Rodrigo Santoro e Denise Weinberg estrelam “O Último Azul”
Foto: Guilhermo Garza
TEVE INÍCIO NA sexta-feira, 15 de agosto, a abertura oficial do 53º Festival de Cinema de Gramado. A programação oficial foi marcada pela sessão de gala, que teve homenagem a Rodrigo Santoro e a exibição do filme ‘O Último Azul’, de Gabriel Mascaro. Antes, os dois dias anteriores foram dedicados às produções estudantis — com a 1ª Mostra Nacional de Cinema Estudantil Educavídeo, na quarta-feira (13), e a Mostra Educavídeo, na quinta-feira (14).
Mas antes da sessão de gala, no tapete vermelho, o Festival prestou homenagem a Rodrigo Santoro, que recebeu o Troféu Kikito de Cristal em reconhecimento a sua trajetória de destaque no cinema brasileiro e internacional. Ele também eternizou as suas mãos na Calçada da Fama de Gramado. Ainda neste mês, no dia 22, Santoro completará 50 anos e celebrará mais de três décadas de carreira, marcada por trabalhos como “Bicho de Sete Cabeças”, “Abril Despedaçado”, “300”, “Simplesmente Amor”, “Che”, além das séries “Lost” e “Westworld”. O homenageado construiu uma trajetória que transita com naturalidade entre Hollywood e o Brasil, levando o cinema nacional a novas plateias e se firmando como um dos intérpretes mais versáteis de sua geração.
A homenagem foi seguida pela exibição de "O Último Azul", longa dirigido por Gabriel Mascaro e estrelado por Denise Weinberg, Rodrigo Santoro, Adanilo e Miriam Socarrás.
Para marcar a noite de estreia nacional do filme no Brasil, o emblemático tapete vermelho de Gramado teve sua cor substituída pelo azul. Vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim deste ano, o longa também conquistou o Prêmio do Júri Ecumênico e o troféu de Melhor Filme Ibero-americano de Ficção no Festival Internacional de Cine en Guadalajara, onde Weinberg recebeu o prêmio de melhor interpretação. Situado na Amazônia, o longa apresenta um Brasil quase distópico, em que o governo transfere idosos para uma colônia habitacional para “desfrutar” seus últimos anos. A narrativa acompanha Tereza (Weinberg), uma mulher de 77 anos que decide embarcar em uma última jornada antes do exílio compulsório, contando com a presença de Santoro em um papel central. Poético e político, o filme reflete sobre resistência, envelhecimento e laços humanos, em uma viagem que atravessa os rios da região.
E também está disponível no site oficial do evento a Mostra Sedac de Cinema Acessível, apresentada pelo Iecine-RS e que segue no ar até o encerramento do festival, em 23 de agosto. A seleção reúne três longas com recursos de audiodescrição, legendagem e Libras, reforçando o compromisso do festival com a democratização do acesso ao cinema. São histórias diversas e potentes: ‘O Mercado de Notícias’, de Jorge Furtado, propõe uma reflexão sobre ética no jornalismo e a importância da informação de qualidade; ‘Memórias de um Esclerosado’, de Thais Fernandes e Rafael Corrêa, mescla documentário e ficção para narrar, com sensibilidade e humor, o cotidiano de um cartunista que vive com esclerose múltipla; e ‘Chama a Bebel’, de Paulo Nascimento, apresenta ao público adolescente uma trama sobre inclusão, respeito às diferenças, proteção ambiental e combate ao bullying.
Veja o trailer de “O Último Azul”:
Nenhum comentário:
Postar um comentário