Thursday, November 12, 2009

ALÔ, ALÔ, TEREZINHA



ALÔ, ALÔ, TEREZINHA, de Nélson Hoineff, pretendia contar a importância do comunicador Abelardo Barbosa, o Chacrinha, para a televisão brasileira. No entanto, o projeto ficou pelo devendo um pouco. Hoineff foca pouco no Velho Guerreiro, dando mais destaque as chacretes (Rita Cadillac, Índia Potira, entre outras). Seriam estas garotas de programa ou não? Também foram buscados ex-calouros, aqueles que eram humilhados por Chacrinha para deleite da plateia e também de todo o Brasil, numa era pré-tevê a cabo. Alguns não se dignaram e quase 20 anos depois voltaram a fazer ridículo em frente às câmeras. Um deles claramente sofre de distúrbios mentais, jurando ser melhor cantor do que Roberto Carlos e disparando uma música cuja letra é incompreensível. Outros dois são gagos.
Mais o show de horror não para por aí. Algumas ex-chacretes não se importam em mostrar os corpos, que outrora foram o desejo de muitos homens. São cenas constrangedoras. Índia Potira, por exemplo, fica nua num chafariz. Rita Cadillac deixa um fã beijar suas nádegas. Sobra espaço até para os eleitos de Chacrinha, como Ney Matogrosso, Fábio Júnior, Roberto Carlos e Aguinaldo Rayol contarem como eram ajudados pelo "palhaço".
Porém, ALÔ, ALÔ, TEREZINHA tem seus méritos, ao recuperar imagens históricas da tevê nos anos 1970 e 80 (Chacrinha morreu em 1988 e até hoje muita gente acha que não há um substituto à altura. Os detratores de Faustão que o digam). O Velho Guerreiro também incentivou o surgimento de vários grupos de rock, como Titãs, Barão Vermelho, Irã, Kid Abelha e por aí vai.
Cotação: bom
Chico Izidro

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