quinta-feira, dezembro 18, 2014

"Ouija - O Jogo dos Espíritos"

Duas amigas decidem brincar com a ouija, um jogo de tabuleiro usado para entrar em contato com espíritos. No jogos, os espíritos fazem uma seta se mover sobre as letras do tabuleiro, formando frases. Pois uma delas, Debbie (Shelley Hennig) liberta um espírito malígno, que provoca a sua morte, em "Ouija - O Jogo dos Espíritos", dirigido por Stiles White. A sobrevivente, Laine (Olivia Cooke, do seriado Bates Motel) chama alguns amigos para tentar se comunicar com Debbie através do ouija, mas como o espírito que provocou a morte de Debbie está à solta, passa a perseguir os demais jovens.

O filme dá bons sustos, mas mostra personagens estúpidos, burros mesmo. Afinal, se sabem que o local onde se reúnem para invocar os espíritos está assombraso, por que vão lá, e por que à noite? Além do que, as facilidades com que eles desvendam mistérios de décadas atrás em poucos segundos é absurda. E a conclusão do filme é de um atropelo impar.

Cotação: regular
Chico Izidro

quinta-feira, dezembro 11, 2014

"Hobbit - A Batalha dos Cinco Exércitos"

"Hobbit - A Batalha dos Cinco Exércitos", direção de Peter Jackson, encerra a trilogia iniciada em 2012 com "O Hobbit - Uma Jornada Inesperada", e "O Hobbit - A Desolação de Smaug". E é um final digno da obra de J. R. R. Tolkien, apesar de tomar algumas liberdades, como a aparição de uma elfa que não existe no livro (Tauriel, interpretada por Evangeline Lilly); A história foca em obsessão, amizade e amor. Além de ter longas cebnas de batalhas muito bem filmadas, e que sem querer dar spoilers, traz um destino trágico para muito dos personagens.

O filme começa com o dragão Smaug destruindo a cidade próxima a seu castelo, para logo ser derotado por Bard (Luke Evans). Então o castelo de Smaug fica desguanercido, com todo o ouro a disposição de quem quiser pegá-lo. Os anões liderados por Thorin (Richard Armitage) é que chegam primeiro ao local, e Thorin acaba possuido pela ganância, e de jeito nenhum quer abandonar toda aquela riqueza - que está na mira dos elfos, orcs, homens comuns e outros anões, que acabam entrando numa batalha pelo controle do local. Nisso tudo, o hobbit Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) tenta com que os contendores dialoguem e não se matem.

"Hobbit - A Batalha dos Cinco Exércitos" é um bom filme, apesar de como os outros, ser um pouco longo demais, com momentos desnecessários. O destaque fica por conta de Richard Armitage e seu Thorin, um rei obcecado por riqueza e que acaba deixando a amizade e a lealdade para trás. Ah, também é interessante ver o nonagenário ator Christopher Lee (ele está com 92 anos), que ficou famoso como o Conde Drácula nos filmes da Hammer nos anos 1960, no papel do feiticeiro Saruman, em cenas de ação.

Cotação: bom
Chico Izidro

"Homens, Mulheres e Filhos"

As relações humanas se modificaram com o advento da internet. Se por um lado a comunicação ficou mais ágil, por outro lado, as conversas desapareceram do radar. Cada um vive no seu mundo particular. Em "Homens, Mulheres e Filhos", direção de Jason Reitner, vemos todo o tipo de problemas que podem ocorrer por causa do mundo virtual.

Temos uma mãe que cuida cada passo da filha, obrigando a menina a lhe entregar as senhas do facebook, do twitter, do celular. A mãe, interpretada por Jennifer Garner, é tão neurótica que decide quem pode ou não ser amigo da garota nas redes sociais. Há ainda a mãe em outro extremo, que pretende fazer da filha uma celebridade, e por isso cria um site que beira a pornografia. Pornografia que é consumida por um jovem de 15 anos, que ao ter a chance de transar, não consegue, já que uma ereção para ele só é possível com o estímulo visual. E seus pais são tão afastados, que arranjam parceiros através de sites de relacionamentos. A mulher entra num site de encontros, e o homem (Adam Sandler) procura garotas de programas.

Certas cenas acabam sendo meio forçadas, mas se pensarmos na paranoia dos dias atuais, a leitura feita pelo filme é correta. O que é meio sem sentido em "Homens, Mulheres e Filhos" é a narração em off feita por Emma Thompson, explicando o que já estamos vendo na tela. Participação desnecessária.

Cotação: regular
Chico Izidro

quinta-feira, dezembro 04, 2014

"Meninos de Kichute"

Memória afetiva. É assim que pode ser visto "Meninos de Kichute", dirigido por Luca Amberg. Quem jogou bola na rua, no campinho de terra batida, criou um timinho de futebol com os amigos da rua, bateu figurinha, estudou em escola pública e teve aula de Moral e Cívica, a antiga OSPB? Sim, quem viveu esse tempo vai viajar aos anos 1970, acompanhando o garoto Beto (Lucas Alexandre), que descobre a vocação para jogar no gol, e decide ser profissional da bola. O problema é que seu pai, o fanático religioso Lázaro (Werner Schuneman) considera jogo de bola coisa do demônio e quer cortar todos os objetivos do filho.

A história transcorre em 1974, num bairro pobre de São Paulo, e mostra o cotidiano de Beto e seus amigos, em confrontos com os meninos da rua de baixo, mais pobres do que eles - Beto e seus amigos usam kichute, o tênis preferido dos meninos nos anos 1970 e que eram usados como se fossem chuteiras, - enquanto os rivais andam de chinelou ou pés descalços. Mas apesar dessas diferenças, todos se vem como iguais nos sonhos de morar numa casa melhor, de ter uma televisão. Beto mora com o pai, a mãe Maria (Viviane Pasmanter), a irmã mais velha e o irmão menor numa casinha de madeira humilde, de duas peças, nos fundos do quintal da casa de dona Leonor (Arlete Salles).

"Meninos de Kichute" é uma verdadeira viagem no tempo. Tanto no visual (roupas, cortes de cabelos), carros, como DKW, fusca, Brasília, a linguagem - em certo momento, Beto solta um "tudo trique", e a trilha sonora, que inclui entre outros Os Incríveis, Secos e Molhados, Jorge Ben, Sérgio Sampaio e Casa de Rock.

O gaúcho Werner Schuneman tem uma atuação excelente como o pai rígido e moralista de Beto. Mas destaque mesmo são os garotos, principalmente Lucas Alexandre. E todos os outros certamente se divertiram muito ao reviver uma época completamente diferente da deles, uma época sem internet, sem acesso fácil aos bens materiais, onde tudo era difícil. Detalhe: apesar de o filme se passar nos anos 1970, a Ditadura Militar passava longe da mente e do conhecimento daquela gente humilde, que fazia das tripas coração para sobreviver.

Cotação: ótimo
Chico Izidro

"Quero Matar Meu Chefe 2"

Após superar o inferno com seus chefes no primeiro filme, os amigos Nick (Jason Bateman), Kurt (Jason Sudeikis) e Dale (Charles Day) decidiram ser seus próprios chefes e abrir um negócio próprio em "Quero Matar Meu Chefe 2", dirigido por Sean Anders. O título se mostra equivocado, pois agora não há nenhum chefe e nenhum desejo de matar.

Os três constróem uma engenhoca para facilitar o banho, e precisam de um investidor. E ele surge na figura do empresário Bert Henson (Christoph Waltz), que aceita investir no grupo. Quando tudo parecia certo, Bert mostra sua verdadeira faceta, mostrando-se um verdadeiro gavião capitalista, ameaçando levar os amigos à falência e ficar com os royalties da invenção. No desespero, Nick, Kurt e Dale decidem seqauestrar o filho de Bert, Rex (Chris Pine), para com a grana do resgate, recuperar a empresa. Como os três não são gênios do crime, cometem erros atrás de erros.

A comédia é repleta de altos e baixos. Algumas piadas hilariantes são seguidas de outras constrangedoras e sem a mínima graça. E os personagenms de Sudeikis e Day irritam com tanta imbecilidade. Mas as participações de Jamie Foxx, como o malandro Motherfucker, Chris Pine e Christoph Waltz salvam nos momentos em que estão presentes em cena.

Cotação: regular
Chico Izidro

"Jogos Vorazes - A Esperança Parte 1"

A queridinha de Hollywood, Jennifer Lawrence volta ao papel da heroína Katniss Everdeen em "Jogos Vorazes - A Esperança Parte 1", dirigido por Francis Lawrence. Nos episódios anteriores da cinesérie, a garota tinha de sobreviver a uma espécie de maratona mortal com outros jovens organizada pelo governo do ditador Snow (Donald Sutherland).

Agora, os distritos a que pertencem estes jovens se rebelaram contra a capital e foram dizimados. Os sobreviventes vivem em um subterrâneo, sob o comando da presidente Alma Coin (Julianne Moore). E ela e seu assistente Plutarch Heavensbee (o falecido Phillip Seymopur Hoffman) quetem que Katniss seja o símbolo da resistência, adotando o símbolo do toldo - para mobilizar a população a lutar contra o governo central. A joevm se mostra receosa, mas quando vê que seu amor Peeta (Josh Hutchenson) sendo utilizado como arma de propaganda do ditador Snow, decide agir.

E "Jogos Vorazes - A Esperança Parte 1" torna-se um bom filme, com cenas bem feitas de ataques aéreos, suspense, e visual que remete ao clássico 1984.

Cotação: bom
Chico Izidro

"Caçada Mortal"

Liam Neeson volta aos filmes de ação neste thriller policial com título tolo: "Caçada Mortal", dirigido por Scott Franck. Aqui ele é Matt Scudder, um ex-policial que trabalha como detetive particular. A história se passa em 1999, às vésperas do final do ano e do pavor do bug do milênio - que sabe-se, nunca acabou ocorrendo. Scudder é procurado por um milionário, que teve a mulher sequestrada e morta. No começo, o detetive se mostra contrário a ajudar o rapaz a procurar os sequestradores da mulher, até descobrir quew o milionário é, na verdade, um traficante de drogas. E que outras mulheres já foram mortas do mesmo modo.

Scudder acaba chegando a conclusão de que as mortes estão relacionadas com o mundo das drogas - só que as coisas são mais sinistras do que se imaginava. Por trás dos crimes estão dois seriais killers, vividos com perfeição por David Harbour e Adam David Thompson. O próprio Liam Neeson, que protagonizou a obra-prima "A Lista de Schindler", já há alguns anos descobriu no filão de filmes de ação seu destino no mundo do cinema. Ele parece ter sido talhado para viver homens durões e perseguidores implacáveis de vilões, acertando bastante, como nos divertidos "Busca Implacável", ao contrário de outro ator de ação, Nicolas Cage, que tem feito apenas escolas equivocadas.

Cotação: bom
Chico Izidro

“Downton Abbey: O Grande Final” (Downton Abbey: The Grand Finale)

Foto: Universal Pictures "Downton Abbey: O Grande Final” (Downton Abbey: The Grand Finale), direção de Simon Curtis, promete ser o últ...