sábado, setembro 28, 2013

"Elisyum"

O diretor sul-africano Neill Blomkamp foi inovador em "Distrito 9", mas não consegue repetir o feito na também ficção cientítica "Elysium", mesmo que trate praticamente do mesmo tema, das diferenças sociais. A trama se passa em 2159, numa terra superpovoada, onde impera a pobreza e a criminalidade. Os ricos vivem numa paradisiaca estação espacial batizada de Elysium, onde não existem nem doenças. E para onde muitos pobres tentam chegar, mas sempre são impedidos e até mortos na tentativa de alcançar Elysium.

Matt Damon é Max, um desajustado social, que sofre um acidente na fábrica em que trabalha numa miserável Los Angeles, e descobre só ter mais cinco dias de vida. Para tentar se curar, ele tem de entrar em Elysium, e para tanto recebe a ajuda de um hacker, interpretado com competência por Wagner Moura. Para levar em frente a missão, Max recebe um transplante, transformando-se numa espécie de humanóide, e passa a ser perseguido por um mercenário, Kruger (Sharlto Copley). Ele tem ainda um par romântico, Frey, vivida por Alice Braga, que tem uma filha com câncer, e que conta com a ajuda de Max para chegar a Elysium e ser curada.

O filme discute diferenças sociais, a imigração ilegal, mas repleto de clichês. Os ricos são gente fria e desinteressada pelo que acontece na Terra. E os pobres são todos sofredores. "Elysium" transforma-se, em determinado momento, em puro tiroteio e corre-corre, caindo na vala comum dos filmes de ação, sem aprofundar aquilo que parecia buscar no início.

Cotação: ruim
Chico Izidro

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