Refilmagem do clássico de 1976 dirigido por Brian de Palma e baseado no romance de Stephen King, de 1974, "Carrie, a Estranha", agora dirigido por Kimberly Peirce, trata de bullying e fanatismo religioso. Carrie é uma jovem solitária, criada por uma mãe fanática religiosa. Certo dia, ela menstrua na escola, e como nunca conversou com a mãe sobre isso, acha que está morrendo, virando motivo de chacota das colegas.
A mãe, Margareth (Juliane Moore), acha que Carrie vai atrair o macharedo e lhe incute mais preconceitos religiosos. À véspera do baile de formatura, Carrie é convidada por Tommy (Ansel Elgort) para ir à festa, que acabará em tragédia após ela ser banhada com sangue de porco, logo depois de ter sido eleita rainha do baile. Com seus poderes telecinéticos, Carrie mata todos que estão no salão, vingando-se do bullying da forma mais cruel possível.
Nesta nova versão, algumas diferenças em relação ao filme setentista. A começar por Carrie logo tomando conhecimento de seus poderes - na primeira versão, a jovem só ficava ciente de seus poderes na festa. E agora Carrie é vivida por Chloë Grace Moretz, de "Kick-Ass", e ela não tem o perfil para viver a jovem perturbada, ao contrário de Sissy Spacek, dona de um jeitão esquisito e looser, o que não é encontrado em Chlöe. Porém Juliane Moore está excelente como a mãe fanática religiosa, até superando a ótima atuação de Piper Laurie em 1976.
Cotação: regular
Chico Izidro
sábado, dezembro 14, 2013
"O Azul é a Cor Mais Quente"
Adèle (Adele Exarchopoulos) é uma jovem de 15 anos, estudante compenetrada que tenta engatar um namoro com o jovem Thomas (Jérémie Laheurte). Mas a química não rola, até ela verificar que sente atração e forte por Emma (Lea Seydoux), uma garota de cabelos azuis que ela viu na rua e depois encontrou num bar gay. E o romance entre as duas brota forte em "O Azul é a Cor Mais Quente", direção de Abdellatif Kechiche.
O filme tem quase 3 horas de duração. Que são quase imperceptíveis, mostrando o cotidiano de Adèle ao longo de vários anos, desde o início do namoro com Thomas, quando ainda estava com 15 anos, até ela já ser uma professora de crianças, enquanto que Emma batalha para ser reconhecida como pintora. Para espectadores mais sensíveis, o que pode chocar é a cena de sexo, quase explícito, entre Adèle e Emma .
As atrizes se entregaram totalmente nos sete minutos de amor lésbico. O filme passa longe de discussões sobre o homossexualismo. Parece ser normal o relacionamento das duas garotas, sem contestações de nenhuma parte. Aliás, em certo momento, Adèle apresenta Emma para os pais, a conversa flui normalmente, e eles nem desconfiam de que Emma é namorada da filha - há apenas o olhar de Adèle, e logo a cena é cortada. Assim como os anos passam rapidamente, sem maiores explicações por parte do diretor.
Cotação: bom
Chico Izidro
O filme tem quase 3 horas de duração. Que são quase imperceptíveis, mostrando o cotidiano de Adèle ao longo de vários anos, desde o início do namoro com Thomas, quando ainda estava com 15 anos, até ela já ser uma professora de crianças, enquanto que Emma batalha para ser reconhecida como pintora. Para espectadores mais sensíveis, o que pode chocar é a cena de sexo, quase explícito, entre Adèle e Emma .
As atrizes se entregaram totalmente nos sete minutos de amor lésbico. O filme passa longe de discussões sobre o homossexualismo. Parece ser normal o relacionamento das duas garotas, sem contestações de nenhuma parte. Aliás, em certo momento, Adèle apresenta Emma para os pais, a conversa flui normalmente, e eles nem desconfiam de que Emma é namorada da filha - há apenas o olhar de Adèle, e logo a cena é cortada. Assim como os anos passam rapidamente, sem maiores explicações por parte do diretor.
Cotação: bom
Chico Izidro
"À Procura do Amor"
Eva (Julie Louis-Dreyfus), a eterna Elaine de Seinfeld, é uma massagista solitária, que perto dos 50 anos, começa um relacionamento com o desajeitado Albert (James Gandolfini, do seriado Os Sopranos) no terno "À Procura do Amor", direção de Nicole Holofcener. O personagem de Gandolfini, morto em junho, aos 51 anos, vítima de um ataque cardíaco, é um homem inseguro, pai de uma jovem um tanto esnobe. Aos poucos, Albert e Eva vão se entendendo, até surgir uma daquelas coincidências mais possíveis da vida: Eva faz amizade com uma cliente, a poeta Marianne (Catherine Keener). E calha dela ser a ex-esposa de Albert, e seus comentários sobre o ex meio que minam o namoro.
A história é bonita, mostrando que não existe idade certa para se iniciar um relacionamento. E Eva e Albert são personagens tão humanos, que cativam.
Cotação: bom
Chico Izidro
A história é bonita, mostrando que não existe idade certa para se iniciar um relacionamento. E Eva e Albert são personagens tão humanos, que cativam.
Cotação: bom
Chico Izidro
"Crô - O Filme"
Constrangimento alheio. É assim que se caracteriza a comédia nacional "Crô - O Filme", direção de Bruno Barreto. Aliás, tentativa de comédia com um bom ator, revelado no hoje clássico seriado Anos Rebeldes, em 1992. Em "Crô", o ator revive um de seus personagens icones, o mordomo gay da novela "Fina Estampa". A história se passa agora com Crô milionário, após ter herdada a fortuna deixada peal sua patrioa e musa Teresa Cristina (Cristiane Torloni). Só que os dias para o novo milionário transcorrem cercado de tédio, com Crô tentando achar um significado para a sua vida.
Ele tenta ser cantor, dono de um salão de beleza, sempre metendo os pés pela mão. Até que descobre que seu destino é mesmo servir. E ele passa a procurar uma nova musa, encontrando pelo caminho a vigarista Vanusa (Carolina Ferraz), dona de uma confecção que emprega trabalho escravo de bolivianas. Talvez quem tenha assistido a novela e curtido o mordomo gay e seus chavões, vá curtir o filme. Mas a história é fraca, com personagens caricatos e piadas apelativas. O espectador vai se perguntar o que diabos foi fazer no cinema.
Cotação: ruim
Chico Izidro
Ele tenta ser cantor, dono de um salão de beleza, sempre metendo os pés pela mão. Até que descobre que seu destino é mesmo servir. E ele passa a procurar uma nova musa, encontrando pelo caminho a vigarista Vanusa (Carolina Ferraz), dona de uma confecção que emprega trabalho escravo de bolivianas. Talvez quem tenha assistido a novela e curtido o mordomo gay e seus chavões, vá curtir o filme. Mas a história é fraca, com personagens caricatos e piadas apelativas. O espectador vai se perguntar o que diabos foi fazer no cinema.
Cotação: ruim
Chico Izidro
"Última Viagem a Vegas"
"Última Viagem a Vegas", de Jon Turteltaub, está sendo vendido como "Se Beber Não Case" da terceira idade. Porém o filme que traz o quarteto formado por Robert de Niro, Michael Douglas, Morgan Freeman e Kevin Kline passa longe da comédia escrachada sobre amigos que se metem em enrascadas às vésperas do casamento de um deles. Aqui, os quatro companheiros desde a infância e agora beirando os 70 anos, viajam a Las Vegas para o casamento do solteirão, o ricaço Billy (Douglas), que vai esposar uma garota de apenas 30 anos.
A comédia inicia bem, com belas piadas envolvendo a velhice deles. Kline é casado há 40 anos com a mesma mulher, e não vê mais graça no sexo, até ganhar passe livre dela para se divertir em Las Vegas, De Niro é um viúvo mal-humorado e Freeman um velho doente, que vive vigiado pelo filho neurótico. Na cidade da jogatina, eles irão encontrar motivos para viver, quando caem na gandaia, enquanto que Douglas passa a questionar seu casamento ao conhecer a cantora de boate Diana (Mary Steenburgen).
Aos poucos, as piadas vão sumindo e logo os momentos constrangedores e sentimentalóides ganham força no roteiro. E assistir "Última Viagem a Las Vegas" torna-se tedioso.
Cotação: regular
Chico Izidro
A comédia inicia bem, com belas piadas envolvendo a velhice deles. Kline é casado há 40 anos com a mesma mulher, e não vê mais graça no sexo, até ganhar passe livre dela para se divertir em Las Vegas, De Niro é um viúvo mal-humorado e Freeman um velho doente, que vive vigiado pelo filho neurótico. Na cidade da jogatina, eles irão encontrar motivos para viver, quando caem na gandaia, enquanto que Douglas passa a questionar seu casamento ao conhecer a cantora de boate Diana (Mary Steenburgen).
Aos poucos, as piadas vão sumindo e logo os momentos constrangedores e sentimentalóides ganham força no roteiro. E assistir "Última Viagem a Las Vegas" torna-se tedioso.
Cotação: regular
Chico Izidro
"Um Time Show de Bola"
Esperava mais de Juan José Campanella, que dirigiu os célebres "O Segredo dos Seus Olhos" e "Clube da Lua". Então na aminação "Um Time Show de Bola", o diretor tropeça no roteiro infantil e capenga, apesar de o desenho ser bem feito, muito bem feito. Mas que infelizmente, enche os olhos apenas da gurizada até os 9, 10 anos, no máximo.
Na trama, Amadeo relembra sua infância e adolescência, quando era fanático por jogar pebolim, aqui no Rio Grande do Sul também conhecido por Fla-Flu, e ganhou uma partida do bom de bola Colosso, que humilhado, sai da cidade. Para retornar, anos depois, rico e famoso jogador de futebol, mas com o desejo de vingança na mente, pela humilhação que passou naquela cidadezinha do interior. Colosso desafia Amadeo para uma partida de futebol no enorme estádio que manda construir. E de uma forma mágica, os jogadores de pebolim ganham vida e ajudam Amadeo a salvar o vilarejo. Tudo numa forma maniqueísta e sonolenta, que cansa.
Cotação: regular
Chico Izidro
Na trama, Amadeo relembra sua infância e adolescência, quando era fanático por jogar pebolim, aqui no Rio Grande do Sul também conhecido por Fla-Flu, e ganhou uma partida do bom de bola Colosso, que humilhado, sai da cidade. Para retornar, anos depois, rico e famoso jogador de futebol, mas com o desejo de vingança na mente, pela humilhação que passou naquela cidadezinha do interior. Colosso desafia Amadeo para uma partida de futebol no enorme estádio que manda construir. E de uma forma mágica, os jogadores de pebolim ganham vida e ajudam Amadeo a salvar o vilarejo. Tudo numa forma maniqueísta e sonolenta, que cansa.
Cotação: regular
Chico Izidro
"Wakolda"
Josef Mengele foi o médico monstro nazista que ficou famoso devido as suas experiências terríveis em Auschwitz durante a II Guerra Mundial.; Após o conflito, ele fugiu para a América Latina e após passar pela Argentina e Paraguai, veio parar no Brasil, onde morreu em 1979, afogado na Praia de Bertioga, no litoral paulista. Pois em "Wakolda", direção de Lucia Puenzo, é feita uma ficção de como teria sido a passagem de Mengele pela Argentina no começo dos anos 1960. O nazista, interpretado com sobriedade por Alex Brendemühl, teria ido se refugiar na Patagônia, onde encontrou a pequena Lilith (Florencia Bado), vítima de bullying na escola alemã da região devido a sua baixa estatura.
Mengele, então, decide usar de suas experiências no campo de concentração para fazer com que a menina crescesse, apesar da contrariedade do pai dela. O drama retrata como era a influência alemã na Argentina - país para onde vários nazistas buscaram refúgio após a II Guerra, como Adolf Eichmann. Aliás, "Wakolda" transcorre exatamente no período em que Eichmann foi capturado pelo serviço secreto israelense em Buenos Aires, e como o seu rapto influenciou a suposta estada de Mengele em terras hermanas. Uma boa ficção.
Cotação: bom
Chico Izidro
Mengele, então, decide usar de suas experiências no campo de concentração para fazer com que a menina crescesse, apesar da contrariedade do pai dela. O drama retrata como era a influência alemã na Argentina - país para onde vários nazistas buscaram refúgio após a II Guerra, como Adolf Eichmann. Aliás, "Wakolda" transcorre exatamente no período em que Eichmann foi capturado pelo serviço secreto israelense em Buenos Aires, e como o seu rapto influenciou a suposta estada de Mengele em terras hermanas. Uma boa ficção.
Cotação: bom
Chico Izidro
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