Marylin Monroe é sem sombra de dúvidas, a mulher mais sexy e desejada de todos os tempos. E mesmo assim era uma solitária, carente, e mesmo tendo todos os homens que quis aos seus pés. Em "Sete Dias Com Marilyn", direção de Simon Curtis e com a lindinha Michelle Williams, são lembrados os transtornos das gravações do romântico O Principe e a Corista, de Sir Laurence Olivier, baseado nas memórias do escritor Colin Clark. Ele conviveu com a atriz no período daquelas filmagens.
A musa queria aquela altura de sua carreira, que já possuia muitos sucessos, ser levada a sério como atriz e não como a gostosona da sétima arte. Nas filmagens de O Principe e a Corista, no original The Prince and the Showgirl, Marylin, recém casada com o teatrólogo Arthur Miller, 20 e poucos anos mais velho, ela entra em choque com Sir Laurence Olivier, astro do teatro inglês e que fazia ali uma no cinema como diretor e ator. Vivido por Kenneth Branagh, igualmente egresso do teatro, Olivier cooptou Marilyn para obter maior visibilidade. Mas ela está em um de seus muitos momentos de insegurança e depressão. Aí entra a figura de Colin Clark (Eddie Redmayne, de A Outra), recém saído da faculdade e de uma rica família inglesa. O seu objetivo é entrar no mundo do cinema e então aceita um emprego de boy e uma de suas tarefas é cuidar da moça, cujo astral anda em baixa, mas cometendo o erro fatal de cair de amores por ela.
Muito do que se vê na tela e talvez nas memórias de Colin Clark tenha sido fruto da sua imaginação de pós-adolescente. Talvez aí impere o charme do filme, pois Marilyn já com 30 anos, era uma mulher perdida, com mentalidade de garotinha (chamava um de seus maridos, o ex-jogador de beisebol Joe DiMaggio de paizinho). E nisso está o trunfo de Michelle Williams (da série Dawson's Creek e ex- mulher de Heath Ledger). Ela não faz uma Marilyn sexy, pois não o é. Com sua carinha de guriazinha, mostra o lado carente, meigo e desesperançado da bombshell, que virava a cabeça dos homens, e não conseguia consertar a sua.
No final, O Principe e a Corista foi um sucesso, mas extenuante para todos. E Marilyn, morta aos 36 anos, tornou-se imortal, até hoje vivendo no imaginário popular. Sir Laurence Olivier, o maior ator teatral de todos os tempos, morreu aos 81 anos, em 1989. As novas gerações não o conhecem, mas ele pode ser visto em Spartacus, em 1960, em Hamlet, de 1948, ou Os Meninos do Brasil, de 1978, vivendo Simon Wisenthal, e Maratona da Morte, de 1976, na pele do nazista Dr. Christian Szell.
Cotação: ótimo
Chico Izidro
quinta-feira, abril 26, 2012
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“QUEER”
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