sábado, fevereiro 28, 2009

O LUTADOR



Para quem se recorda de Mickey Rourke galã nos anos 80 do século passado, vê-lo em O Lutador (The Wrestler), de Darren Aronofsky, pode ter um choque. O ator está completamente deformado por ter, nos anos 1990, abandonado os sets de filmagens pelos ringues de boxe. Ele já havia aparecido com o novo visual em Era Uma Vez No México, de Robert Rodriguez. Agora, em O Lutador, meio que revive sua vida frustrada. Ele é Randy, O Carneiro, astro da luta livre em decadência. O auge foi nos anos 80, assim como na vida do ator e no novo milênio ele tenta retomar a fama, mesmo que a grana não jorre como antigamente e o público seja diminuto. Para completar a renda, Randy trabalha num supermercado e, às vezes. vende drogas para outros lutadores. Sua vida amorosa também não é das mais empolgantes. A filha (Evan Rachel Wood, de Aos Treze) o odeia e ele tem uma atração pela stripper Cassidy (Marisa Tomei), que perto dos quarenta anos e com um filho de nove anos, luta para se manter sexy. Aronovsky conseguiu filmar uma cena, que se tornará antológica: quando Randy se arruma para trabalhar no supermercado num sábado à tarde. Ele vai caminhando em direção ao setor de frios como se estivesse entrando num ringue. Simplesmente genial. O filme é tão oitentista, que até a trilha sonora remete aquele período, com clássicos do Accept, Ratt e Quiet Riot.

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