terça-feira, maio 31, 2011

Em Um Mundo Melhor



A violência está presente nos cantões mais severos da África quanto na desenvolvida e progressista Dinamarca constata o médico sueco Anton (Mikael Persbrandt) no excelente Em Um Mundo Melhor, de Susanne Bier, e vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro neste ano.
Anton é um médico sem fronteiras que trabalhando na África não consegue se acostumar com os crimes cometidos por um bandido local, cujo prazer é cortar o ventre de mulheres grávidas. Resta a Anton tentar salvar a vida dessas desafortunadas.
Ao voltar para casa, lidando com a separação após trair a mulher, constata o quanto não está tão longe a realidade cruel que é um mundo violento e com covardes à solta. Seu próprio filho, o solitário Elias (Markus Rygaard) é vítima de bullying na escola e encontra no colega Christian (William Jøhnk Juels Nielsen) que chegou a pouco de Londres, depois de ver a mãe morrer de câncer, um companheiro e protetor. Christian é violento e pode levar Elias pelo mesmo caminho.
Anton, ao contrário, é uma pessoa pacífica, que chega a ser surrado pelo pai de um garoto num parque, na frente dos garotos. E também sofre com a xenofobia por ser sueco vivendo na Dinamarca - os dois países têm uma rivalidade histórica (em Pelle, o Conquistador, ganhador do Oscar de melhor filme estrangeiro em 1987, esta diferença entre os dois países é excepcionalmente mostrada).
Em Um Mundo Melhor deixa claro que a violência é um mal que está muito entranhada na vida do ser humano, o único animal que mata o seu semelhante por prazer.
Cotação: ótimo
Chico Izidro

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