quinta-feira, maio 23, 2013





O francês "A Datilógrafa", dirigido por Regis Roinsard resgata uma época inocente do cinema lá pelo final dos anos 1950 e início da década seguinte. Todo o visual, o colorido lembram as comédias românticas protagonizadas por Doris Day e Rock Hudson, como por exemplo "Confidências à Meia-Noite (Pillow Talk)".

Era uma época onde as mulheres eram apenas donas de casa, e o máximo que podiam aspirar numa vida profissional era o de serem secretárias. E assim a jovem Rose Pamphyle (Déborah Francis) deixa o pequeno vilarejo, contra a vontade de seu pai, que a queria trabalhando na pquena loja da família, e arranja um emprego numa pequena firma de seguros de propriedade do solteirão por convicção e fumante inveterado Louis (Romain Duris).

A garota é totalmente atrapalhada, mas Louis descobre uma grande virtude nela - a pequena é excepcional datilógrafa, e como Louis é um ex-atleta, a inscreve em competições para ver quem é a datilógrafa mais rápida, enquanto eles vão se apaixonando, mas evitando revelar seus sentimentos um para o outro.


"A Datilógrafa" não traz nenhuma surpresa, é previsível. Mas este é o objetivo - não quer revolucionar, é apenas saudosista. A bonitinha Déborah Francis, de “A Criança”, está perfeita no papel da datilógrafa, com seu ar bobinho, quase ingênuo. E Romain, de “Bonecas Russas”, baixinho, uma dentadura postiça, não tem aquele ar de galã, mas talvez seja proposital. E finalizando, um desavisado pode muito bem achar o filme ter sido feito há 50 anos. Ah, no fundo uma história real, a da invenção da máquina de escrever elétrica.

Cotação: bom
Chico Izidro

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