sábado, junho 20, 2009

AS TESTEMUNHAS



As Testemunhas (Les Témoins, de André Téchiné) não chega a ser um mal filme. O problema é que ele está deslocado no tempo. Trata do surgimento da aids na primeira metade da década de 1980 - mostrando a devastação no corpo do jovem homossexual e promíscuo Manu (Johan Libéreau). Aliás, tirando o médico Adrien (Michel Blanc), ninguém é de ninguém em As Testemunhas, inclusive a escritora Sarah (Emanuelle Béart, que já foi uma das mulheres mais lindas do mundo. Mas, meu deus, o que ela fez nos lábios?), casada com o policial de origem argelina Mehdi (Sami Bouajila), que descobre sua bissexualidade e traz o perigo da aids para dentro de casa. As Testemunhas, no entanto, peca pela falta de ineditismo. Talvez se o roteiro seguisse por outra linha, mostrando o progresso da doença nestes 25 anos e o que aconteceu com aquelas pessoas que sobreviveram ao vírus. Sem contar que o filme é extremamente cansativo - você tem a impressão de que se passaram três horas, mas na realidade são apenas duas e longas intermináveis horas.

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