quinta-feira, julho 26, 2018
"Todo Dia" (Every Day)
"Todo Dia" (Every Day), dirigido por Michael Sucsy, é baseado no livro de mesmo nome escrito por David Levithan. O filme apresenta uma história juvenil, romântica, mas sendo incrivelmente original e divertida, fugindo um pouco das tramas tradicionais voltadas para o público adolescente. Aqui os adultos também são fisgados.
O longa gira em torno da jovem Rhiannon (Angourie Rice), estudante do ensino médio que namora o popular Justin (Justice Smith), que se acha superior e não dá muita bola para a garota. Até que um dia, ele aparece todo romântico e leva Rhiannon para um passeio diferente. A garota se impressiona.
Aí é que aparece a figura de A. Ele é uma espécie de espírito, que tem o poder de acordar todos os dias em um corpo diferente, independente de gênero, cor ou idade. Mas não tem nada de maldição aqui. A é do bem e não busca entender porque é assim, simplesmente pula de um corpo para o outro há cada 24 horas. O espírito acaba por se apaixonar por Rhiannon, e aparece sempre em forma diferente para passar o tempo com ela.
"Todo Dia" (Every Day) tem uma trama forte, com poder de prender a atenção do público. Faz bem ainda a ponte entre a fantasia e realidade. É original e traz em sua protagonista uma personagem carismática. É um filme diferente.
Duração: 1h38
Cotação: bom
Chico Izidro
quinta-feira, julho 12, 2018
"Arranha-Céu: Coragem sem Limite" (Skyscraper)
Filme ruim pode ser bom? Até pode. Mas pode ser mais tenso, nervoso, com cenas que prendem a atenção e o fôlego. Este é o caso de "Arranha-Céu: Coragem sem Limite" (Skyscraper), dirigido por Rawson Marshall Thurber e que conta somente com o carisma de Dwayne “The Rock” Johnson, e tendo ainda a presença da ex-musa noventista Neve Campbell (Pânico e Party of Five), que andava sumida da telona. Ah, o filme ainda é uma mistura escancarada de "Inferno na Torre" com "Duro de Matar".
Johnson faz o papel de Will Sawyer, um ex-agente policial que perdeu uma perna durante uma ação de resgate a uma família. De positivo no acidente é ele ter conhecido a esposa Sarah (Campbell), que foi a médica que o tratou. Aí um salto de dez anos, e Will está em Hong Kong com a mulher e dois filhos gêmeos, sendo contratado como especialista de segurança do maior prédio do mundo.
Claro que existe uma trama criminosa para destruir o projeto, quando vilões põem fogo no arranha-céus, que está vazio, a não ser pelo proprietário, o magnata Zhao Long Zhi (Chin Han) e a família de Will. E o mocinho de uma hora para a outra passa a ser acusado de ter praticado o crime.
Ou seja, além de ter de provar a sua inocência, Will terá de tentar salvar a sua família, presa na linha acima do fogo. Então dê-lhe cenas de ação, algumas de prender o fôlego, ainda mais para quem não gosta de alturas. Mas o herói, usando uma perma mecânica, consegue fazer malabarismos completamente irreais nas alturas.
O crédito já foi para o espaço. E ainda por cima a produção decidiu colocar em cena vilões extremamente caricatos, daqueles que a primeira aparição, você já sacou que o personagem está tramando uma maldade. E pobres dos capangas, sem voz e apanhando e morrendo sem soltarem uma palavra. E claro que tudo vai acabar bem para Will e a sua família.Não é spoiler, pois o próprio Dwayne “The Rock” Johnson afirmou recentemente que em seus filmes nunca vai haver final triste. O bem sempre vence.
Duração: 1h42
Cotação: regular
Chico Izidro
"Hannah"
O filme é todo de Charlotte Rampling, que dá um show de atuação em "Hannah", direção do italiano Andrea Pallaoro. A história é repleta de mistério e sofrimento e prende a atenção, pois o espectador fica na expectativa de saber o que ocorreu.
Rampling vive Hannah, uma senhora já em seus 70 e poucos anos de vida, que aos poucos vai vendo a sua velhice se degradar. Tudo porque ela vê o marido ir cumprir pena no presídio - o crime não é explicado. Mas Hannah passa a viver só, apenas acompanhada do cachorro do casal, que também entra em crise ao sentir falta do dono.
A velha senhora vai vendo tudo ao seu redor desmoronar. O filho não a quer por perto, os vizinhos se mostram distantes e até mesmo sua entrada na piscina pública do bairro é proibida. Se ela tem culpa do que está vivendo? Mistério.
O filme transcorre em sua quase hora e meia quase sem diálogos, apenas vivendo da interpretação dessa excepcional atriz inglesa - que não demonstra medo e vergonha nenhuma em aparecer totalmente nua em vários momentos.
Duração: 1h35
Cotação: ótimo
Chico Izidro
"Rei" (Rey)
Baseado em uma história real, mas filmado de uma forma estética e experimental completamente fora dos padrões, "Rei" (Rey), direção de Niles Atallah, é uma verdadeira viagem sensorial. E não é de fácil assimilação para pessoas que curtem filmes convencionais. A trama fala sobre um aventureiro francês, Antoine de Tounens (Rodrigo Lisboa), que viajou ao Chile nos anos 1860.
O seu objetivo era o de fundar uma monarquia em uma região indígena região inóspita no sul do país - sua ideia era de usar os próprios nativos como súditos e como exército, pois eles estavam descontentes com o governo chileno, que os perseguia e os exterminava. Assim, Tounens sonhou em criar o Reino da Araucania e da Patagônia, declarando-se rei do local. Ele tinha como aliado o líder indígena da região, Mañil, que por infelicidade morreu antes de o francês iniciar a sua empreitada.
Atallah dividiu a obra em cinco partes. Em uma delas ocorre o julgamento de Tounens pelo governo chileno, que não gostou nenhum pouco das atividades do francês - e a parte se caracteriza pelos atores utilizarem máscaras no formato dos próprios rostos dos personagens. Ficou interessante. Além disso, "Rei" se caracteriza por ter diálogos falados em espanhol e mapudungun, língua indígena local.
Duração: 1h31
Cotação: ótimo
Chico Izidro
''Homem-Formiga e a Vespa" (Ant-Man and the Wasp)
''Homem-Formiga e a Vespa'" (Ant-Man and the Wasp), dirigido por Peyton Reed, traz novamente Paul Rudd como o super-herói que usando um traje especial tem a capacidade de mudar de tamanho incessantemente, seja diminuindo, seja aumentando. Desta vez ele tem a ajuda em sua aventura da Vespa (Evangeline Lilly). O filme é repleto de ação, mas também é uma divertida comédia.
A trama de ''Homem-Formiga e a Vespa" se inicia depois dos acontecimentos de ‘Capitão América: Guerra Civil’. Scott Lang (Paul Rudd) está cumprindo prisão domiciliar, enquanto que Hope van Dyne (Lilly) e Dr. Hank Pym (Michael Douglas) estão foragidos. Mas eles vão se unir para tentar salvar Janet van Dyne (Michelle Pfeiffer), presa em um universo paralelo há três décadas.
Só que eles têm de lidar durante a missão com a vilã Ghost (Hannah John-Kamen), que auxiliada pelo professor Bill Foster (Laurence Fishburne), quer se apoderar da tecnologia desenvolvida pelo Dr. Pym para se livrar de uma maldição que carrega no corpo. E tem ainda o bandido Sonny Burch (Walton Goggins), que deseja a tecnologia para ficar mais rico.
A obra se permite momentos variados, seja de ação e são muitas, e também de comédia, onde se destaca o personagem Luis (Michael Peña). Ele está hilário a cada aparição, e como no primeiro filme, aparece de novo, agora por causa do soro da verdade, narrando parte da história, de uma forma cômica intensa.
Já Paul Rudd e Evangeline Lilly apresentam uma química incrível, sendo que o ator, assim como Ryan Reynolds achou o personagem de sua vida em Deadpool, encontrou em Ant-Man sua melhor obra cinematográfica. Já Michelle Pfeiffer e Michael Douglas também têm seus momentos de destaque. E a técnica usada para rejuvenecê-los, assim como Laurence Fishburne, é muito boa. Excelente.
''Homem-Formiga e a Vespa" ainda tem uma ligação com os outros filmes do Universo Marvel - claro, tendo ainda a participação especial de Stan Lee -, no final, em cena pós-crédito - "Vingadores: Guerra Infinita".
Duração: 1h58
Cotação: ótimo
Chico Izidro
quinta-feira, julho 05, 2018
“Mulheres Alteradas”
A série de livros que fizeram muito sucesso no começo dos anos 2000 da escritora argentina Maitena Burundarena agora virou filme brasileiro sob direção de Luis Pinheiro: "Mulheres Alteradas" é uma comédia que mostra o dia a dia de quatro mulheres que começam a sofrer a crise dos 30 anos.
Elas são amigas próximas e completamente diferentes e sofrendo problemas típicos de mulheres de suas idades. Keka (Deborah Secco) está vendo o casamento com Dudu (Sérgio Guizé) ficar cada vez mais morno, sem tesão e muito marasmo. Marinati ( Alessandra Negrini) é uma workaholic que havia feito um pacto consigo mesma de nunca se apaixonar, até que conhece e se encanta com Christian (Daniel Boaventura).
Já Leandra (Maria Casadevall) é a festeira, que entra em crise por ainda não ter constituído família e passa a desejar ser mãe. E por fim, a sua irmã Sônia (Monica Iozzi), que aos poucos começou a se cansar da vida de dona de casa e mãe de duas crianças que não lhe dão sossego e passa a sonhar em aproveitar a vida.
O filme tem um roteiro agradável, mesmo que por vezes repita velhos vícios de outras comédias. Mas o espectador consegue se identificar com as situações vividas pelas quatro personagens. As quatro mulheres ganharam boas interpretações, com destaque para Deborah Seco e Alessandra Negrini, que dá um show de sensualidade e beleza, e olha que ela está com 47 anos e não aparenta ter 30!
Enfim, "Mulheres Alteradas" apresenta uma boa história, com espaço para reflexão, mas também para muito humor, nada de escrachado, mas com piadas espertas e inteligentes. Um filme nacional, que é uma comédia, acima da média.
Duração: 1h35
Cotação: bom
Chico Izidro
quinta-feira, junho 21, 2018
"Jurassic Park - Reino Ameaçado" (Jurassic World: Fallen Kingdom)
No filme anterior, "Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros' (Jurassic World) a preguiça já havia tomado conta da produção, neste "Jurassic Park - Reino Ameaçado" (Jurassic World: Fallen Kingdom), dirigido por Juan Antonio Bayona, a coisa ficou mais pior, ainda. Reciclagem do que se já viu em todos os outros filmes da franquia, iniciada em 1993, na época sob o comando de Steven Spielberg.
A história ocorre três anos após os eventos registrados em "Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros" (Jurassic World), quando o parque acabou fechado. Agora a ilha onde a atração se encontrava está prestes a ir para o espaço por causa de um vulcão ativo. Os dinossauros andam livremente pelo local, mas podem novamente ser extintos. Então surge nova polêmica: os humanos devem ir à ilha para tirá-los de lá ou deixá-los perecer quando da explosão do vulcão.
A discussão vai até o Congresso Americano, e a dupla Claire (Bryce Dallas Howard) e Owen (Chris Pratt) retornar à ilha para tentar salvar os bichos. Mas mal sabem eles que por trás do resgate está uma trama, onde os vilões pretendem levar os animais para o continente com o objetivo dede vendê-los para compradores internacionais – entre eles, até empresários, traficantes e outros tipos de criminosos.
Claro que as coisas saem do controle e os dinossauros - entre eles uma espécie híbrida, mais letal criada por um cientista sem escrúpulos - ficam soltos para caçar os humanos. E é tudo o mais do mesmo, com Claire, desta vez sem salto alto, mas de botas, e Owen, fugindo para todos os lados. Evidente que tem crianças no meio, mas nada com elas vai acontecer, por mais que o diretor tente trazer para o filme um pouco de suspense. E os vilões têm as mortes mais cruéis. No fim, muita correria, gritaria, tudo muito previsível, em um filme preguiçoso.
Duração: 2h08
Cotação: ruim
Chico Izidro
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