As relações humanas se modificaram com o advento da internet. Se por um lado a comunicação ficou mais ágil, por outro lado, as conversas desapareceram do radar. Cada um vive no seu mundo particular. Em "Homens, Mulheres e Filhos", direção de Jason Reitner, vemos todo o tipo de problemas que podem ocorrer por causa do mundo virtual.
Temos uma mãe que cuida cada passo da filha, obrigando a menina a lhe entregar as senhas do facebook, do twitter, do celular. A mãe, interpretada por Jennifer Garner, é tão neurótica que decide quem pode ou não ser amigo da garota nas redes sociais. Há ainda a mãe em outro extremo, que pretende fazer da filha uma celebridade, e por isso cria um site que beira a pornografia. Pornografia que é consumida por um jovem de 15 anos, que ao ter a chance de transar, não consegue, já que uma ereção para ele só é possível com o estímulo visual. E seus pais são tão afastados, que arranjam parceiros através de sites de relacionamentos. A mulher entra num site de encontros, e o homem (Adam Sandler) procura garotas de programas.
Certas cenas acabam sendo meio forçadas, mas se pensarmos na paranoia dos dias atuais, a leitura feita pelo filme é correta. O que é meio sem sentido em "Homens, Mulheres e Filhos" é a narração em off feita por Emma Thompson, explicando o que já estamos vendo na tela. Participação desnecessária.
Cotação: regular
Chico Izidro
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“QUEER”
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