domingo, agosto 29, 2010

Karatê Kid



Antes de assistir a refilmagem de Karatê Kid, só li críticas negativas. E olha que evito ler resenhas antes de ver e escrever minhas críticas. Mas o tiroteio foi tão intenso que não resisti a espionar as linhas escritas em relação ao filme, que relembrou o ícone original dos anos 1980. E aqui confesso, eu nunca havia assistido o original, com Ralph Macchio, Pat Morita e a lindona Elizabeth Shue. Só o fiz esta semana, quando a tevê a cabo colocou no ar Karatê 1 e 2.
Bem, voltando ao presente, a refilmagem com o filho de Will Smith, Jaden, mostra o pequeno e frágil garoto se mudando com a mãe (Taraji Henson, de O Estranho Mundo de Benjamin Button) para Pequim, onde irá sofrer bullying e se apaixonar pela violinista chinesinha Meiying (Wenwen Han). Para deixar de apanhar, Dre receberá aulas de kung fu - por que diabos o filme então se chama Karatê Kid? - do solitário zelador Mr. Han (Jackie Chan).
O filme tem 2h20min, mas poderia ter bem menos. O tempo é preenchido com belas imagens da China, como a Muralha, que vira palco de um treino de Dre (Jaden, aliás, regrediu muito, depois de sua bela estreia em À Procura da Felicidade). No mais, Karatê Kid repete até mesmo diálogos e cenas inteiras de seu original, já trintão.
cotação: regular
Chico Izidro
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O Bem Amado



Uma pessoa na sala de cinema. Somente uma pessoa: eu. Mesmo assim, a sessão das 22h de uma segunda-feira de O Bem Amado, de Guel Arraes, foi realizada.
Versão cinematográfica do clássico criado por Dias Gomes, que virou novela em 1973 e seriado global entre 1980 e 1983, O Bem Amado desta vez traz Marco Nanini no papel do prefeito corrupto da litorânea e baiana Sucupira, e que foi eternizado no original por Paulo Gracindo.
Ambientado no conturbado início da década de 1960, O Bem Amado cruza fatos reais, como a luta pela Legalidade após a renúncia de Jânio Quadros, e a intenção de Odorico de inaugurar um cemitério em sua cidade e assim parar de ser perseguido pelos oposicionistas. Para conseguir um morto, contrata os serviços de um assassino de aluguel, Zeca Diabo (José Wilker, sombrio e totalmente diferente de seu predecessor no papel, Lima Duarte).
Simultaneamente tendo de lidar com os problemas políticos, onde Wladimir (Tonico Pereira) faz oposição ferrenha no jornal A Trombeta, Odorico sofre o assédio das irmãs Cajazeiras (Zezé Polessa, Andréa Beltrão e Drica Moraes), que solteironas, sonham em levar o prefeito para o altar.
Marco Nanini está hilário como Odorico, que mantém o tradicional linguajar odoriquês, como por exemplo "devemos deixar de lado os entretantos e passar aos finalmente", entre outras pérolas. O Bem Amado é ambientado nos anos 1960, como já foi dito, mas traz críticas e semelhanças com qualquer momento do Brasil, ao falar de corrupção, obras superfaturadas e manipulação da imprensa.
cotação: bom
Chico Izidro
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Coco Chanel e Igor Stravinsky



A estilista Coco Chanel já tinha tido sua vida lembrada no fraco Coco Antes de Chanel, com Audrey Taotou, que contava os seus primeiros anos, ainda na orfandade e na pobreza. Em Coco Chanel e Igor Stravinsky, de Jan Kounen, ela já está estabelecida, é famosa e rica.
O filme começa impactante, com a primeira exibição da obra Sagração da Primavera, de Stravinsky, no Teatro des Champs-Elisée, em Paris, em 1913, e que causou tremendo protesto do público que não entendeu a obra.
Logo pulamos para 1920, com o compositor vivendo em um pulguento hotel parisiense, ao lado da mulher, dos 4 filhos e de uma empregada. Voltar para a Rússia é uma impossibilidade, visto que os comunistas estão no poder. Então Coco convida o músico e a família para morar em sua casa, nos arredores de Paris. No local, a estilista e o compositor irão manter um relacionamento amoroso.
A história é baseada em romance de Chris Greenhalgh, mas não se sabe se ocorreu realmente, apesar de Coco Chanel ter sido uma devoradora de homens. Anna Mouglalis está à vontade no papel da estilista, inclusive com o tradicional jeito de ela segurar o cigarro - superando a atuação de Taotou, muito bonita, aliás, para interpretar Chanel. Igor Stravinsky é vivido por Mads Mikkelsen (de Fúria de Titãs) e que se restringe a fazer um ar sério e tedioso. Tedioso, inclusive, é Coco Chanel e Igor Stravinsky, que após um início promissor, tem uma queda brusca, se tornando repetitivo e causando bocejos involuntários.
cotação: regular
Chico Izidro
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Os Mercenários



Existem coisas que não devem ser feitas. E uma delas é Os Mercenários, dirigido e estrelado por Sylvester Stallone, já com seus 60 e poucos anos e repleto de botox pelo rosto. Como todo mundo já está careca de saber, o filme provocou enorme polêmica, por ele ter feito comentários preconceituosos em relação ao Brasil, que serviu de palco para algumas das gravações.
E a história é de doer. Um grupo de mercenários, ora bolas, é contratado pela CIA, representada por Bruce Willis, que parece ser o ator mais inteiro do filme, para derrubar um fraco ditador de uma ilhota sul-americana, Vilhena. Que na realidade é controlada por um ganancioso traficante de drogas vivido por Eric Roberts, o irmão da Julia. O grupo, liderado por Stallone, e que tem entre os integrantes Jet Li, Jason Stratham e Terry Crews (o pai de Chris, da série Everybody Hate Chris), consegue derrotar um exército inteirinho, em que cenas beiram o ridículo e claro, inverossímeis.
Evidente que não dá para levar a sério este filme, que traz ainda Mickey Rourke, cada vez mais deformado, e uma rápida participação de Arnold Schwarzenneger.
O que se salva em Os Mercenários? A beleza estonteante de Giselle Itié, como a filha rebelde do patético e caricato ditador General Garza (David Zayas).
cotação: ruim
Chico Izidro
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400 contra 1 - Uma história do crime organizado



Enquanto Tropa de Elite 2 não chega, o jeito é ir se distraindo com 400 contra 1 - Uma história do crime organizado, direção de Caco Souza. Pena que, apesar da boa premissa, a produção se mostra confusa, porque Souza decidiu fragmentar a história, com diversas idas e vindas no tempo, fazendo uma tremenda confusão.
A trama gira em torno do surgimento do grupo criminoso Comando Vermelho no Rio de Janeiro na década de 1970. 400 contra 1 - Uma história do crime organizado se passa, em sua maior parte, no presídio da Ilha Grande, onde os presos se dividiam entre guerrilheiros que lutavam contra a ditadura militar e criminosos comuns. E as duas facções viviam se digladiando pelo domínio da prisão e por direitos distintos.
O principal nome do filme é Daniel Oliveira (de Cazuza), que assim como Daniela Escobar, Jonathan Azevedo e Lui Mendes estão bem em seus papéis, No entanto, seus trabalhos são desperdiçados pela terrível montagem.
cotação: ruim
Chico Izidro
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Mademoiselle Chambon



Os filmes franceses costumam fugir do convencional. Além de não sofrermos com as tradicionais explosões, correrias e efeitos especiais, o cinema franco geralmente nos traz reflexão ou vontade de tomar um belo vinho. Em Mademoiselle Chambon, de Stéphane Brizé, um pedreiro se vê envolvido com a professora de seu filho. O romance de Jean (Vincente Lindon, o professor de natação de Bem-Vindo) começa após ele consertar a janela da casa de Veronique Chambon (Sandrine Kiberlain, desprovida de qualquer atrativo físico e talvez por isso instigante). Encanta a Jean a habilidade, mesmo que meio tosca, de ela tocar violino e seu jeito tímido. O primeiro beijo dos dois é singelo, simples, um leve pegar de mãos, um toque no rosto e um beijo culpado e carente.
Aliás, a culpa permeia a conciência de Jean, que passa a se irritar com qualquer palavra ou gesto da esposa, a paciente Anne-Marie (Aure Atika). A história não traz nada de novo, mas é bonita. Pena que, vide o início do texto, acabe sendo traída pelo conservadorismo.
cotação: bom
Chico Izidro
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domingo, agosto 22, 2010

O Aprendiz de Feiticeiro



Os últimos filmes estrelados por Nicolas Cage estão fadados ao esquecimento. O Aprendiz de Feiticeiro, direção de Jon Turteltaub, é mais um deles, apesar de não ser de todo ruim. Até dá para rir um pouco e curtir uma tranquila sessão da tarde.
Balthazar (Nicolas Cage, mais uma vez extremamente exagerado) é um mago que vaga pela terra há mais de mil anos com a missão de encontrar o feiticeiro mais poderoso da linhagem do lendário Merlin e assim destruir a bruxa Morgana Lefey, que pretende destruir o mundo (quanta originalidade). E ela tem como principal escudeiro outro mago, Maxim (Alfred Molina, mais uma vez interpretando um vilão e convenhamos, chega, né!).
O aprendiz é Jay Baruchel (de Trovão Tropical e Menina de Ouro), que tem como principal interesse romântico a jovem Becky (Teresa Palmer - notem a incrível semelhança dela com Kristin Stewart, da série Crepúsculo, mas numa versão loira).
Bom, tão logo O Aprendiz de Feiticeiro se encerra, ele é logo deletado de nossas mentes.

cotação: regular
Chico Izidro
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Salt



A Guerra Fria se foi há 21 anos, mas seus respingos ainda se fazem sentir nos dias de hoje. É só se lembrar que há poucos meses houve a captura de espiões russos nos Estados Unidos, sendo que alguns deles viviam como cidadãos nascidos e criados na terra do Tio Sam.
E não é que é este o mote de Salt, de Phillip Noyce e estrelado por Angelina Jolie. A mãe de Zahara e outros cinco petizes e esposa de Brad Pitt é a agente secreta da CIA Evelyn Salt, que é acusada por um desertor russo de ser, na realidade, uma agente russa infiltrada, e que foi preparada para assassinar um importante dirigente político.
Então ela tem de fugir e tentar provar ser inocente. Salt é um filme instigante e inteligente, apesar das inevitáveis cenas de perseguição de carros. A agente entra num jogo de gato e rato, assim como o espectador, que ora acredita ela ser culpada e ora crê ser ela vítima de uma tremenda armação.
Jolie é mesmo moldada para interpretar mulheres valentes e brigonas - seja a ágil e inteligente Lara Croft, a violenta Sra. Smith ou Christine, de A Troca, que busca incessantemente seu filho desaparecido.
Os dois principais parceiros de Angelina Jolie em cena, Liev Schreiber e Chiwetel Ejiofor também dão conta do recado, mas com um pouco de atenção, dá para se deduzir logo quem é culpado e quem é inocente na trama.

cotação: bom
Chico Izidro
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As melhores coisas do mundo



Mano está naquela fase da adolescência que tudo parece estar dando errado. Assim começa o excelente As melhores coisas do mundo, de Laís Bodansky.
O garoto é apaixonado pela menina mais linda da escola, que claro, o ignora, o pai sai de casa para assumir um relacionamento homossexual e o irmão mais velho entra em depressão após ser chutado pela namorada.
Resumindo assim, o filme poderia ser considerado o supra-sumo do baixo astral. Só que pelo contrário, a diretora Lais Bodansky, de Bicho de Sete Cabeças, mostra tudo com graça e encanto.
Mano é interpretado com competência por Francisco Miguez. Os destaques, no entanto, são Denise Fraga como a mãe do garoto, e que aqui passa longe daqueles tipos exagerados e irritantes de seus personagens televisivos, Fiuk como o irmão depressivo e a lindinha Gabriela Rocha, que é a melhor amiga do adolescente.

cotação: excelente
Chico Izidro
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O Livro de Eli



A história de O Livro de Eli, dirigido por Allen e Albert Hughes, não é nenhum pouco original. Com Denzel Washington no papel do mocinho, mostra um mundo pós-apocalíptico, ou seja, devastado. Eli circula pelos Estados Unidos carregando um misterioso livro, que é alvo do líder de uma gangue interpretado por Gary Oldman (mais um daqueles atores que ficaram presos a um tipo, neste caso, o do bandido).
O que resta a Eli, mestre em artes marciais e que empunha uma afiada adaga, é dar no pé, mas carregando junto e sem querer a gata Solara (Mila Kunis, do seriado That 70's Show) e que se tornará a sua pupila.
O Livro de Eli não acaba passando de um requentado filme de pós-guerra nuclear, com direito a beber direto em Mad Max, o anti-herói imortalizado por Mel Gibson nos anos 1980. Achei tão perda de tempo, que na época de seu lançamento no cinema escrevi uma crítica e a perdi. Agora, com o dvd chegando às locadoras, obriguei-me a escrever estas mal-traçadas.

cotação: ruim
Chico Izidro
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quarta-feira, agosto 11, 2010

Meu Malvado Favorito



Gru é um vilão atormentado por estar ficando ultrapassado, nunca ter tido sucesso na "carreira" e sempre ter sido motivo de chacota da própria mãe. Em Meu Malvado Favorito, de Pierre Coffin e Chris Renaud, o homenzarrão narigudo e que lembra o Tio Chico, da Família Adams, pretende dar a volta por cima ao roubar a lua, ajudado por um cientista maluco e centenas de homenzinhos engraçados em forma de batatas chamados de minions.
Só que para conseguir o seu intento, ele precisa recuperar uma máquina de redução que está nas mãos de seu maior inimigo, o jovem vilão Vetor (detalhe, Gru e Vetor disputam a invenção criada pelo ditador norte-coreano Kim Jong-Il). Para entrar na fortaleza de Vetor, um nerd de óculos e barrigudinho, Gru adota três pequenas orfãs, Agnes, Margo e Edith. E aí que surge a contradição no ladrão: ou se torna um pai em tempo integral, já que pega um tremendo afego pelas meninas, ou continua na vida de crimes.
Meu Malvado Favorito, nesse sentido, é convencional, visto que cai no lugar comum do cara mau que se dobra a olhinhos suplicantes e marejados de lágrimas. Mas isso, no entanto, não é um desagravo. A história é inteligente, e por vezes incompreensível para as crianças e jovens (atente para a piada sobre a Coreia do Norte ou a do Banco Lehmans Brothers, que faliu em 2008).
A dublagem está perfeita - Gru tem um sotaque mezzo alemão, mezzo italiano. E as piadas são deliciosas...pausa para o momento dramático!
Cotação: excelente
Chico Izidro

@chicoizidro

A Origem



Se há exatos 10 anos Matrix, dos irmãos Wachowski revolucionou o cinema com imagens atordoantes, viagens no tempo e espaço e uma trama envolvente e ao mesmo tempo enigmática, Christopher Nolan (diretor de Batman Begins e Batman - O Cavaleiro das Trevas) não inovou, mas realizou um filme tão instigante quanto em A Origem (Inception).
Nele, Don Cobb (Leonardo Di Caprio) é um especialista em invadir a mente das pessoas enquanto elas estão dormindo para roubar segredos principalmente na área industrial.
Seu grande desejo é voltar para casa, mas isso lhe é proibido, pois em sua terra ele é acusado de ter matado a esposa (a bela francesa Marion Cotillard, de Inimigo Público). Tem a oportunidade de obter seu desejo se fizer um trabalho para o empresário e gangstêr japonês Saito (Ken Watanabe): invadir os sonhos do herdeiro de uma grande corporação interpretado por Cilian Murphy (o Espantalho, de Batman).
Então embarcamos num filme de visual quase psicodélico, com trama complexa e envolvente, onde piscar os olhos pode custar a compreensão de determinada cena.
Di Caprio de certa forma repete seu personagem de A Ilha do Medo, ou seja, está bem, apesar de ainda conservar uma cara de garoto que poderia prejudicar sua atuação em determinados filmes. Os coadjuvantes não ficam atrás, principalmente Joseph Gordon-Levitt (um dos ETS de 30'Rock from the Sun) e Ellen Page (a eterna Juno). E vale destacar o retorno dos sumidos Tom Berenguer e Lukas Haas, o garotinho de A Testemunha (1985).
Cotação: ótimo
Chico Izidro
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O Profeta




O Profeta, da França, foi derrotado pelo argentino O Segredo dos Seus Olhos como melhor filme estrangeiro no Oscar deste ano. E os dois são excelentes longas, cada um ao seu estilo. Em O Profeta, de Jacques Audiard, vemos a podridão das prisões francesas seguindo os passos do franco-árabe Malik El Djebena (o excelente Tahar Rahim), que é condenado a seis anos de prisão. Analfabeto e sem um grupo que o defenda na cadeia, o jovem cai, em termos, nas graças do chefão corso Cesar Luciani (Niels Arestrup, de O Escafandro e a Borboleta e na melhor atuação do filme).
Em troca de um assassinato, El Djebena ganha proteção, mas ao mesmo tempo vira uma espécie de criado da máfia corsa na prisão. Lá dentro, no entanto, o criminoso vai ascendendo, principalmente com o tráfico de drogas e vira um quase-intocável, contando o tempo para acabar sua pena.
O Profeta, resumindo assim, parece não trazer nada de novo. E realmente não traz. Mas é interessante ver uma visão diferente da que estamos a ver de prisões norte-americanas ou de brasileiras, em filmes como Carandiru.
Existe um racismo latente contra os árabes, que a todo momento são chamados de sujos. E não esqueça que a sociedade francesa recebe sempre mais e mais imigrantes vindos de ex-colônias na África, porém eles são desprezados com toda a força. A revolta dos jovens acaba sendo gritante, devido ao desemprego e racismo, o que acaba gerando mais crimes, numa tremenda bola de neve.
Enfim, um ótimo filme para tentar se entender um pouco desta sociedade que ficou marcada pelo lema Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Cotação: ótimo
Chico Izidro
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segunda-feira, agosto 02, 2010

Encontro Explosivo










Encontro Explosivo, de James Mangold, é uma bela sátira aos filmes de 007, As Panteras e Missão Impossível. Sendo que Tom Cruise, astro de MI, mostra-se extremamente confortável no papel de Milner, o espião que é traído por um colega e tem de tentar provar sua inocência. Claro, claro, puro clichê. Ainda mais que ele, inexplicavelmente, carrega em sua louca escapada a destrambelhada June (uma mais do que à vontade Cameron Diaz).
Os dois vivem situações hilárias e inverossímeis, como a cena do boeing, em que Milner mata todos os passageiros e tripulantes, enquanto June está no banheiro. O avião cai numa plantação...e não explode. Ou a sequência da fuga de moto pelas ruas de uma cidade espanhola enquanto touros invadem as ruas e atropelam todo mundo. Só nos resta rir...
Pena que os tradutores tenham mais uma vez batizado o filme no Brasil de forma nenhum pouco original. Em inglês, ele se chama Knight and Day, um trocadilho com noite e dia, ou seja, opostos que se atraem.
Mas enfim, Encontro Explosivo é para ser visto descontraidamente.
Cotação: bom
Chico Izidro
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À Prova de Morte




À Prova de Morte, de Quentin Tarantino, era para ter sido lançado há três anos, junto com Planeta Terror, de Roberto Rodriguez. Como não vingou nos States, ele acabou sendo desmembrado em duas partes. E só agora À Prova de Morte, uma pérola sadomasoquista, é lançado no Brasil.
O filme traz Kurt Russell (Fuga de Nova Iorque) como um psicopata que sai pelas estradas matando, com seu potente carro, garotas indefesas. O problema que até chegar a parte da ação, que realmente interessa, o espectador tem de sportar quase uma hora papo furado dos personagens principais em um bar, bebendo e fumando de tudo. Se passar por isso, prepare-se para perseguições, sangue, tripas e membros decepados.
À Prova de Morte é tosco, por vezes fora de foco, arranhões nas imagens. Tudo proposital. Mss também mostra o maior fetiche de Tarantino: pés femininos, que são mostrados incessantemente. A trilha sonora também é caprichada, com pérolas setentistas.
Cotação: regular
Chico Izidro
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Predadores



Lembro quando fui assistir o primeiro Predador, com Arnold Schwazennegger. De tão ruim, divertido. Agora, passadas maos de duas décadas e várias continuações, incluindo o absurso Aliens x Predador, os monstros caçadores de humanos e com cabelo rastafári voltam a atacar.
Desta vez em Predadores, de Nimród Antal, eles não vem à Terra para caçar. Ao contrário, os alienigenas levam para um planeta desconhecido todo o tipo de seres humanos que, de alguma forma, leva a vida combatendo, sejam soldados, como os personagens de Alice Braga e Adrien Brody, ou um médico, interpretado por Topher Grace (de That's 70'Show e Homem-Aranha), que desde o começo não parece ser o que aparenta...
Os humanos começam a ser caçados e por mais que sintam antipatia um pelo outro, são obrigados a se unir se quiserem sair vivos das armadilhas armadas pelos predadores.
O problema que o roteiro é ruim, previsível e lá no meio do filme esperamos para saber quem será o próximo a ser abatido. Enfim, um filme fraco e que é só um reflexo de seus antecessores.
Cotação: ruim
Chico Izidro
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“QUEER”

Foto: Paris Filmes “QUEER”, dirigido por Luca Guadagnino a partir de um roteiro de Justin Kuritzkes, é baseado em romance homônimo de 1985...