quinta-feira, dezembro 06, 2018

"Tinta Bruta"




Filmado em Porto Alegre, por si só já é um baita atrativo - afinal fica legal tentarmos identificar as ruas, vielas, praças que são mostrados no decorrer da obra, "Tinta Bruta", dirigido por Filipe Matzembacher e Marcio Reolon, trata de depressão, solidão, timidez e mostra um pouco do mundo LGBT. O personagem central, Pedro (Shico Menegat) carrega um pouco de tudo em seu personagem, de certa forma atormentado.

Esperando uma punição da Justiça após ter cegado um outro jovem que praticava bulliyng com ele, Pedro está prestes a ter de se virar sozinho, pois a irmã, a jornalista Luiza, irá morar em Salvador. O rapaz levanta uns trocados trabalhando como CamBoy, com o pseudônimo Garoto Neon, onde utiliza tintas para fazer seus números de dança erótica em um site na internet.

Mas tudo parece estar dando errado - o público está escasseando, pois outro dançarino está imitando seu trabalho e roubando seus clientes. Além do quê, o aluguel do apartamento está atrasado, ele sofre de agorafobia - Pedro tem dificuldades extremas de sair de casa e de se relacionar com as pessoas, até que conhece um outro jovem, também dançarino. Os dois iniciam um romance.

Porém, a solidão e os problemas parecem ser a tônica na vida do protagonista. Todos o abandonam, não que ele seja uma pessoa difícil, mas querem seguir em frente. E Pedro não consegue se encontrar neste mundo. "Tinta Bruta" até tem um final otimista, mas é muito angustiante.

Duração: 1h53
Cotação: bom

Chico Izidro

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