terça-feira, janeiro 18, 2011

72 horas



Vou ser sincero. Não dava um centavo furado por 72 Horas, do oscarizado Paul Haggis e com o também oscarizado Russell Crowe. E o filme me surpreendeu, talvez por eu não esperar nada mesmo. E apesar de seu roteiro ser apinhado de furos. No final, um bom cinema pipoca.
72 Horas mostra a desintegração de uma típica e feliz família norte-americana, depois que Laura (Elizabeth Banks, de Pagando bem, que mal tem) é acusada de ter assassinado sua chefe. Ela acaba condenada à prisão perpétua. O maridão John Brennan fica sozinho, criando o filho único. Anos depois, desesperada, Laura tenta o suícidio e John nota que sua mulher não suportará a vida na prisão. Então decide libertá-la.
Aí começam as inverossimilhanças. Da noite para o dia John, um pacato professor universitário, torna-se um estrategista sagaz, capaz de driblar a polícia, o FBI, os piores traficantes e quem mais aparecer pela frente. Porém tudo é colocado de uma forma tão bem simples, que passamos a acreditar na possibilidade de isso acontecer.
E Russell Crowe é um ator capaz de, com um simples olhar, fazer com que acreditemos nele. Seu personagem lembra muito o do policial incansável de O Gângster. Banks, que conhecemos mais de comédias, inclusive séries como 30 Rock, apresenta-se bem neste drama policial. Sua atuação é tão marcante, que sua personagem sempre deixa dúvidas se cometeu ou não o assassinato. Uma simples fala dela, em cena de alta tensão, deixa isso bem explícito.
Ah, 72 Horas é o tempo que John tem para tirar Laura da prisão e fugir do país com ela. Três dias. Nada mais.
cotação: bom
Chico Izidro

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