terça-feira, janeiro 18, 2011

De pernas pro ar



O cinema brasileiro tem uma diferença brutal para o da vizinha argentina. Enquanto que dificilmente vemos um filme de baixa qualidade feita pelos hermanos, o cinema brazuca consegue nos trazer boas obras como Tropa de Elite, O Bem Amado e As Melhores Coisas do Mundo, ao mesmo tempo que consegue regredir ao trazer para a telona o apelativo De Pernas Pro Ar, direção de Roberto Santucci.
Considero este filme uma pornochancada moderninha, com piadas que pensei não existissem mais. Tudo se baseia em apelações sobre pênis de borrachas e um coelho que provoca o orgasmo na protagonista vivida pela global Ingrid Guimarães. Ela é Alice, uma executiva que é abandonada pelo maridão, João (Bruno Garcia, de Saneamento Básico), por se dedicar demais ao trabalho e deixar a vida em família em segundo plano.
Porém numa reunião em sua empresa, ela acaba demitida após abrir uma caixa cheia de...isso mesmo que você está pensando. Pênis de borracha. O que lhe resta então é virar sócia de uma dona de sex-shop vivida pela histérica Maria Paula (de Casseta e Planeta), para tentar acertar sua vida e ter o marido de volta.
De Pernas pro ar é de uma bobagem tão grande, mas tão grande, que chega a irritar e dar vontade de a gente sair da sala de cinema mais cedo. Só que acaba agradando aquela parte do público que não está nenhum pouco disposto a pensar.
E nunca assisti ao seriado Sob Nova Direção, mas me disseram que Ingrid Guimarães era a parte boa da dupla que ela fazia com Heloísa Perissé. E num quadro que ela fazia no Fantástico, debochando do mundo da moda, até tinha certa graça. Mas a atriz é fraca, só não ficando isso muito destacado porque ela tem ao seu lado a péssima Maria Paula.
Até mesmo as pornochanchadas dos anos 1970 eram mais divertidas. De Pernas pro ar é para esquecer. Rapidinho.
cotação: ruim
Chico Izidro

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