Thursday, June 26, 2008

O Incrível Hulk




Há cinco anos, Ang Lee dirigiu uma super-produção de Hulk que se transformou num verdadeiro fiasco, tal amadorismo de roteiro e efeitos especiais. Agora, a missão de levar para a telona as aventuras do monstro verde foi entregue a Louis Leterrier.
E Hulk 2008, começa acertando com o elenco, que inclui Edward Norton, Liv Tyler, William Hurt e Tim Roth, bem superior ao anterior, me perdoem Eric Bana e Jennifer Connelly. Porém, não fica imune a imperfeição. O monstro verde, no entanto, foi melhor digitalizado e seus movimentos são perfeitos. O roteiro também foi aperfeiçoado e se fez mais fiel aos quadrinhos, mesmo que Hulk nunca tenha pisado no Rio de Janeiro. Sim, tudo começa na Favela da Rocinha, onde o Dr. Bruce Banner (Norton) se esconde do Coronel Ross (um maléfico Hurt) e tenta descobrir a cura para o mal espalhado em seu sangue pelos raios-gama e que o transformam no Hulk sempre que alguém o deixa irritado.
E mesmo que nós, brasileiros, achemos "legal" ver o Brasil numa super-produção, há de se lamentar o descuido da produção. Os atores brasileiros são pessimamente dublados, o português de Norton é mais do que sofrível e, pior, um comando do exército americano consegue entrar na favela e não ser importunado pelos traficantes...
E o filme continua com suas licenças poéticas, como a facilidade de Bruce Banner de atravessar fronteiras sem dinheiro, passaporte e até mesmo roupas...
Mas o filme diverte e homenageia os antecessores do papel, como o grandalhão Lou Ferrigno, que fazia o Hulk na tevê, e que aqui aparece como um vigia de um campus universitário e Bill Bixby (já morto, mostrado na telinha de uma televisão).
O melhor, no entanto, é o baixinho irado Tim Roth, que vira uma arma secreta do exército e que no final protagoniza uma sangrenta batalha pelas ruas de Nova Iorque com o Hulk. Na média, 7,5.

1 comment:

Alexandre Selliach said...

Vale a pena ir no cinema?