quarta-feira, maio 19, 2010
A CASA VERDE
O diretor gaúcho Paulo Nascimento já havia errado a mão, e feio, em Uma valsa para Bruno Stein. Agora, ele repete o erro no infantil A CASA VERDE, uma bobagem ecológica, que menospreza a inteligência de seu público alvo, as crianças.
A história gira em torno de um desenhista, o italiano Nicola Siri (deprimente), que em crise artística, não consegue entregar no prazo um trabalho para a sua editora. Os personagens, então, tomam as rédeas da trama, onde um inventor (Lui Strassburger) cria um reciclador de lixo. Porém sua ideia atrapalha os planos do vilão Jordão (Zé Victor Castiel) de ganhar mais dinheiro com sua fábrica de lixo.
Jordão é ajudado por seus asseclas, entre eles Gigi (a ex-global Ingla Liberato, com as piores falas do filme, se isso possa ser mais possível, pois os diálogos são de uma fraqueza monumental), a raptar o Professor (Lui Strassburger, talvez o único a se salvar, pois não imprime um estilo histérico ao seu personagem).
Então a sobrinha do Professor, Nerd 1 (Alice Nascimento, a filha do diretor) cria um avatar, Eu (Fernanda Moro), que ao lado do cientista Leonardo de Vinte (Leonardo Machado, constrangedor ao passar boa parte do filme segurando um lenço e falando como se estivesse no teatro da década de 1930) para resgatar o Professor.
Como escrevi lá em cima, A CASA VERDE menospreza a capacidade intelectual de seu público alvo, que ganharia mais ao assistir a outro filme ecológico, o animado Wall-E ou mesmo Está Chovendo Hambúrguer.
A esperança é de que Paulo Nascimento consiga acertar no tão aguardado Em seu nome, trama político também estrelado por Fernanda Moro e Leonardo Machado e que estreará no final deste mês.
Cotação: ruim
Chico Izidro
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