quarta-feira, março 26, 2014

"Rio 2"


O que menos tem em “Rio 2” é exatamente o Rio de Janeiro. A animação dirigida por Carlos Saldanha passa quase que por completo na Amazônia, e traz a ararinha Blu, a sua esposa Jade e seus três filhos se aventurando pela selva, em busca de outros de sua espécie, que acredita-se em extinção. O casal de biólogos que salvou Blu no primeiro filme, Linda e Túlio, se encontra na Amazônia, e encontra sinais de que existem outras ararinhas azuis. Blu, Jade e seus filhotes partem para ajudar na busca. Quem tenta impedir o sucesso da missão é a cracatoa Nigel, e o dono de uma empreteira que tem interesse em desmatar a floresta. Lá Blu vai se deparar com o antipático e impaciente sogro, e terá de provar que não é somente uma ave de estimação, apesar das inúmeras trapalhadas que provoca.

Os vilões, aliás, são o melhor do filme. Nigel é uma cracatoa que ficou impossibilitada de voar após ser atingida por Blu, por isso deseja a vingança. Ele é acompanhado pela rã venenosa Gabi, apaixonada por Nigel, mas que não pode tocá-lo por causa do veneno que carrega no corpo. A rãzinha canta até ópera para o seu amor, que sabe ser impossível.

A trilha sonora é recheada de ritmos brasileiros, como o carimbó, maracatu, ciranda, e até mesmo funks e sertanejo. Para quem não curte estes tipos de som, pode ser um tremendo incômodo. Além do que, “Rio 2”, mesmo dirigido por um brasileiro, é recheado de clichês sobre o Brasil, como um Rio de Janeiro que só vive de carnaval, e uma floresta amazônica repleta de seres peçonhentos, como aranhas, e cobras imensas.

Mas a história é boa, pró-ecológica e com boas tiradas.

Cotação: bom
Chico Izidro

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