domingo, junho 08, 2008

Sex and the City - O filme



Quero fugir do clichê de escrever que Sex and the City - O filme é um episódio extendido da série televisiva sobre as quatro amigas nova-iorquinas, que fez enorme sucesso entre 1999 e 2004. Porém o é. Com direção de Michael Patrick King, o filme acerta em seu início, ao resumir as seis temporadas em poucos minutos e isso ajuda até quem não era iniciado no seriado, transmitido por aqui pelo canal Multishow, canal 42 da Net.
Nas 2h15min da trama, sim, é longo, temos Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker, que por vezes é feia, e outras é bonita, se é que me entendem) envolvida em seu, finalmente, casamento com o namorado Mr. Big (Chris Noth, da série Law and Order). Enquanto isso, suas amigas estão a volta com os problemas de sempre - Miranda (Cynthia Nixon, que na vida real assumiu sua homossexualidade) anda em crise com a vida sexual com o marido Steve (David Eigenberg, ator por demais fraco e que parece perdido nas cenas que aparece). Já Samantha (a cinquentona enxuta Kim Cattrall) vive em Los Angeles e sente falta de sua vida poligâmica, depois de cinco anos envolvida emocionalmente com o ator Smith Jerrod (o insosso Jason Lewis). Charlotte (a bonita, mas estérica Kristin Davis) é a única que parece ter tudo certo em sua vida, seja sexual quanto familiar.
Carrie nunca é vista trabalhando - como ela consegue manter aquele padrão de vida? Seu cotidiano se resume a desfilar modelitos famosos por Manhattan e tomar coquetéis com as amigas em restaurantes chiques. Em Sex and the City - O filme, no entanto, se permite um pouco mais de liberalidade que não era vista na televisão, como cenas ardentes de sexo e nus quase frontais, que deixam a mulherada quase em polvorosa.
Mas lá pelas tantas, o filme passa do ponto, se esticando demais e quase se repetindo em cenas desnecessárias. Talvez se mantido em sua forma original de seriado, não chateasse tanto. A favor - lá estão alguns diálogos afiados e que fazem a gente soltar boas gargalhadas. E um erro crasso - pelas barbas do profeta: o tradutor conseguiu a façanha de chamar Library de livraria...faltou a essa aula de inglês.

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