sexta-feira, julho 21, 2006

Transamérica



Tá. É um road-movie (filme de estrada). Coisa que americano sabe fazer como ninguém. Se pensarmos, vamos verificar, mais duas almas perdidas, que no começo não se entendem e com o passar do tempo e da viagem vão se descobrir dois iguais. Até aí nada de novo. Já fizeram trocentos filmes do tipo, mas em Transamérica, sobressai a espetacular atuação de Felicity Huffman - uma das principais atrizes de Desperate Housewives, seriado da Sony. Ela interpreta Bree, que nasceu homem, mas está há poucos dias para realizar a cirurgia de mudança de sexo. Uma mulher presa num corpo de homem. Uma semana antes da cirurgia, Bree descobre ter um filho de 17 anos - na única vez em que fez sexo na vida com uma colega de faculdade. E que o garoto (Kevin Zegers) é um pequeno marginal e garoto de programa nas ruas de Nova Iorque.
Ela sai de Los Angeles e vai buscar o garoto, Toby, sem revelar que é o seu pai biológico. Os dois, iniciam, então, uma viagem de carro pela América, a pobre, a rica, a solitária, a marginalizada...E o desespero de Bree em guardar o segredo.
Transamérica - belo trocadilho - se sobressai dos demais road-movies devido aos diálogos afiados e por vezes engraçados, mesmo sabendo, nós deste lado da tela, como é difícil querer ser aceito e ser rejeitado. Vale a pena, mas vai espantar muita gente, por se tratar de um tema delicado que, as pessoas, mesmo em pleno século 21 não conseguem admitir. Pois trata-se de um tabu, de aceitar o diferente.

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