sábado, dezembro 15, 2012
"O Homem da Máfia"
Nos últimos tempos, vários atores conhecidos por serem os mocinhos, resolveram dar uma guinada e mostrar o seu lado sombrio. O caso mais recente é o de Brad Pitt em "O Homem da Máfia", de Andrew Dominik. Antes de Pitt, já haviam passado para o lado obscuro Matthew McConaughey em "Killer Joe - Matador de Aluguel", Tom Cruise em "Colateral", ou Leonardo DiCaprio, no ainda inédito "Django". Sem contar as inúmeras aparições vilanescas de Bruce Willis.
Bem, falando de "Django", "O Homem da Máfia" tem uma estética bem tarantinesca, e trazendo também referências a obras de Scorsese - nada mais mafioso do que o diretor nova-iorquino, inclusive escalando Ray Liotta, um dos atores ícones do clássico "Os Bons Companheiros". Nele, Brad Pitt é um assassino profissional contratado para eliminar dois ladrõezinhos baratos que roubaram 100 mil dólares de um cassino clandestino. Liotta vive o dono do tal cassino, que um golpe uma vez, safou-se, mas ficou marcado, e passa a ser o suspeito de ter comandado o novo roubo. Os dois ladrões são dois perdedores, fedorentos, viciados, azarados. E Brad Pitt faz o assassino clássico, frio, calculista, cínico. A gente sabe que ele vai matar, mas quando o fará? Ele conversa com suas vítimas, as tranquiliza. E então dispara.
Ou seja, o filme é excitante. E mostra aquele lado americano paupérrimo, ainda mais sendo a história sendo situada em 2008, em pleno começo da crise econômica. De pano de fundo também as eleições presidenciais. A todo momento aparece Obama discursando em alguma televisão. Porém "O Homem da Máfia" peca em alguns diálogos sem imaginação. Tentou-se recriar os bate-papos que Tarantino utiliza magistralmente em seus filmes. Tentativa frustrada, pois sem a mesma verve, e as citações pops, cai no marasmo. Induz ao sono.
Cotação: regular
Chico Izidro
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