séries “Lost” e “Westworld”. O homenageado construiu uma trajetória que transita com naturalidade entre Hollywood e o Brasil, levando o cinema nacional a novas plateias e se firmando como um dos intérpretes mais versáteis de sua geração.
A homenagem foi seguida pela exibição de "O Último Azul", longa dirigido por Gabriel Mascaro e estrelado por Denise Weinberg, Rodrigo Santoro, Adanilo e Miriam Socarrás.
Para marcar a noite de estreia nacional do filme no Brasil, o emblemático tapete vermelho de Gramado teve sua cor substituída pelo azul. Vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim deste ano, o longa também conquistou o Prêmio do Júri Ecumênico e o troféu de Melhor Filme Ibero-americano de Ficção no Festival Internacional de Cine en Guadalajara, onde Weinberg recebeu o prêmio de melhor interpretação. Situado na Amazônia, o longa apresenta um Brasil quase distópico, em que o governo transfere idosos para uma colônia habitacional para “desfrutar” seus últimos anos. A narrativa acompanha Tereza (Weinberg), uma mulher de 77 anos que decide embarcar em uma última jornada antes do exílio compulsório, contando com a presença de Santoro em um papel central. Poético e político, o filme reflete sobre resistência, envelhecimento e laços humanos, em uma viagem que atravessa os rios da região.
E também está disponível no site oficial do evento a Mostra Sedac de Cinema Acessível, apresentada pelo Iecine-RS e que segue no ar até o encerramento do festival, em 23 de agosto. A seleção reúne três longas com recursos de audiodescrição, legendagem e Libras, reforçando o compromisso do festival com a democratização do acesso ao cinema. São histórias diversas e potentes: ‘O Mercado de Notícias’, de Jorge Furtado, propõe uma reflexão sobre ética no jornalismo e a importância da informação de qualidade; ‘Memórias de um Esclerosado’, de Thais Fernandes e Rafael Corrêa, mescla documentário e ficção para narrar, com sensibilidade e humor, o cotidiano de um cartunista que vive com esclerose múltipla; e ‘Chama a Bebel’, de Paulo Nascimento, apresenta ao público adolescente uma trama sobre inclusão, respeito às diferenças, proteção ambiental e combate ao bullying.
Veja o trailer de “O Último Azul”:

FESTIVAL DE GRAMADO CHEGA AO FINAL COM “CINCO TIPOS DE MEDO” ELEITO O MELHOR FILME

Foto: Xamã e Bella Campos em “Cinco Tipos de Medo” / Divulgação “CINCO TIPOS DE MEDO” FOI ELEITO o melhor filme da 53ª edição do Festival ...