quinta-feira, outubro 15, 2009

DISTRITO 9






O apartheid foi uma mancha na África do Sul que ainda hoje, passados mais de uma década e meia de seu término, ainda incomoda os habitantes do país da Copa do Mundo de 2010. O sistema segregacionista ganha uma visão diferente, mas não totalmente reflexiva em DISTRITO 9, do sul-africano Neill Blomkamp. Aqui quem vive o preconceito são alienígenas, que devido a uma pane em sua nave, acabam retidos na Terra.
Só que ao invés de ets violentos e assassinos ou o outro extremo, cordiais, estes são passivos, mas não bonzinhos. Vivem na tal favela batizada de Distrito 9, situada nos arredores de Johannesburgo, como cidadãos de segunda ou última classe. O ambiente é sujo, podre e eles o dividem com imigrantes de outras nações africanas, principalmente uma gangue de nigerianos. E estes gostam de comer partes dos extra-terrestres, pois acreditam que assim ficarão tão fortes e inteligentes quanto eles, chamados de camarões por seus algozes, devido ao formato de seus corpos. A favela fica tão superpovoada (mais de 1,5 milhão de Ets), que uma agência governamental, a MNU, decide alocá-los em outro local.
Nisso, surge a figura do funcionário Wikus wan der Merve (Sharlto Copley), que tem a missão de removê-los da favela. Porém ao sofrer um acidente, ele vai passar a sentir na pele o preconceito que seus iguais infligem aos camarões. Enfim, uma parábola do que acontecia com um branco ao ajudar o homem negro na luta contra o racismo - e neste ponto seria ótimo assistir Um Grito de Liberdade, com Kevin Kline e Denzel Washington, de 1987. Voltando a DISTRITO 9, o filme segue uma linha documental, com uma câmera seguindo os funcionários da MNU em sua incursão pela favela e depoimentos reais de sul-africanos sobre a presença de estrangeiros no país - mesmo negros não conseguem aceitar a presença de outros africanos na África do Sul e exigem sua expulsão.
Cotação: ótimo
Chico Izidro

2 comentários:

tamis disse...

Chico, eu odiei este filme. Acho que eu estava de mau humor risos

Unknown disse...

Não lembro de ter assistido um filme com um gênero tão indefinido, ou se preferir, com tantos gêneros misturados. Parece que nem houve tempo de definir exatamente o estilo do filme. No início parece um documentário, depois não segue mais este estilo e passa a ser um filme de ação, depois ficção científica, mais tarde volta para o documentário, e assim sucessivamente.

http://www.gargalhandopordentro.blogspot.com/

“QUEER”

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