quinta-feira, dezembro 13, 2018

"Colette"



Na ficção "A Esposa", com Glenn Close e Jonathan Pryce, um escritor ganha o Nobel de Literatura, mas o verdadeiro autor de suas obras é a mulher. A trama lembra e muito a vida da escritora francesa Sidonie Gabrielle Colette (1873/1954), que virou ghost-writter do marido, que por muito tempo levou a fama.

Agora a vida da escritora "Colette" chega às telas, sob a direção de Wash Westmoreland, e tendo no papel principal Keira Knightley (Piratas do Caribe). A vida dela é mostrada a partir de seu relacionamento com o escritor Willy (o excelente Dominic West, das séries “The Affair” e "The Wire"). Ele ganha a vida e a fama através de trabalhos feitos por escritores contratados por ele.

Quando se casa, Colette passa a escrever as histórias da sua infância por meio de uma personagem chamada Claudine. Como à época, as mulheres não eram muito bem aceitas, devendo se restringir a serem donas de casa, os livros são publicados com o nome de Willy. Sucesso instântaneo e dinheiro, mas também muita traição e vigarice. Ela passa a escrever cada vez mais, fazendo muito mais sucesso, e com o tempo, passa a querer reivindicar os direitos das obras.

O filme retrata muito bem, tanto historicamente quanto fotograficamente o final do Século XIX e o início do Século XX na França. A obra é significativa, pois mostra um momento de transformação na sociedade, falando sobre liberdade, homossexualidade, empoderamento e feminismo.

Keira Knightley é uma atriz que não me empolga muito, mas ela está muito bem no papel da escritora francesa - e é dona de uma extensa filmografia de filmes de época, como “Orgulho e Preconceito”, “Desejo e Reparação”, “A Duquesa” e “Anna Karenina”. Já Dominic West também vai bem no papel de mau-caráter, mesmo que seu personagem lembre muito o seu Noah, de "The Affair". Apesar de serem papéis parecidos, ele se sobressai.

Duração: 1h41
Cotação: ótimo

Chico Izidro

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