sábado, dezembro 22, 2012

"As Aventuras de Pi"



Antes de tudo, só lembrar que "As Aventuras de Pi", dirigido por Ang Lee, baseia-se no romance The Life of Pi, escrito por Yann Martel. Que por sua vez causou tremenda polêmica quando lançado, pois foi acusado de plágio - a história surgiu após o autor ter lido resenha do livro Max e os Felinos, do gaúcho Moacyr Scliar (1937-2011). Passadas as considerações iniciais, vamos ao filme com extremo arrebatamento visual.

Ele conta a história do indiano Piscine Patel, que viveu uma aventura quase única e transcendental. Pi (pronuncia-se pai) é o diminutivo de Piscine, batizado assim em homenagem a Piscina Molitor, em Paris, e por isso alvo de bullying na infância. Os pais dele possuiam um zoológico na Índia, mas com dificuldades econômicas decidem mudar-se para o Canadá. A viagem torna-se um desastre. O navio afunda, todo mundo morre, menos Pi, uma zebra, um macaco, uma hiena e um tigre de Bengala. O garoto acaba vendo-se preso num bote com todos estes animais, restando por fim somente ele e o portentoso e feroz tigre, chamado de Richard Parker. A aparição do bicho, em 3D, é assustadora e visualmente bela. O sotaque do indiano ao falar com o tigre é marcante. Poderia ser irritante, mas acaba ocorrendo o contrário.

Pi e o tigre travam uma batalha pelo poder no bote - a história é contada por um Pi já adulto para um jornalista, intrigado com os fatos relatados. Teria sido uma visão, seria fantasia, seria realidade. A fotografia, como já dito no início, é fabulosa e hipnotizante. O filme poderia ser considerado longo, mas não é cansativo - e não dá para esquecer que em "O Náufrago", Tom Hanks fica quase 3 horas conversando com uma bola de vôlei.

Cotação: bom
Chico Izidro

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