quinta-feira, dezembro 25, 2014

"Êxodo - Deuses e Reis"

Ridley Scott fez uma superprodução em "Êxodo - Deuses e Reis", ao contar a vida do profeta Moisés e de seu irmão adotivo Ramsés. Ao contrário do blockbuster "Os Dez Mandamentos, dirigido por Cecil B. DeMille em 1956 e estrelado por Charlton Heston, aqui a história já começa com os dois adultos e partindo para uma batalha, onde Moisés salva a vida de Ramsés, que esconde um ciúme profundo do irmão, que é o preferido do faraó Seti (John Turturro).

Moisés (Christian Bale), no entanto, era judeu e não sabia, tendo sido criado ao lado de Ramsés (Joel Edgerton). Mas sua origem é entregue ao principe, agora faraó, por um governador egípcio. Moisés é expulso e vagará pelo deserto, até tornar-se pastor e desposar Zipora. Anos depois, recebe um chamado de Deus, que surge para ele na forma de uma criança, onde deveria retornar ao Egito e lutar pela libertação do seu povo, que vive já há 400 anos na escravidão.

"Êxodo - Deuses e Reis" mostra os judeus se reunindo para se libertar do jugo escravocata dos egípcios como se fossem terroristas - as cenas lembram muito o que fizeram os judeus nos anos 1940 na Palestina, com sabotagens e ataques surpresas. Logo depois, sem ver a tão desejada liberdade, Deus envia as dez pragas - sensacionais efeitos especiais, desde os crocodilos no Nilo, os gafanhotos, as moscas, os sapos, o sangue na água.

As construções das cidades egípcias, as pirâmides são outro trunfo do filme, assim como a cena da travessia do Mar Vermelho, que aqui tem uma explicação mais científica - seria um enorme tsumami.
Bale (Batman - O Cavaleiro das Trevas) faz um ótimo Moisés, mas não sei se pode ser comparado ao ícone Charlton Heston. Ramsés é interpretado pelo australiano Joel Edgerton, de "A Hora Mais Escura". O filme conta ainda com as presenças de Ben Kingsley, Sigourney Weaver e Aaron Paul. O diretor Ridley Scott foi muito criticado ao escalar atores brancos nos papéis dos egípcios, mas se pensarmos que todo o filme é falado em inglês e sem sotaque, é uma bobagem imensa.

Cotação: bom
Chico Izidro

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