domingo, julho 30, 2006

Basta


O Sala-Escura foi feito para falar de cinema, mas de vez em quando com abertura para literatura - o que ainda não o fiz, por absoluta falta de tempo. Bem que numa das minhas últimas críticas, sobre o filme O SOL, indiquei a ótima tetratologia de Elio Gaspari sobre a ditadura brasileira, que imperou no Brasil por duas décadas. E também falei sobre o calhamaço O Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien. Hoje, dia 30 de julho, abro espaço para o futebol. Para falar do Gre-Nal, que acabou empatado por 0 a 0 no Beira-Rio, pelo Campeonato Brasileiro. A partida foi ruim de doer. Ponto. Chega. O que quero mesmo falar é sobre a atitude das torcidas, tanto de Grêmio quanto do Internacional. A atitude de alguns indivíduos da torcida gremista foram lamentáveis ontem, assim como o foram os colorados num clássico de 2004, quando destruíram os banheiros do estádio Olímpico. Desde lá, cada partida entre as duas equipes chama mais atenção fora de campo do que no gramado.
Ontem a fiasqueira foi dos gremistas, que primeiro tentaramn jogar um banheiro ecológico no campo. Como não conseguiram, colocaram fogo no dito cujo - que começou a espalhar uma fumaça negra por toda a parte em que a torcida azul se encontrava. Bem, não vou me aprofundar nisso. Só lembrar algo que já havia conversado com meu amigo Fabrício Falkowski há algum tempo e que os dirigentes da dupla deveriam pensar profundamente: proibir a presença da torcida adversária no estádio do mandante do clássico de agora em diante. Se o jogo for no Olímpico, só entra gremista e se for no Beira-Rio, só entra colorado. É o jeito para tentar acabar com a selvageria e antes que morra alguém.
O método já vem sendo adotado na Argentina, nos jogos entre River Plate e Boca Juniors e já muito mais tempo na Holanda, nos clássicos envolvendo os três principais clubes do país, PSV Eindhoven, Ajax Amsterdam e Feyenoord Roterdam.

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