quinta-feira, agosto 16, 2018

"Mentes Sombrias" (The Darkest Minds)



"Mentes Sombrias" (The Darkest Minds), dirigido por Jennifer Yuh Nelson, é mais uma adaptação de Hollywwod para um livro para adolescentes na mesma linha de "Divergente", "Maze Runner", "A 5ª Onda", entre outros. Ele é a primeira obra da trilogia da escritora Alexandra Bracken, e pode ser resumida como "X-Men" se mistura com "Jogos Vorazes".

Tendo a jovem Ruby (Amandla Stenberg) como protagonista, a história se passa em um Estados Unidos pós-apocalíptico, onde 98% das crianças morreram por causa de um vírus. As sobreviventes acabaram desenvolvendo poderes sobre-humanos, e acabam sendo caçadas pelo governo, que as coloca em uma espécie de campo de concentração.

As crianças são divididas em cores, que simbolizam seus superpoderes: o verde são para as que adquirem inteligência como poder; azul são as que possuem poderes de telecinese; amarelo para as crianças com poderes de eletricidade; as Laranja conseguem controlar as mentes e finalmente os vermelhos controlam quase tudo, principalmente o fogo.

Ruby é levada para um campo ainda bem pequena, mas ao chegar no começo da adolescência é ajudada por Cate uma médica, vivida por Mandy Moore, a fugir. E ela vai se unir a um grupo de jovens que anda pelas estradas a procura de um refúgio seguro.

"Mentes Sombrias", enfim, é uma reciclagem de tudo o que já foi feito - mas fica a pergunta, qual filme nos dias de hoje consegue ser original? Enfim, os fãs do gênero ficação científica deverão se agradar do longa, que até mostra personagens simpáticos.

Duração: 1h44
Cotação: bom

Chico Izidro

"Você Nunca Esteve Realmente Aqui" (You Were Never Really Here)



Lembrando de certa forma "Taxi Driver", "Você Nunca Esteve Realmente Aqui" (You Were Never Really Here), direção de Lynne Ramsay, traz muita violência, mas ela não chega de forma gratuita. E de bônus uma grande atuação de Joaquin Phoenix, que inclusive ganhou o prêmio de melhor ator em Cannes pelo seu papel de Joe, um veterano de guerra atormentado por suas lembranças de infância.

Joe traz no corpo as cicatrizes de seu sofrimento. É um homem de 40 e poucos anos, que ainda vive com a mãe - fã de filmes de terror. Ele trabalha resgatando mulheres presas em cativeiros trabalhando como escravas sexuais. Seu método de agir é implacável e ele praticamente não tem problemas em concluir suas tarefas. Até o dia em que é contratado por um senador, que teve uma filha menor de idade sequestrada e que se encontra presa em um prostíbulo. "Me disseram que você é brutal", questiona o político. "Eu posso ser", responde Joe, de forma fria. "Eu quero que você os machuque", pede o senador.

Logo depois, Joe para numa ferragem, compra fita adesiva, martelo, corda e vai estudar o local onde se encontra a garota. E a invasão do local é feita de forma brutal, e como disse no início do texto remete a Robert de Niro invadindo o bordel para salvar Jodie Foster. Mas a partir do salvamento da menina, as coisas começam a dar errado, e as pessoas próximas a Joe passam a ser assassinadas. A partir daí, ele vai começar a conectar os pontos para tentar escapar com vida e achar quem são os assassinos.

"Você Nunca Esteve Realmente Aqui" (You Were Never Really Here) é um filme de poucos diálogos, mas de muita expressão corporal, principalmente de Phoenix, mestre em apresentar personagens atormentados. Joe é mais um em sua galeria.

Duração: 1h29
Cotação: ótimo

Chico Izidro

quinta-feira, agosto 09, 2018

"Megatubarão" (The Meg)



Uma expedição em águas profundas no oceano é atacada por algo desconhecido. O mergulhador especializado em resgates Jonas Taylor (Jason Statham) é chamado para tentar salvar os cientistas que ficaram presos no submarino. Ele aceita a missão meio contrariado, pois anos antes acidente semelhante havia ocorrido e para salvar algumas pessoas, Jonas sacrificou outras, sendo visto como covarde. Ningém quer acreditar nele...mas algo muito perigoso se encontra lá fora!!!

"Megatubarão" (The Meg), dirigido por Jon Turteltaub, é baseado em um livro escrito por Steve Alten, e apresenta Jonas em nova missão e tentando provar não ser um covarde. Após sair de sua aposentadoria forçada, ele ase encontra em uma instalação em alto mar de tecnológica de ponta financiada pelo bilionário Morris (Rainn Wilson, do seriado The Office). Lá vai ajudar no resgate aos cientistas, mas verá também o aparecimento de uma fera pré-histórica que se achava extinta, o Megalodonte, um gigantesco tubarão que atinge 27 metros de comprimento e é extremamente voraz.

O embate entre homens e a criatura são simplesmente de tirar o fôlego, com efeitos especiais excelentes. E existe espaço para o herói, o inteligente, mas também aparecem os personagens clichês - o empresário, que se mostra inescrupuloso, o piadista, a criança em perigo, o expert em informática, o personagem que se sacrifica pelo grupo. E apesar de aparecer um clima de romance no ar entre Jonas e a cientista Suyin (Li Bangbang), ele nunca é concretizado.

"Megatubarão" poderia ser mais violento do que é mostrado na tela, mas o diretor, o mesmo de "A Lenda do Tesouro Perdido" decidiu cortar muiras cenas sangrentas por causa da censura!!! E depois de muito suspense em sua primeira parte - ele aprendeu muito com Steven Spielberg em não mostrar muito a criatura, que está ali, mas não é vista, em sua parte final, Turteltaub apela para a comédia, descaracterizando um pouco a sua obra. Enfim, "Megatubarão" é um filme de altos e baixos, mas não deixa de ser bom entretenimento.

Duração: 1h53
Cotação:bom

Chico Izidro

"Vidas à Deriva" (Adrift)




"Vidas à Deriva" (Adrift) é dirigido por Baltasar Kormákur (do também catastrófico Everest), e é baseado em livro homônimo escrito por Tami Oldham, que viveu a experiência, mas que navega até hoje e também produtora do filme. E o longa, com uma história que várias pessoas aventureiras já enfrentaram, ou seja, não é novidade, mas é envolvente, mostrando uma narrativa de sobrevivência.

Os eventos ocorridos no longa se passam em 1983, no Oceano Pacífico, e mostram uma viagem de barco feita pelo casal Tami Oldham (Shailene Woodley) e Richard Sharpp (Sam Claflin). Os dois, de espírito aventureiro, se conheceram e se apaixonaram no Taiti. Ela americana e ele inglês. E recebem uma oferta de um outro casal de levar u m barco para San Diego na Califórnia, recebendo 10 mil dólares pelo trabalho. Eles topam, mas no meio da viagem são surpreendidos por uma terrível tempestade, perdendo contato com o mundo, e o barco à beira de afundar.

A trama é apresentada em dois momentos - antes e durante os mais de 40 dias que eles ficaram perdidos no Oceano Pacífico, tentando sobreviver as intempéries, economizando água e comida, e tendo alucinações.

O resultado de "Vidas à Deriva" é excelente, com uma história envolvente, que faz o espectador prender a respiração - ainda mais se ele não tiver conhecimento prévio dos fatos reais. Destaque ainda para as atuações seguras de Shailene Woodley e Sam Claflin, que apresentam total química em cena, além de mostrarem parecer conhecer muito como é o trabalho naval.

Duração: 1h36
Cotação: ótimo

Chico Izidro

"Acrimônia - Ela Quer Vingança" (Acrimony)



Acrimônia é sinônimo de acerbidade, acidez, acridade, aspereza, azedo, azedume, mordacidade, severidade, modo de agir de quem é indelicado. "Acrimônia - Ela Quer Vingança" (Acrimony) também é o título do filme de Tyler Perry estrelado por Taraji P. Henson, do seriado Empire.

A primeira parte do filme é muito boa, mostrando Melinda (Taraji) relatando para uma terapeuta a pedido de um juiz sua vida com o engenheiro Robert (Lyriq Bent) - a protagonista deve tratar sua raiva e comportamentos excessivamentre agressivos sob pena de ir presa. Em flash-back, fica-se sabendo que Melinda passou o inferno com o marido, que ela conheceu na faculdade e que sustentou em boa parte da vida. Ele criou o projeto de uma bateria capaz de mudar o mercado de energia elétrica e passou anos aperfeiçoando a ideia, enquanto que ela gastou toda a herança recebida da mãe para ajudar Robert.

Ao ouvir a versão de Melinda é fácil achar um culpado pelo fracasso do relacionamento - o abusivo e malemolente Robert. Porém aos poucos uma outra versão vem à tona, mostrando que Melinda não era assim tão flor que se cheirasse, além de ter uma família que se intrometia em tudo.

Porém tudo começa a desandar quando depois da separação, Robert fica milionário ao conseguir vencer sua invenção e aparecer noivo de outra mulher. Melinda fica possessa, pois acha que ela deveria, depois de anos de sofrimento, estar levando a vida que a outra mulher agora estava vivenciando.

E esta segunda parte do filme põe tudo a perder. O filme se torna uma cópia barata de "Atração Fatal", com um climax totalmente sem sentido, previsível. A resolução da trama é decepcionante, depois de segurar o espectador por quase duas horas.

Duração: 2h
Cotação: regular

Chico Izidro

"A Aparição" (L‘Apparition)



"A Aparição", do diretor Xavier Giannoli, tem um título que remete a um filme de terror ou suspense, mas a impressão é equivocada. A trama trata de religião, de fé, e para quem não acredita é simplesmente uma tortura passar por suas mais de duas horas - que beiram o tédio.

A história tem como foco o jornalista Jacques Mayano (Vincent Lindon), ateu, mas vivendo momento de crise após ter perdido um colega fotógrafo em uma emboscada na Síria. Ele é contatado pelo Vaticano para ajudar numa investigação, através de seu olhar neutro - uma jovem de 18 anos, Anna (Galatéa Bellugi), alega ter vista a Virgem Maria em pessoa em sua aldeia no sul da França. O local logo se torna centro de peregrinação e até mesmo de comércio.

"A Aparição", como é chamado pela igreja quando alguém alega ter testemunhado a presença da Santa Maria, mãe de Jesus Cristo, acompanha assim o trabalho deste jornalista - um homem acostumado a lidar com fatos concretos, mas que precisa tentar entender como funciona a mente das pessoas que têm religião e acreditam em deus.

O resultado do filme beira a frustração. Arrastado, com roteiro por vezes confuso, mesmo que faça uma leve crítica ao mercantilismo oportunista e o abuso da igreja em relação a fé de seus fiéis.

Duração: 2h17
Cotação: ruim

Chico Izidro

sexta-feira, agosto 03, 2018

"Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo" (Mamma Mia! Here I Go Again)




Bem, tive uma semana para pensar depois de ter assistido "Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo" (Mamma Mia! Here A Go Again), a continuação do sucesso musical de 2008 "Mamma Mia", que teve no papel principal Meryl Streep. Com direção de Ol Parker, a história segue com Sophie (Amanda Seyfried) sofrendo o luto pela morte de Donna (Meryl Streep) e prestes a reinaugurar o hotel da mãe numa ilha paradisíaca na Grécia.

Saí incomodado da sala de cinema por causa do histerismo de alguns coleguinhas críticos, que agiram como estivessem em sessão normal, berrando, batendo palmas. Tudo bem, as músicas do Abba são legais, já perderam aquela pecha de bregas usadas em épocas passadas. Mas menos, né...

Toda a trama é baseada nas músicas do grupo pop sueco, que teve enorme sucesso nos anos 1970. Vai de When I Kissed The Teacher, passando por Waterloo, I Have A Dream, Knowing Me, Knowing You, Dancing Queen, Fernando, Super Trouper, The Day Before We Came, entre outras.

Sophia ainda está de luto, vê o casamento com Sky (Dominic Cooper, do seriado Preacher ) meio abalado, pois ele se encontra em Nova Iorque fazendo um curso de hotelaria, e nem um pouco disposto a voltar. E só tem o apoio de um dos seus três pais, Sam (Pierce Brosnan), na empreitada do hotel, já que os outros dois, Harry (Colin Firth), Sam (Pierce Brosnan) e Bill (Stellan Skarsgard) não poderão aparecer.

Então a história volta no tempo, mais exatamente a 1979, mostrando como Donna, vivida na juventude por Lilly James, partiu para o mundo, após ter se formado, e foi parar na Grécia. Este remember é a melhor parte do filme, pois apresenta uma excepcional reconstituição de época e onde os atores conseguem cantar direitinho, o que já não acontece com o pessoal que vive na época atual.
Aliás, existe um erro cronológico, pois se Donna ficou grávida de Sophia no começo dos anos 1980, a menina teria 38 anos, e não 25 como afirma um dos personagens durante o filme!!! E como Pierce Bronsnan não consegue acertar o passo durante as danças...

Duração: 1h53
Cotação: bom

Chico Izidro

“Downton Abbey: O Grande Final” (Downton Abbey: The Grand Finale)

Foto: Universal Pictures "Downton Abbey: O Grande Final” (Downton Abbey: The Grand Finale), direção de Simon Curtis, promete ser o últ...