quinta-feira, junho 21, 2018

"Jurassic Park - Reino Ameaçado" (Jurassic World: Fallen Kingdom)




No filme anterior, "Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros' (Jurassic World) a preguiça já havia tomado conta da produção, neste "Jurassic Park - Reino Ameaçado" (Jurassic World: Fallen Kingdom), dirigido por Juan Antonio Bayona, a coisa ficou mais pior, ainda. Reciclagem do que se já viu em todos os outros filmes da franquia, iniciada em 1993, na época sob o comando de Steven Spielberg.

A história ocorre três anos após os eventos registrados em "Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros" (Jurassic World), quando o parque acabou fechado. Agora a ilha onde a atração se encontrava está prestes a ir para o espaço por causa de um vulcão ativo. Os dinossauros andam livremente pelo local, mas podem novamente ser extintos. Então surge nova polêmica: os humanos devem ir à ilha para tirá-los de lá ou deixá-los perecer quando da explosão do vulcão.

A discussão vai até o Congresso Americano, e a dupla Claire (Bryce Dallas Howard) e Owen (Chris Pratt) retornar à ilha para tentar salvar os bichos. Mas mal sabem eles que por trás do resgate está uma trama, onde os vilões pretendem levar os animais para o continente com o objetivo dede vendê-los para compradores internacionais – entre eles, até empresários, traficantes e outros tipos de criminosos.

Claro que as coisas saem do controle e os dinossauros - entre eles uma espécie híbrida, mais letal criada por um cientista sem escrúpulos - ficam soltos para caçar os humanos. E é tudo o mais do mesmo, com Claire, desta vez sem salto alto, mas de botas, e Owen, fugindo para todos os lados. Evidente que tem crianças no meio, mas nada com elas vai acontecer, por mais que o diretor tente trazer para o filme um pouco de suspense. E os vilões têm as mortes mais cruéis. No fim, muita correria, gritaria, tudo muito previsível, em um filme preguiçoso.

Duração: 2h08
Cotação: ruim

Chico Izidro

quinta-feira, junho 14, 2018

"Talvez Uma História de Amor"



A trama é até legal, mas o que atrapalha são algumas das atuações. Falo do longa nacional "Talvez Uma História de Amor", dirigido por Rodrigo Bernardo, em sua estreia cinematográfica. O personagem principal é Virgílio (Mateus Solano), publicitário bem-sucedido, mas portador de TOC - tudo em sua vida é regulado, desde usar equipamentos retrô, como o celular tijolão, o toca-discos, a televisão de tubo com vídeocassete, as refeições onde os alimentos ficam sincronizados. Mas o que acontece? Certo dia, ele encontra uma mensagem em sua secretária eletrônica. Uma voz feminina, dizendo ser Clara, lhe comunica o final do relacionamento.

O problema é que Virgílio não tem a mínima noção de ter tido um relacionamento nos últimos tempos e de quem seja Clara. A partir daí, o rapaz passa a buscar a garota, mas ele não sabe nem como ela é, aonde mora. Simplesmente deletou Clara de suas memórias.

"Talvez Uma História de Amor" é uma adaptação do livro homônimo do escritor francês Martin Page. E tem até direito a momentos finais passados em Nova Iorque, com uma participação meio que constrangida de Cynthia Nixon (a Miranda, de “Sex and the City”). Mateus Solano até está bem como o maniatico Virgílio, mostrando os percalços em que passam pessoas com esta doença. Bianca Comparato como a vizinha simpática e prestativa traz certo charme para a história, e até ficamos pensando se não vai rolar nada ali. Mas os demais coadjuvantes são de doer, com atuações engessadas ou forçadas demais, como por exemplo Marco Luque, que consegue estragar cada cena em que surge.

Duração: 1h41
Cotação: bom

Chico Izidro

''Do Jeito Que Elas Querem" (Book Club)



Vamos vender livro? No caso o pseudoerótico “50 Tons de Cinza”, de E.L. James é a base para o digamos assim feminista ''Do Jeito Que Elas Querem" (Book Club), dirigido por Bill Holdermann, e que reúne quatro das musas dos cinemas dos anos 1960, 1970 e 1980 Jane Fonda (80 anos), Diane Keaton (72), Candice Bergen (72) e Mary Steenburgen (65), todas ainda com muito charme e beleza presentes.

Elas interpretam amigas de longa data cujas vidas se encontram em certo marasmo romântico e sexual. Todas as semanas elas se encontram na casa de uma delas para discutir e analisar um determinado livro, daí o nome original do filme. Até que são apresentadas ao best-seller “50 Tons de Cinza”. A partir daí, suas vidas começam a se transformar, e as meninas descobrem que ainda têm muito para aproveitar.

A trama tem toques românticos, mas também abre espaço para piadas sexuais. Me soou tudo um pouco forçado, faltando naturalismo das personagens, que recebem o reforço de seus pares românticos: Andy Garcia (62 anos), Richard Dreyfuss (70), Craig T. Nelson (74) e Don Johnson (68). Este último aliás reforça o filme e o livro por ser o pai de Dakota Johnson, atriz que protagonizou as três sequências da chatíssima cinessérie “50 Tons de Cinza” no cinema.

Duração: 1h44
Cotação: regular

Chico Izidro

"Baronesa"




Ambientado na periferia de Belo Horizonte, “Baronesa”, de Juliana Antunes, é o retrato cruel da vida de duas mulheres que moram numa favela da capital mineira. O documentário retrata a vida das moradoras Andreia e Leid, que tentam levar as suas vidas em meio a pobreza e a ausência dos pares românticos.

A câmera foca as duas protagonizas, que agem com muita naturalidade, como se fossem veteranas em frente às câmeras. Leid tem filhos e espera a volta, ioncerta, do marido, que se encontra preso. Já Andreia quer se mudar para a Baronesa, outra favela de Belo Horizonte, e está construindo, com muitas dificuldades, sua casinha de tijolos.

No meio disso tudo, as duas não têm vergonha em mostrar seus corpos, longe dos padrões que atraiam olhares, e falam abertamente sobre sexo, muito aliás, e morte, sempre presentes - numa cena forte, as duas são surpreendidas por um tiroteio no local e são obrigadas a se jogar no chão, para evitar ser atingidas. A obra é autêntica e vigorosa, mostrando vidas difíceis, mas cheias de esperança.

Duração: 1h13
Cotação: ótimo

Chico Izidro

quinta-feira, junho 07, 2018

"A Morte de Stalin" (The Death of Stalin)



Com atuações matadoras de um elenco que conta com Steve Buscemi, Jeffrey Tambor, Michael Palin, Simon Russell Beale e Adrian McLoughlin, "A Morte de Stalin" (The Death of Stalin), dirigido por Armando Iannucci, é uma excepcional comédia que mostra a briga pela sucessão do ditador comunista, que ficou no poder na União Soviética de 1924 a 1953.

O diretor, conhecido pelo trabalho na séries "Veep" transforma um momento histórico e de transição em uma trama hilária e inteligente, ajudado pelo elenco. O filme mostra como Stálin era poderoso e mais cruel possível, tanto que todos o temiam até mesmo a sua morte - que é o que passa a tratar a história em sua segunda parte, onde os camaradas comunistas passam a fazer tramoias para ver quem sucederá o tirano.

Os momentos tragicômicos são vários, mas destaque para três deles. O primeiro quando os líderes buscam um médico para assinar o atestado de óbito de Stálin, mas a maioria deles se encontram presos, acusados de traidores. O segundo é quando os sósias do ditador são demitidos, pois não tem mais função. E o terceiro quando após esvaziarem a dacha de Stálin, todos os serviçais são assassinados...
Também merecem destaque a reconstituição de época e a fotografia. Um filme para rir, não fosse ele retratando um dos momentos cruéis da história recente.

Duração: 1h47
Cotação: ótimo

Chico Izidro

"No Olho do Furacão" (The Hurricane Heist)




Dirigido por Rob Cohen, de "Velozes e Furiosos", "No Olho do Furacão" (The Hurricane Heist) se apresenta como um ótimo filme de ação, com efeitos especiais de primeira. Muita gente ao ver o trailer chegou a fazer comparações com "Twister", mas esqueça isso, apesar de a trama se passar durante um forte furacão.

Neste caso aqui, um grupo de ex-militares e policiais corruptos decide roubar 600 milhões de dólares, que serão incinerados, do Tesouro Nacional Americano, localizado numa cidadezinha litorânea no sul dos Estados Unidos. Para efetuar a ação, vão aproveitar que a localidade foi esvaziada por causa de um furacão devastador que se aproxima.

Mas uma agente federal, Casey (Maggie Grace, de Fear teh Walking Dead) auxiliada por um expert em meteorologia e ex-militar, Will (Toby Kebbel), decide evitar o crime, se valendo de várias técnicas de combate. E esqueça que a trama apresenta vários furos, como por exemplo os ladrões precisarem de Casey, que tem a senha para abrir os cofres, mas passam o tempo todo tentando matá-la. E qual a motivação da garota em evitar o assalto? O dinheiro nem era dela e seria incinerado mesmo...mas vai lá

Duração: 1h43
Cotação: bom

Chico Izidro

"Os Estranhos - Caçada Noturna" (The Strangers: Prey at Night)



"Os Estranhos - Caçada Noturna" (The Strangers: Prey at Night), dirigido por Johannes Roberts, é a sequência, exatos dez anos depois de "Os Estranhos", onde um grupo de assassinos ataca um casal. Nesta continuação, as vítimas da vez são uma família formada pelo casal Cindy (Christina Hendricks) e Mike (Martin Henderson) e pelos filhos Kinsey (Bailee Madison) e Luke (Lewis Pullman).

A garota Kinsey, problemática além da conta, vai ser enviada para um internato, mas antes de levarem a adolescente para o local decidem visitar os tios, que moram em um comunidade de trailers afastada da cidade. E lá o terror será pleno, quando encontram o local completamente vazio e começam a ser atacados por pessoas usando máscaras e usando facas e machados para tentar matá-los.

Rola muita música pop e boa dos anos 1980, como Kids in America, de Kim Wilde, Total Eclipse of the Heart, de Bonnie Tyler. Mas também não é poupado sangue e tripas escorrendo pela tela, em cenas fortes e muito, muito agressivas. O diretor não se preocupa em explicar qual a motivação dos assassinos, tanto que um deles, ao ser questionado por uma das vítimas qual o motivo de tanta matança, e ele responde: "Por que não?". Simples. "Os Estranhos - Caçada Noturna" é para estômagos fortes.

Duração: 1h25
Cotação: bom

Chico Izidro

"Um dia para Viver" (24 Hours To Live)



Um Dia para Viver (24 Hours To Live), dirigido por Brian Smrz, pretendia ser um thriller de ação empolgante, mas é entregue ao espectador uma das piores patacoadas (quem lia as revistinhas do Tio Patinhas nos anos 1970 e 1980 vai saber o que estou dizendo) dos últimos tempos. Tudo é absurdo na trama, com vários defeitos de continuidade, num trabalho que pode ser chamado de preguiçoso.

A história apresenta um matador profissional, Travis Conrad (Ethan Hawke), que aposentado é convocado para um novo trabalho - ele deve matar a testemunha de crimes praticados por uma empresa corporativa. Mas falha e acaba morrendo, para logo em seguida ser ressuscitado através de uma experiência médica, pois só ele sabe a localização de onde a testemunha vai depor. Ou seja, ele acorda, passa a informação e fica sabendo que após isso morrerá de novo!! Mas tem 24 horas para tentar se redimir de seus crimes e tentar evitar novas mortes.

Aí começa uma profusão de erros, como corpos desaparecendo da cena, sangramentos que somem em questão de segundos, figurantes que ao invés de tentarem ficar despercebidos em cena ficam observando os atores principais atuando (?). Ou quando o mocin ho entra atirando a esmo em uma sala, mas só não acerta o vilão, que o tempo todo esteve de pé, parado no meio do local? Santa paciência. E as atuações? Uma pior que a outra, sobrando até mesmo para o veterano Rutger Hauer em um ponta que não diz a que veio.

Duração: 1h35
Cotação: ruim

Chico Izidro

“QUEER”

Foto: Paris Filmes “QUEER”, dirigido por Luca Guadagnino a partir de um roteiro de Justin Kuritzkes, é baseado em romance homônimo de 1985...