O Sequestro de Um Herói, bem, esqueça o título em português e fixe-se no original em francês Rapt, ou Rapto, primoroso roteiro e direção do belga Lucas Belvaux. Para começar, se você quiser praticar um sequestro, o filme é um belo manual. Tá, esquecendo a brincadeira, O Sequestro de Um Herói é hipnotizante e mesmo nos momentos de ação, nos vemos livres dos exageros das produções da terra do Tio Sam.
O Sequestro de Um Herói gira em torno do empresário Stanislas Graf (Yvan Attal, excelente e sofrendo uma transformação física absurda durante o filme), arrogante, manipulador, mais afetuoso com seu cachorro do que com a mulher e as duas filhas. Achando-se inatingível, acaba sendo raptado. Os sequestradores exigem 50 milhões de euros para libertá-lo. E o seu grupo empresarial não parece muito disposto a pagar a quantia. E enquanto a polícia tenta descobrir detalhes do crime, a imprensa também entra fundo no assunto. E a vida de Stanislas acaba sendo devastada, descobrindo-se que ele é um jogador inveterado, tem várias amantes e se mostra irresponsável para controlar um conglomerado com mais de 100 mil funcionários.
Sem apelar, mesmo que traga cenas fortes, como quando Stanislas tem uma parte do corpo decepado, ou quando os criminosos analisam se assassinam ou não o empresário, O Sequestro de Um Herói mostra ser um excelente thriller de suspense. O final é instigante, exigindo a reflexão do espectador.
Cotação: bom
Chico Izidro
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