Thursday, May 09, 2013

“Uma Ladra Sem Limites”



A gordinha Melissa McCarthy, do seriado obeso Mike and Molly, leva novamente o seu humor apelativo para o cinema com “Uma Ladra Sem Limites”, dirigido por Seth Gordon. Ela vive Diana, vigarista que falsifica o cartão de crédito de um executivo meio pé de chinelo de uma grande empresa financeira, chamado Sandy (Jason Bateman, de Hancock), ou seja, um nome de mulher.
O cara, com duas filhas pequenas, a mulher grávida, começa a ver a vida virada do avesso por causa das trampas de Diana, que estoura o limite da conta dele. Sandy vai preso, corre o risco de perder o emprego, afinal como trabalha com investidores, estes desconfiam de sua identidade. O jeito é Sandy correr atrás da gordinha malandra, e fazer com que ela desfaça o mal-entendido, e ele poder ter sua vida de volta.

A partir do momento em que o Sandy verdadeiro encontra a Sandy falsa, “Uma Ladra Sem Limites” vira um road-movie, repleto de incoerências, furos de roteiro e autopiedade com a ladra. Afinal, Diana se veste e se pinta com exagero, come desajeitadamente, é alvo de zombarias das mulheres magras, e é solitária. E apesar de ser esperta e viver de certo modo confortavelmente por causa de suas falcatruas, Diana é uma looser. E dê-lhe piadas escatológicas. Chega a ser insuportável as cenas em que ela ronca, vomita, baba, tropeçar e cair, e transar com, claro, um cara gordo. E na finaleira, “Uma Ladra Sem Limites” apela para os sentimentalismos mais baratos do espectador. A ladra, afinal, tem um bom coração e tudo o que ela queria, afinal de contas, era uma família.

Encerrando, como explicar que um dos personagens seja mordido no pescoço por uma cobra venenosa e saia caminhando, na maior tranquilidade? Ou Sandy e Sandy chegarem a uma cidade num domingo, e irem aplicar um golpe numa empresa em que todos os funcionários estão trabalhando na maior tranquilidade?

Cotação: ruim
Chico Izidro

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