domingo, julho 23, 2006
Piratas do Caribe - O Baú da Morte
Uma boa diversão quase sem parada para o espectador respirar. Piratas do Caribe - O Baú da Morte, de Gore Verbinski, cumpre ao que se propõe. Divertir em seus 150 minutos de duração, com boas piadas e sequências magistrais, como a da ilha dos canibais e o ataque de um monstro ao navio Pérola Negra.
Porém, sinceramente, a atuação de Johnny Depp não me agradou muito como no primeiro filme da trilogia - A maldição da Pérola Negra. O seu pirata, inspirado no Rolling Stones Keith Richards está mais para um efeminado do que para um covarde, o que seria o capitão Jack Sparrow. Depp ficou afetado demais (ele poderia ter buscado inspiração no Dr. Smith, sensacional criação de Jonathan Harris em Perdidos no Espaço). A farra mesmo ficou com os coadjuvantes, principalmente a dupla de ajudantes - o magrinho com o olho falso e o gordinho. Já Orlando Bloom como Will Turner e Keira Knightley como Elizabeth estão chatinhos e não existe nenhuma química entre eles.
Os nossos heróis têm de encontrar o tal baú do filme, onde se esconde um segredo também procurado por Davy Jones, capitão do navio fantasma o "Holandês Voador". A tripulação do tal barco remete aos orks do Senhor dos Anéis - monstros cruéis (aqueles que perseguiam Frodo e Sam). Mas desta vez eles também buscam a alma de Sparrow. Ah, e tem isso também. Piratas do Caribe não se esgota em suas quase três horas. O final fica em aberto e só poderá ser visto no próximo ano - a terceira parte foi filmada simultaneamente à segunda. E dizem por aí que o próprio Keith Richards participará da trama, como o pai de Jack Sparrow.
Então ficamos assim, curta o filme e esqueça os atores principais com seus fracos desempenhos. Até pode ser incoerente, mas se você analisar, vai ver que não é. O problema é esperar mais um tempo para ver o final. Como disse um amigo meu em 2001, ao descobrir que só assistiria o final de Senhor dos Anéis em 2003: "Então até lá não posso morrer, pois caso contrário ficarei sem saber como acabou o filme". E ele não estava nem um pouco a fim de encarar as mais de mil páginas da obra de J.R.R. Tolkien.
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