sábado, julho 05, 2014

"O Grande Hotel Budapeste"

"O Grande Hotel Budapeste", direção de Wes Anderson, é daquelas comédias insanas, cujo riso não sai histérico, mas contido. A trama é narrada por um escritor vivido em momentos distintos por Jude Law e Tom Wilkinson. No final dos anos 1960, o escritor hospeda-se num hotel decadente no fictício país Zubrowka, uma república nos Alpes europeus. Lá ele encontra um solitário homem, Mr. Moustafa (F. Murray Abraham), que revela-se o dono do local. E que conta para o escritor como foi parar lá, no final dos anos 1920, vindo do Oriente Médio.

Moustafa começou trabalhando no hotel como mensageiro, ajudando o gerente M. Gustave (Ralph Fiennes), que se torna seu mentor. E ele era um mulherengo, com atração por mulheres mais velhas e ricas. M. Gustave acaba herdando uma valiosa obra de arte deixada por uma viúva. mas acaba sendo acusado pela família dela de ter cometido o assassinato. Então a história transcorre com M. Gustave e o mensageiro Zero (Tony Revolori) tentando provar a inocência do primeiro. No fundo da trama, uma guerra se avizinha e o exército invasor é uma paródia dos nazistas, inclusive com os uniformes negros e o logo da suástica estilizado.

As piadas em "O Grande Hotel Budapeste" são sutis, e as interpretações, propositais, beiram o caricatural. Zero, que viria a ser o dono do hotel décadas depois, mostra-se um verdadeiro pateta, com sua cara perdida e um bigodinho pintado acima dos lábios. Ralph Fiennes está ótimo em sua caracterização de um homem mulherengo, mas covarde ao extremo, assim como Jopling (Willem Dafoe), o capanga do herdeiro e terrível Dmitri (Adrien Brody).

Cotação: bom
Chico Izidro

Nenhum comentário:

“QUEER”

Foto: Paris Filmes “QUEER”, dirigido por Luca Guadagnino a partir de um roteiro de Justin Kuritzkes, é baseado em romance homônimo de 1985...