quinta-feira, março 15, 2012

Billi Pig

Selton Mello, eu afirmei por diversas vezes, é um dos melhores atores da atualidade no Brasil, ao lado de Wagner Moura e Lázaro Ramos. Porém ele anda desgastado e errando em algumas escolhas. Após o genial O Palhaço, melhor filme nacional de 2011, Selton protagonizou o decepcionante Reis e Ratos e agora a crise se amplia no constrangedor Billi Pig, de José Eduardo Belmonte e que pretende-se uma homenagem as chanchadas, que tanto sucesso fizeram no país entre os anos 1950 e 60. Em clime de galhofa, o vendedor de seguros falido Wanderley (Selton Mello), sua mulher Marivalda, aspirante a atriz (Grazi Massafera) e o padre muito do vigarista Roberval (Milton Gonçalves), tentam aplicar um golpe em um bicheiro interpretado por Octávio Müller. A filha dele foi baleada durante uma festa na favela e encontra-se em coma. Dizem que só um milagre pode tirá-la de tal situação e é isso que o trio propõe ao bicheiro, já que o contraventor ofereceu gorda recompensa a quem salvar a menina. Para tentar recriar aquele clima brega, tudo é muito exagerado. As atuações são horripilantes - a personagem Marinalva conversa com um porco rosa de plástico, o tal Billi Pig do título, que é tipo um guru para a moçoila sonhadora. Os movimentos digitais do bichano são de uma precariedade horripilante. Os coadjuvantes não dizem o que fazem na tela. Preta Gil faz uma doida dona de uma funerária, cujo funcionário é Milhem Cortez, subaproveitado, ele que já interpretou um personagem marcante em Carandiru: um assassino que transforma-se num religioso fanático. E o que dizer das secretárias de Wanderley? uma gorda e uma anã, que ficam se provocando em relação a seus tipos físicos. Piada sem graça. Cotação: péssimo Chico Izidro

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