terça-feira, março 08, 2011
Um lugar qualquer
Um lugar qualquer, de Sofia Coppola, é de difícil assimilação. Não é um filme para olhares simplistas. Contemplativo, tem traços de outra obra da filha de Francis Ford, o maravilhoso Encontros e desencontros.
Em pouco mais de 90 minutos, Um lugar qualquer mostra a vida tediosa do astro de cinema Johnny Marco (Stephen Dorff). O que faz um ator enquanto espera o lançamento de seu novo filme? Fica num hotel, fazendo festa, vendo show de duas loiras no pool dance e pegando todas as fãs que lhe dão mole.
O tédio impera na vida de Marco, que se mostra um total alienado quando solicitado a falar de outras coisas que não sejam sobre suas atuações. E o ator não cresceu, pois tudo é lhe dado de mão beijada (o mesmo acontece com os jogadores de futebol). Basta levantar o telefone e solicitar o que quiser. Para uma viagem, o suficiente é chegar no aeroporto e embarcar, pois sua produtora já preparou tudo.
O marasmo sofre uma significativa mudança quando ele é obrigado a cuidar da filha de 11 anos, Cleo (Elle Fanning, irmã de Dakota, de Guerra dos Mundos e da série Crepúsculo), pois a ex-esposa dá um telefonema misterioso, dizendo que precisa de um tempo e irá viajar. Os dois têm uma identificação muito grandes, pois Marco não passa de uma criança grande, então não sente dificuldade em ficar com a garota - passam o tempo jogando videogame. Mas com a presença da garota, Marco vai começar a repensar a sua vida.
Um lugar qualquer, porém, deixa de ser perfeito ao não explicar muita coisa. Uma dela são as estranhas ligações que Marco recebe no seu celular.
Stephen Dorff, com participações em Os cinco rapazes de Liverpool e Blade, convenhamos, não se esforça muito para representar um ator em fase ociosa. Já a carismática Elle Dakota mostra que pode seguir o bom caminho trilhado pela irmã mais velha (apesar do tropeço na série vampiresca).
cotação: bom
Chico Izidro
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