quinta-feira, agosto 13, 2009

BRÜNO






O comediante inglês Sacha Bahen Cohen já havia subvertido a comédia com o debochado Borat, onde ele interpretava um repórter do Cazaquistão que mostrava o pior dos Estados Unidos. Agora, em BRÜNO, direção de Dan Mazer, Sacha Bahen-Cohen é o repórter gay austríaco de mesmo nome, que circula pelo mundo fashion europeu, até ser demitido. Então ele parte para Los Angeles, com o objetivo de fazer sucesso no meio das celebridades do cinema hollywoodiano. Com falsos alegados 19 anos, fã de Hitler (Bahen-Cohen, detalhe, é judeu) e extremamente afetado, Brüno choca ao fazer um piloto de um programa onde mostra explicitamente suas partes pudendas. As cenas são de corar os mais pudicos e muita gente, com certeza, vai abandonar a sala de cinema nos seus primeiros 15, 20 minutos.
Numa delas, ele transa de todas as formas com seu namorado, usando os equipamentos mais insólitos. Em outra, Brüno entrevista Paula Abdul usando trabalhadores ilegais mexicanos como cadeiras. E a coisa não para por aí. Como em Borat, Brüno faz entrevistas com desavisados, que não sabem da existência do humorista, como um pastor que garante poder curar homossexuais, o líder de um grupo extremista palestino, participa de um swing, onde tenta cantar um dos participantes e numa caçada irrita tanto um dos caçadores, que este quebra a câmera. Mas o melhor está reservado para a parte final, onde Brüno se engalfinha com o amante num ringue de vale-tudo em Arkansas, um dos estados mais preconceituosos dos Estados Unidos. Os dois quase são linchados pela multidão enfurecida. Brüno, enfim, supera as expectativas, é hilário ao extremo, fazendo com quem o assista de mente aberta quase chore de tanto rir.
Chico Izidro

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