quinta-feira, janeiro 26, 2017

"Até o Último Homem" (Hacksaw Ridge)



Mel Gibson voltà à direção com um filmaço de guerra, o excelente "Até o Último Homem" (Hacksaw Ridge), retratando eventos reais ocorridos na II Guerra Mundial. O filme segue, no entanto, a cartilha do ator australiano - muita violência, muito sangue, muita dor (vide o seu sanguinolento "A Paixão de Cristo").

A história narra a vida do soldado Desmond Doss (vivido pelo ex-Homem-Aranha Andrew Garfield), que se recusa a usar armas e tem como única intenção ir à guerra para salvar os companheiros feridos. Ele é chamado de Opositor Consciente, por achar que o uso de armas e matar vai contra as leis de deus.

O filme é dividido em três partes - na primeira vemos a infância e adolescência de Desmond, vivendo sob os rigores de um pai violento e alcoolatra e uma mãe paciente e protetora, e com a companhia do irmão. Na segunda parte vemos o protagonista partir para os treinamentos após ter se alistado e deixar para trás a namorada Dorothy Schutte, interpretada pela bela Teresa Palmer - esta parte do filme lembra muito o genial "Nascido Para Matar", de Stanley Kubrick, por causa dos treinamentos rigorosos, os colegas de farda, os comandantes. E é no quartel que os ideais religiosos de Desmond começam a entrar em choque com as leis do exército.

Finalmente, o longa chega a sua parte mais violenta, quando os soldados são enviados para a ilha de Okinawa, no Pacífico, para combater o exército japonês e seus fanáticos soldados. E vem daí o nome original do filme, Hacksaw Ridge, que é a cordilheira que os norte-americanos devem escalar para vencer a resistência inimiga. Então Mel Gibson não poupa cenas de violência, de corpos despedaçados, trespassados, explodidos. Enfim, o verdadeiro inferno na Terra.

Só fica uma dúvida: é um filme pacifista ou um filme pró-guerra? Bem, devido ao caráter de seu protagonista, parece sim mais uma obra anti-armamentista.

Duração: 2h20min

Cotação: ótimo
Chico Izidro

"Quatro Vidas de Um Cachorro" (A Dog's Purpose)




"Quatro Vidas de Um Cachorro" (A Dog's Purpose), dirigido pelo sueco Lasse Hallström, é um filme tocante, ainda mais devido aos seus protagonistas, cães de várias raças, fofinhos e que arrancam suspiros. Na história, esses cães são apenas um, que reencarna várias vezes, na realidade cinco e não quatro, como o título nacional sugere. E sempre evocando a amizade de um cão com seu dono.

A história é narrada totalmente pela perspectiva do próprio cachorro, que narra em off as suas vidas, desde os anos 1950, quando é adotado pelo garoto Ethan numa típica cidadezinha interiorana americana. Os dois seguem juntos até o começo da idade adulta de Ethan - eles se separam quando o já homem vai para a faculdade.

Depois, o filme dá um salto no tempo e chega aos anos 1970, quando o cão agora é um pastor alemão e fêmea, chamada de Ellie, e trabalha para a polícia de Chicago. Na sequência, o cão em sua quarta vida, atende pelo nome de Tino e é adotado por uma garota solitária, que aos poucos vai construindo uma família. Tino se encanta com uma cadela e vê a dona se casando e tendo filhos com o dono de sua enamorada. Os anos passam e após mais uma morte, o cão volta e vira propriedade de uma garota maltratada pelo namorada, que despreza o bicho - que sempre tem Ethan em suas memórias de várias vidas.

"Quatro Vidas de Um Cachorro" é bem construído, não caindo nas armadilhas fáceis de apelação, mostrando as parcerias do cão com seus donos ao longo de várias décadas e com um final belo e emocionante.

Duração: 1h35min

Cotação: bom
Chico Izidro

"Beleza Oculta" (Collateral Beauty)



"Beleza Oculta" (Collateral Beauty), dirigido por David Frankel, retrata o drama de um bem sucedido publicitário, Howard (Will Smith), que após sofrer uma tragédia - ele perde a filha pequena, vítima de câncer -, entra em profunda depressão e passa a questionar as leis, a morte, o amor e o tempo, que regem o universo. Além disso acaba se isolando dos amigos e colegas, e ameaça quebrar a empresa que dirigia.

Os sócios, vividos por Kate Winslet, Edward Norton e Michael Peña, então, acham ter encontrado uma solução para salvar o amigo e os negócios. Eles contratam três atores, que vão interagir com Howard e tentar trazê-lo de volta à vida e a realidade. O amor (Keira Knightley), o tempo (Jacob Latimore) e a morte (Helen Mirren) aparecem para Howard, que não sabe estar falando com atores, mas sim com as leis da natureza. Eles tentam mostrar que o publicitário tem de buscar viver, não se entregar.

O destaque fica por conta da atuação de Helen Mirren, que se sobressai, ainda mais sobre a fraca Keira Knightley, peça mais fraca da engrenagem. Já Winslet, Peña e Norton entregam belas atuações. Quanto a Will Smith tem a capacidade de transmitir muita dor e sofrimento, com seus olhares francos e desesperados.

Para quem já passou por uma depressão, "Beleza Oculta" mostra bem que não é tão fácil assim de tentar voltar a viver. Pelo contrário, a pessoa deseja a morte, já que é uma dor não física, mas que incomoda muito. Porém no final mostra de forma sutil que sempre existe uma saída.

Duração: 1h37min

Cotação: bom
Chico Izidro

"Paraíso" (Paradise)



Filmado em preto e branco, para retratar bem o período em que transcorre e que em nossa memória visual não tinha mesmo cores, e meio que em forma de documentário, "Paraíso" (Paradise), direção de Andrei Konchalovsky, mostra os horrores da II Guerra Mundial sob três óticas diferentes.

No filme, vemos as vidas de três pessoas que acabam se cruzando: a aristocrata russa Olga (Yuliya Vysotskaya), que por suas atividades na resistência francesa e por esconder judeus, é enviada a um campo de concentração, o oficial nazista Helmut (Christian Clauss), que acaba se envolvendo com Olga, antes e durante o conflito, e o policial francês Jules (Philippe Duquesne), que se envolve com as forças de repressão alemã, servindo como colaboracionista.

Os três aparecem dando depoimentos, contando sobre suas vidas e como se envolveram com o conflito mundial - a impressão que temos é que eles estão sendo interrogados. E enquanto isso acontece, suas vidas são dramatizadas. É um filme soturno, ainda mais por causa da ausência de cores, pesado e em ritmo lento, mostrando os horrores do Holocausto - as cenas no campo de concentração são deseperadoras.

Duração: 2h10min

Cotação: ótimo
Chico Izidro

"Resident Evil 6: O Capítulo Final" (Resident Evil: The Final Chapter)



Após cinco filmes, a franquia "Resident Evil" garante ter seu final em "Resident Evil 6: O Capítulo Final" (Resident Evil: The Final Chapter), direção de P.W.S. Anderson, após 15 anos. O filme original é de 2002!!!, sempre com Milla Jovovich como protagonista.

Agora, Alice (Milla Jovovich) tem 48 horas para chegar em Raccoon City, sede da famigerada Umbrella Corporation, para tentar salvar a raça humana, que está para ser exterminada. A heroína se unirá a antiga aliada Claire (Ali Larter) e vários outros sobreviventes do apocalipse zumbi. Para combater os mocinhos aparecem os vilões Dr. Alexander Isaacs (Iain Glen) e Albert Wesker (Shawn Roberts), com atuações extremamenet canastronas.

"Resident Evil 6: O Capítulo Final" é mais focado em terror e ação do que em ficção científica, que vinha sendo a ótica dos últimos filmes, entregando várias cenas violentas e assustadoras - principalmente quando aparecem as hordas de mortos-vivos perseguindo os humanos, num clima The Walking Dead. E apesar de prometer ser o último filme da franquia, o final deixa um gancho para uma sequência.

Duração: 1h47min

Cotação: bom
Chico Izidro

quinta-feira, janeiro 19, 2017

"La La Land - Cantando Estações" (La La Land)



Sempre escutei as pessoas falarem mal de musicais. Então passava longe. Até que um dia estava em casa, acamado, e numa era pré-TV a cabo, era obrigado a engolir tudo que passava na Sessão da Tarde e naquele dia foi anunciado "Cantando na Chuva". Pensei, p..., o que será de mim? Mas de graça, vamos lá. Bem, quando acabou o filme eu estava maravilhado, de boca aberta. Depois vieram "A Noviça Rebelde", "Sete Noivas para Sete Irmãos", "Marujos do Amor", entre outros, até o melhor de todos, "Um Violinista no Telhado".

Então o estilo sofreu uma queda nos últimos anos, apesar de "Chicago", "Encantada",
"Mama Mia", "Os Miseráveis" e as animações da Disney. Até que agora chega "La La Land – Cantando Estações", de Damien Chazelle, que de certa forma recupera aquele clima dos anos 1940/50. As canções e a trama mostram um passado quase ingênuo de Hollywood, que costuma devorar muitos daqueles que vão em busca da fama e riqueza.

Ao longo de quatro estações do ano, e muitos deles, acompanhamos os encontros e desencontros do casal Mia (Emma Stone) e Sebastian (Ryan Gosling). Ela trabalha em uma lanchonete no interior de um estúdio cinematográfico e sonha em ser atriz, fazendo vários testes, que nunca acabam bem. E ele é um pianista que ama jazz e quer abrir um bar temático, enquanto é despedido de outros por querer tocar músicas de seu agrado e não dos donos dos locais, e vai sobrevivendo como músico de aluguel - numa divertida passagem, Sebastian aparece numa festa vestido de new wave, tocando sucessos oitentistas, como I Ran, do Flock of Seaguls.

A abertura é outro primor, com um longo plano sequência acompanhamos vários dançarinos numa das principais vias de acesso a Los Angeles, a cidade devoradora de sonhos. E logo, logo, somos apresentados ao par principal, que mostra uma química fantástica. Enfim, um casal simpático e que passará por vários desentendimentos e entendimentos durante o musical, que agradará facilmente.

Duração: 2h18min

Cotação: ótimo
Chico Izidro

"Manchester à Beira-Mar" (Manchester by the Sea)



Um filme que carrega uma carga emotiva muito grande, "Manchester à Beira-Mar" (Manchester by the Sea), com direção de Kenneth Lonergan, mostra que por mais que tentemos deixar o passado para trás, ele quase sempre estará presente, trazendo fantasmas que queremos enterrar.

O zelador faz-tudo Lee Chandler (Casey Affleck), na história, mostrada com muitos flash-backs, onde vamos entendendo o que aconteceu com ele e seus familiares, tem de deixar o trabalho em Boston por alguns dias e retornar à cidade natal, a litorânea Manchester. Seu irmão mais velho, vivido por Kyle Chandler, tinha uma doença congênita, morreu e Lee fica sabendo que terá de ser o responsável pelo sobrinho adolescente Patrick (Lucas Hedges), já que a mãe do garoto o abandonou há alguns anos. Então é quando começam a surgir os problemas da guarda.

Lee teria de voltar a fixar residência na cidadezinha, mas nada é tão fácil assim - como será explicado ao longo do filme e que não cabe contar aqui. Em determinado momento, o protagonista olha para o sobrinho e desabafa: "O passado não quer me abandonar".

Casey Affleck apresenta um personagem perturbado, mas que ao mesmo tempo traz empatia. Sofrido, calado - ele tem dificuldades de relacionamento e de se expressar por causa do trauma que carrega. Patrick é o seu oposto, um garoto cheio de vida, que coleciona namoradas e a simpatia de todos em Manchester.

"Manchester à Beira-Mar" é um filme, que com crueza, mas realista, mostra o peso que se enfrenta ao lidar com traumas. E ainda conta com atuações incríveis.

Duração: 2h18min

Cotação: ótimo
Chico Izidro

"Os Penetras 2: Quem Dá Mais?"



O ano mal começou e já temos um dos candidatos a pior filme do ano: "Os Penetras 2: Quem Dá Mais?", direção de Andrucha Waddington. A história mostra o carente Beto (Eduardo Sterblitch), que acabou de sair do hospício e vai ao velório do amigo Marco (Marcelo Adnet) – que havia lhe aplicado um golpe no primeiro filme. Após o velório, Beto é atropelado pelo milionário Santiago (Danton Mello), que o ajuda levando-o até sua casa. Beto então passa a ver o espírito de Marco ao seu redor, que começa agora a tentar guiar Beto e Nelson (Stepan Nercessian) a aplicarem um golpe em Santiago.

Logo entram na história a trambiqueira Laura, interpretada por Mariana Ximenes e também um milionário russo, Oleg (Mikhail Bronnikov). Todos querendo enganar a todos, tentando aplicar um golpe milionário. E situações completamente inverossímeis, num verdadeiro samba do crioulo doido. Nada funciona, roteiro, nada, resta apenas o constrangimento alheio. As atuações são dolorosas, com o ex-pânico Eduardo Sterblitch se mostrando um careteiro de marca maior, tentando talvez bater o histrionismo do ex-gordinho Leandro Hassum. Tentando dar sequência a uma franquia, Andrucha acaba errando muito.

Duração: 1h27min

Cotação: péssimo
Chico Izidro

quinta-feira, janeiro 12, 2017

"A Criada" (The Handmaiden)



Chan-wook Park é um dos grandes nomes do cinema sul-coreano, e a sua obra mais conhecida no Brasil talvez seja "Old Boy", de 2003. "A Criada" (The Handmaiden), baseado no romance Fingersmith, de Sarah Waters, faz uma dramatização excelente do período em que o Japão dominava a Ásia no começo dos anos 1930. Neste caso a Coreia, com a história contada em três partes.

Na primeira parte vemos o Conde Fujiwara (Ha Jung-woo), que envolve a jovem Sook-hee (Kim Tae-ri) num golpe. Ele pretende casar com a rica japonesa Lady Hideko (Kim Min-hee), e para tanto, coloca Sook-hee na mansão da garota milionária, para saber seus passos, e para que a criada induza a patroa a se apaixonar por ele.

Mas na segunda parte, vemos uma reviravolta, com Lady Hideko se apaixonando por Sook-hee. E na terceira parte, na conclusão, a tentativa de fuga das duas jovens apaixonadas. Afinal, estamos na década de 1930, época nada agradável para um relacionamento gay.

Mas não é uma história apenas de lesbianismo. Envolve intriga, conspirações, entregas. Tudo mostrado com muita intensidade, numa narrativa envolvente. E com figurinos exuberantes, belas atrizes, reconstituição de época rigorosa.

Duração: 2h31min

Cotação: ótimo
Chico Izidro

"Assassin's Creed"



Acho que já escrevi antes, mas não custa repetir. Nunca joguei videogame na vida, não tenho a mínima ideia e a mínima vontade de jogar. Então um filme como "Assassin's Creed", dirigido por Justin Kurzel, não me emociona, e pior, até me tira a paciência. Sendo que filmes baseados em videogames costumam, em sua grande maioria, serem ruins. E este não não fica atrás. Apesar de ter em seu elenco grandes atores, como Michael Fassbender, Jeremy Irons e Marion Cotillard.

A história mostra duas sociedades secretas: os assassinos, que lutam pelo livre arbítrio da humanidade, e os Templários, que estão querendo criar uma nova ordem mundial, acabando com a violência e controlando as pessoas.

Então surge o personagem Callum Lynch (Michael Fassbender), um homem condenado à morte que é levado para a Fundação Abstergo em Madri, na Espanha, para ser submetido a uma experiência genética conduzida pela cientista Sofia Rikkin (Marion Cotillard). Ela é filha do diretor da empresa, Alan Rikkin (Jeremy Irons). E a fundação é uma fachada para que os Templários possam atuar nos dias de hoje.

Durante as experiências, Callum descobre ser descendente direto de Aguilar de Nerha, um assassino espanhol do século XV. E durante a ação, ele tem de evitar que um artefato antigo caia nas mãos dos Templários.

A trama se passa em dois tempos, presente e passado. E ai acaba o charme do filme, que passa a ser um amontoado de cenas de ação, com lutas, correrias, personagens subindo e correndo por construções antigas. Na décima vez, o espectador já está com a paciência esgotada. Não serve nem para sessão pipoca. Mas talvez agrade aos fãs dos jogos eletrônicos.

Duração: 1h56min

Cotação: ruim
Chico Izidro

quinta-feira, janeiro 05, 2017

"Passageiros" (Passengers)



Uma ficção científica que até começa bem, mas aos poucos vai perdendo força e caindo na armadilha dos romances hollywoodianos. É assim "Passageiros" (Passengers), dirigido por Morten Tyldum, com dois protagonistas carismáticos, Chris Pratt e Jennifer Lawrence.

Em uma viagem de 120 anos até um planeta distante, com as mesmas características da Terra, viajam em estado de sono criogênico 5 mil pessoas e mais alguns tripulantes. Porém a nave se choca com uma chuva de asteróides, acordando o mecânico Jim (Pratt). O problema é que ele só ficou adormecido por apenas 30 anos. Ou seja, tem mais 90 anos de viagem. Jim se vê então numa cilada, pois está destinado a morrer solitário, senão enlouquecido. Sua única companhia é o robô garçom Arthur (interpretado pelo sempre excelente Michael Sheen).

Jim passa os dias tentando quebrar o tédio. Joga basquete, dança, escolhe a melhor suíte da nave para dormir. Mas não se barbeia mais, não se lava. Passa-se um ano e alguns meses. Até o dia em que se depara com uma das adormecida passageira, a escritora Aurora Lane (Jennifer Lawrence). Ele começa a investigar sobre ela, e acaba se apaixonando. Então começa a pensar: e se ele a acordasse para que ela lhe fizesse companhia?

Chegamos a uma espécie de Bela Adormecida, Robinson Crusoé, passando para Adão e Eva. Mas se Jim acordar Aurora, também estará condenando a garota a morrer sem chegar ao destino. Até então o filme estava reflexivo, falando sobre ética, egoísmo. E acaba caindo na vala comum dos romancezinhos baratos, com Jim escondendo um segredo poderoso, que a qualquer hora pode ser desmascarado por Aurora. E tudo vai perdendo a graça. Até ela inexplicavelmente se apaixonar pelo mecânico. Pena.

Duração: 1h57min

Cotação: regular
Chico Izidro

"Moana: Um Mar de Aventuras" (Moana)



A Disney não tem apenas heroínas loirinhas e lindas. Também tem espaço para outras etnias, como a chinesa Mulan, a negra Tiana e a indígena Pocahontas. Agora chega a vez da polinésia Moana, em "Moana: Um Mar de Aventuras" (Moana), animação dirigida por John Musker e Ron Clements. Ela não é uma princesa, mas é a filha do chefe de uma tribo. Corajosa, inteligente, desbravadora, quer conhecer o mar, viajar pela Oceania. Mas seu pai não deixa ela fazer o que quer, pois teme o que pode estar além dos recifes.

Então a aldeia começa a passar por dificuldades, e Moana descobre que tem de devolver uma pedra - o coração da deusa Te Fiti - em seu lugar. Para tanto, desobedece o pai e parte para o alto-mar, quando encontra o semi deus Maui, que ganhou um anzol mágico dos deuses e assim tem o poder de se transformar em qualquer animal. Além do que foi Maui quem roubou o coração de Te Fiti. Os dois se unem para completar a missão. Bem que Maui é meio mimado, medroso e a toda hora muda de ideia.

Ah, o filme está repleto de canções - é quase um musical. Sendo que a animação é excelente, a narrativa ágil, deixando "Moana: Um Mar de Aventuras" muito divertido, repleto de personagens interessantes, bem construídos e com profundidade.

Duração: 1h47min

Cotação: ótimo
Chico Izidro

"Dominação" (Incarnate)



"Dominação" (Incarnate), dirigido por Brad Peyton, é um filme de terror ruim, com atuações precárias e momentos de puro constrangimento. A trama segue as ações do exorcista Seth Ember (Aaron Eckhart), que perdeu a família e ficou paraplégico em um acidente provocado por um demônio, que ele persegue incessantemente. Seth criou uma maneira de expulsar os demônios dos possuídos - ele entra no subconsciente da vítima e a convence de que ela está em uma espécie de transe, tendo sua realidade controlada pela entidade maligna.

O filme trata então da posse do demônio do corpo de um garoto de 11 anos, que Seth deve ajudar. E aí a chupação de outra obra de terror, "Sobrenatural". E o longa vai se arrastando, não proporcionando nenhum susto, com diálogos horríveis, efeitos especiais beirando o tosco. E a gente fica ali torcendo para que o final chegue logo.

Aaron Eckhart é um bom ator, mas talvez tenha entrado nesta para pagar o aluguel ou a pensão dos filhos. Ele não convence em nenhum momento, ainda mais mal dirigido por Brad Peyton.

Duração: 1h31min

Cotação: ruim
Chico Izidro

“QUEER”

Foto: Paris Filmes “QUEER”, dirigido por Luca Guadagnino a partir de um roteiro de Justin Kuritzkes, é baseado em romance homônimo de 1985...