Thursday, August 06, 2009

BAADER-MEINHOF GROUP



O Baader-Meinhof Group foi um dos vários grupos terroristas que agitaram o mundo nos anos 1970, ao lado das Brigadas Vermelhas na Itália, do ETA, na Espanha, dos palestinos da OLP. O diretor alemão Uli Edel, de Christiane F., Drogada e Prostituída, pisou na ferida ao tocar em assunto tão grave para a Alemanha naquele período, ao contar a história do grupo em BAADER-MEINHOF KLOMPEX desde o seu surgimento, no final dos anos 1960 até 1978. Os seus integrantes seguiam cegamente os líderes Andreas Baader (Moritz Bleibtreu, excelente como o terrorista fanático que não media as consequências de seus atos) e a jornalista Ulrike Meinhof (Martina Gedeck), que largou uma vida de classe média e duas filhas pequenas para entrar no submundo. Mesmo depois de presos após cometerem crimes violentos na Alemanha, eles continuaram a ter seguidores na Alemanha, que continuaram com atentados, assassinatos e sequestros. O objetivo do BMG era o de tentar impedir que a Alemanha se transforma-se num estado policial, como o fora na época do nazismo. E isso só poderia ser alcançado através da luta armada, mesmo que custasse a vida de inocentes. O grupo, com o tempo, ficou sem razão de ser. Em 2008, um de seus últimos integrantes foi solto após 25 ano de prisão.
Os líderes se suícidaram na prisão, primeira Ulrike em 1976, e depois Baader em 1977, este depois que uma tentativa de sequestro de um avião naufragou. A reconstituição de época é primorosa, desde aquele figurino kitsch do período, os personagens fumando sem parar e descarregando filosofias jurássicas da luta da esquerda contra a direita. Aí fica uma pergunta que pode ofender muita gente: se os integrantes do BMG eram contra o sistema capitalista, por que não se mudaram para o outro lado do muro, onde então imperava a então Alemanha Oriental?
Chico Izidro

1 comment:

Hermes Machado said...

Imagino eu que o nome deste grupo tenha sido a inspiração para a música BAADER-MEINHOF BLUES, da legião. É isso?