Daniel Radcliffe quer cada vez mais desvincular-se da imagem do bruxinho Harry Potter. Em "Será Que?", direção de Michael Dowse, Radcliffe vive o frustrado romanticamente Wallace, que largou a faculdade de medicina após flagrar a namorada e colega com outro homem.Um ano depois, mostra-se um ser antissocial, que acaba indo a uma festa do melhor amigo. Lá conhece a jovem Chantry (Zoe Kazan, de Ruby Sparks - A Namorada Perfeita). Após horas conversando com a garota, Wallace mostra-se disposto a voltar a namorar. Até descobrir que Chantry já é comprometida, namorando há cinco anos um funcionário da ONU, Ben (Rafe Spall, de Um Dia).
Wallace se vê, então num desconfortável friendzone. Como não pode ficar com Chantry, o jeito é tornar-se o melhor amigo dela, segurando o impulso romântico. E é nisso que a história se prende. Será que vale a pena revelar sua paixão ou ficar quieto, apenas curtindo a presença da amada, mesmo que ela seja de outro?
A trama é bem conduzida, e Radcliffe tem uma cara mesmo de looser, formando um par ideal com Zoe Kazan, neta do diretor Elia Kazan e dona de uma beleza diferenciada, quase adolescente. O final acaba sendo convencional, mas certamente é o desejado pelos espectadores, que vão curtir. E afinal, quem nunca sofreu com uma paixão platônica e que parecia impossível de se concretizar?
Cotação: bom
Chico Izidro
quinta-feira, setembro 25, 2014
"O Protetor"
Denzel Washington é Robert McCall, um pacato funcionário de uma loja de utilidades diversas. Mas não briguem com ele. Solitário, metódico, todas as noites dirige-se a uma lanchonete perto de casa, onde senta sempre na mesma mesa, toma um chá e come uma torta, enquanto lê um livro. E ainda bate papo com uma jovem garota de programa, Teri, vivida por Chlöe Grace-Moritz. Em "O Protetor", direção de Antoine Fuqua, Robert sai do sério quando vê a menina ser agredida brutalmente pelo cafetão. Disposto a tirar Teri das ruas, Robert vai até o escritório do chefão, e tenta comprar a liberdade dela. Só que não conseguer e ainda sofre com ironias dos homens presentes na sala. O que Robert faz? Simplesmente mata todo mundo.
A consequência é que a máfia russa vai a seu encalço, principalmente o cruel assassino Teddy (Marton Csokas). Robert no decorrer da história, vamos vendo, não era um simples trabalhador. Ele começa a limpar as ruas de todos os tipos marginais, incluindo aí policiais corruptos que atormentam a comunidade. Seu passado nunca é explicado, mas Robert é um exímio atirador, lutador e estrategista. O filme não mostra, mas Robert deve ter sido um agente secreto no passado.
O filme é violento, não poupando closes de espancamentos, tiros no rosto - o sangue rola direto, lembrando e muito "Chamas da Vingança". E os clichês imperam. Mas "O Protetor" não é um filme ruim. E tenso e ficamos torcendo para que nada ocorra com o personagem de Denzel - um homem que nunca ri e é tão letal quanto o seu perseguidor, o russo Teddy, que parece um genérico do ator Kevin Spacey, de "Beleza Americana".
Cotação: bom
Chico Izidro
A consequência é que a máfia russa vai a seu encalço, principalmente o cruel assassino Teddy (Marton Csokas). Robert no decorrer da história, vamos vendo, não era um simples trabalhador. Ele começa a limpar as ruas de todos os tipos marginais, incluindo aí policiais corruptos que atormentam a comunidade. Seu passado nunca é explicado, mas Robert é um exímio atirador, lutador e estrategista. O filme não mostra, mas Robert deve ter sido um agente secreto no passado.
O filme é violento, não poupando closes de espancamentos, tiros no rosto - o sangue rola direto, lembrando e muito "Chamas da Vingança". E os clichês imperam. Mas "O Protetor" não é um filme ruim. E tenso e ficamos torcendo para que nada ocorra com o personagem de Denzel - um homem que nunca ri e é tão letal quanto o seu perseguidor, o russo Teddy, que parece um genérico do ator Kevin Spacey, de "Beleza Americana".
Cotação: bom
Chico Izidro
"Sin City 2 - A Dama Fatal"
Quase todo ele em preto e branco e uma estética dos quadrinhos, "Sin City 2 - A Dama Fatal", direção de Frank Miller e Robert Rodriguez, e baseado em quadrinhos feitos pelo primeiro. Aqui, três histórias relacionadas entre si são contadas, e contam com a presença do personagem Marv (Mickey Rourke), segurança do bar onde se apresenta a dançarina Nancy Callahan (Jessica Alba), enlouquecendo os homens e que pretende se vingar do senador Roark (Powers Boothe), que provocou a morte de seu amor John Hartigan (Bruce Willis) no primeiro filme. Noutra das tramas, o jogador Johnny (Joseph Gordon-Levitt) arrisca a sorte numa rodada de pôquer com Roark, que perde e não gosta nenhum pouco, vingando-se cruelmente do rapaz.
Em outra parte, a personagem Ava (Eva Green) pede ajuda ao ex-amante, Dwight (Josh Brolin), para eliminar o marido cruel. Até ele descobrir que foi feito de joguete pela sensual mulher, tendo então de pedir socorro para violentas garotas que vivem na parte mais perigosa da cidade e e lideradas pela sexy Gail (Rosario Dawson).
As tramas não tem nada de mais, são simples até, mas remetem as histórias noir dos anos 1940 e 1950. Até o visual é idêntico. E tudo gira em torno de traição, mulheres fatais e muito sexo. Os personagens masculinos apanham muito, têm o rosto deformado e isso não é estranho para Rourke, aqui usando uma prótese no queixo, o deixando muito parecido com o personagem dos quadrinhos.
Cotação: bom
Chico Izidro
Em outra parte, a personagem Ava (Eva Green) pede ajuda ao ex-amante, Dwight (Josh Brolin), para eliminar o marido cruel. Até ele descobrir que foi feito de joguete pela sensual mulher, tendo então de pedir socorro para violentas garotas que vivem na parte mais perigosa da cidade e e lideradas pela sexy Gail (Rosario Dawson).
As tramas não tem nada de mais, são simples até, mas remetem as histórias noir dos anos 1940 e 1950. Até o visual é idêntico. E tudo gira em torno de traição, mulheres fatais e muito sexo. Os personagens masculinos apanham muito, têm o rosto deformado e isso não é estranho para Rourke, aqui usando uma prótese no queixo, o deixando muito parecido com o personagem dos quadrinhos.
Cotação: bom
Chico Izidro
"Mesmo Se Nada Der Certo"
Que Nova Iorque é uma cidade que atiça a imaginação não há dúvida - vide as obras de Woody Allen. Pois em "Mesmo Se Nada Der Certo", direção de John Carney, a cidade é cenário para a bela história da cantora Gretta (Keira Knightley) e seu empresário Dan (Mark Ruffalo). Ele está vivendo um dia de cão, ao ser despedido da própria gravadora que fundou nos anos 1990. Separado, tentando se reaproximar da filha adolescente, mas sempre entornando uma garrafa de uísque, Dan entra num bar e vê a apresentação tímida de Gretta. Na mesma hora, vê nela um talento a ser lapidado, e que pode dar um novo fôlego a sua carreira.
Gretta também não vive boa fase. Inglesa, foi para Nova Iorque acompanhar o namorado Dave (Adam Levine, cantor do grupo pop Maroon 5). Só que com o sucesso dele, a garota acabou dispensada. Mas foi ficando na cidade, e com Dan vê que pode colocar a carreira nos eixos. Como estão duros, ou seja, sem grana para alugar um estúdio, o jeito é fazer das ruas um estúdio de gravação, de forma quase artesanal e contando com a disposição de outros músicos.
A história acerta ainda por trazer personagens simpáticos e muito próximos da realidade. Keira Knightley mostra ter uma boa voz, delicada, e Ruffalo convence como o empresário desastrado e alcoólatra. O cantor Adam Levine não compromete e tem uma cena forte, quando Gretta descobre a sua traição com uma garota da gravadora. E a trama não é estragada com um romance desnecessário entre os protagonistas. Afinal, o objetivo deles, por mais que surja uma tensão romântica entre eles, é o de recomeçar suas vidas.
Cotação: ótimo
Chico Izidro
Gretta também não vive boa fase. Inglesa, foi para Nova Iorque acompanhar o namorado Dave (Adam Levine, cantor do grupo pop Maroon 5). Só que com o sucesso dele, a garota acabou dispensada. Mas foi ficando na cidade, e com Dan vê que pode colocar a carreira nos eixos. Como estão duros, ou seja, sem grana para alugar um estúdio, o jeito é fazer das ruas um estúdio de gravação, de forma quase artesanal e contando com a disposição de outros músicos.
A história acerta ainda por trazer personagens simpáticos e muito próximos da realidade. Keira Knightley mostra ter uma boa voz, delicada, e Ruffalo convence como o empresário desastrado e alcoólatra. O cantor Adam Levine não compromete e tem uma cena forte, quando Gretta descobre a sua traição com uma garota da gravadora. E a trama não é estragada com um romance desnecessário entre os protagonistas. Afinal, o objetivo deles, por mais que surja uma tensão romântica entre eles, é o de recomeçar suas vidas.
Cotação: ótimo
Chico Izidro
quinta-feira, setembro 18, 2014
"Maze Runner - Correr ou Morrer"
Jovens acordam, não recordam quem são e se veem cercados por outros jovens, todos isolados numa imensa área protegida por grandes muros. E atrás destes muros, labirintos, que fazem a fuga se tornar impossível. Estamos em "Maze Runner - Correr ou Morrer", direção de Wes Ball, e que é uma mistura de "O Cubo" e "Jogos Vorazes. O personagem principal é Thomas (Dylan O'Brien), que logo descobrirá ser especial, tendo a habilidade de correr rapidamente, o que lhe permite entrar no labirinto junto com outros corredores - eles têm a missão de estudar o local para ver como será possível uma fuga do claustro. Mas o labirinto tem armadilhas, pois se modifica todos os dias, além de ter em seu interior enormes aranhas com pernas mecânicas, que eliminam os que tentam escapar.
"Maze Runner - Correr ou Morrer", apesar de ser um apanhado que já foi visto, é um bom suspense, com personagens clichês - o líder esperto e compreensivo, o desconfiado mau-caráter, o gordinho simpático e sem habilidades. Pena que no final a trama perca força e acabe caindo no lugar comum - e indicando que uma continuação está a caminho.
Cotação: regular
Chico Izidro
"Maze Runner - Correr ou Morrer", apesar de ser um apanhado que já foi visto, é um bom suspense, com personagens clichês - o líder esperto e compreensivo, o desconfiado mau-caráter, o gordinho simpático e sem habilidades. Pena que no final a trama perca força e acabe caindo no lugar comum - e indicando que uma continuação está a caminho.
Cotação: regular
Chico Izidro
"Isolados"
Um jovem médico e sua namorada, que ele conheceu numa clínica, se dirigem para uma casa no interior do Rio de Janeiro para passar o final de semana. No caminho, ele é alertado pelo dono de um boteco na beira da estrada, que uma garota foi assassinada nas proximidades e que os assassinos andam à solta. Lauro decide não contar o fato a sua namorada. E coisas vão acontecer quando eles chegarem na casa, em "Isolados", direção de Tomas Portella.
A garota, interpretada por Regiane Alves, tem problemas de transtorno, e não aceita as ordens dadas pelo namorado, vivido por Bruno Gagliaso. Ele pede que ela nunca saia de casa sozinha, e claro, é desobedecido. No meio do matagal, dois homens, cujos rostos nunca são mostrados, correm desenfreadamente, trazendo o pavor para a comunidade. E a polícia anda perdida atrás dos matadores - dois irmãos. Apavorados, Lauro e Renata tentam fugir da casa, mas logo descobrem ser impossível. Então o pavor vai tomando conta do casal, que se tranca na casa, enquanto a escuridão toma conta do ambiente.
"Isolados" é um suspense psicológico, que não mete medo. Até se fica atento, esperando ver no que acontecerá com aquele casal no meio do nada. Porém, o casal de protagonistas está muito mal. Bruno Gagliaso mostra não ter capacidade para segurar a história - suas caras de pavor são péssimas e por que diabos ele passa a mancar repentinamente, já que quem é ferida na perna é a namorada? Regiana Alves, por sua vez, não tem medo de se mostrar sem maquiagem, mas não consegue convencer como uma pessoa doente e problemática. E o final de "Isolados" fica completamente desconectado do resto da história. Bola fora.
Cotação: ruim
Chico Izidro
A garota, interpretada por Regiane Alves, tem problemas de transtorno, e não aceita as ordens dadas pelo namorado, vivido por Bruno Gagliaso. Ele pede que ela nunca saia de casa sozinha, e claro, é desobedecido. No meio do matagal, dois homens, cujos rostos nunca são mostrados, correm desenfreadamente, trazendo o pavor para a comunidade. E a polícia anda perdida atrás dos matadores - dois irmãos. Apavorados, Lauro e Renata tentam fugir da casa, mas logo descobrem ser impossível. Então o pavor vai tomando conta do casal, que se tranca na casa, enquanto a escuridão toma conta do ambiente.
"Isolados" é um suspense psicológico, que não mete medo. Até se fica atento, esperando ver no que acontecerá com aquele casal no meio do nada. Porém, o casal de protagonistas está muito mal. Bruno Gagliaso mostra não ter capacidade para segurar a história - suas caras de pavor são péssimas e por que diabos ele passa a mancar repentinamente, já que quem é ferida na perna é a namorada? Regiana Alves, por sua vez, não tem medo de se mostrar sem maquiagem, mas não consegue convencer como uma pessoa doente e problemática. E o final de "Isolados" fica completamente desconectado do resto da história. Bola fora.
Cotação: ruim
Chico Izidro
"Livrai-nos do Mal"
"Livrai-nos do Mal", direção de Scott Derrickson, tinha tudo para ser um ótimo filme de terror. O começo lembra "O Exorcista", mas aqui solçdados na Guerra do Iraque libertam um demônio numa caverna nos confins do país. A história dá um pulo de três anos e vai para uma chuvosa Nova Iorque, onde estranhos eventos chamam a atenção do policial Ralph Sarchie (Eric Bana) e seu parceiro Butler (Joel McHale). Aos poucos, eles vão descobrindo que um ex-combatente do Iraque está tendo comportamento agressivo, mas sem suspeitar de possessão demoníaca. Até aparecer o padre Mendoza (Edgar Ramírez), que tenta provar a presença do capeta entre eles.
O policial Ralph tem lá seus problemas pessoais. Anda afastado da mulher, grávida do segundo filho, e da filha pequena. E descrente, se mostra um ótimo condutor para que o demônio vá atrás dele e de sua família. O problema é que a entidade do mal o faz de forma estúpida, risível até, estragando a história, que é encerrada com um exorcismo. Qualquer ideia de se fazer um bom filme vai por água abaixo com a parte final. "Livrai-nos do Mal" começa como um bom thriller policial e termina com terror rasteiro. E não assusta ninguém.
Cotação: regular
Chico Izidro
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